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quinta-feira, 26 de outubro de 2017

JEUNESSE - A Nossa História

A Nossa História

One Team. One Family.
One Jeunesse

SABER MAIS

A nossa missão coletiva consiste em mudar a vida das pessoas, fazendo da Jeunesse uma marca de prestígio e de renome mundial com um espírito de família.

A Jeunesse nasceu no coração e no espírito de dois visionários: Randy Ray e Wendy Lewis.

Com um tremendo sucesso alcançado noutras empresas, o Randy e a Wendy deixaram a reforma para lançar a Jeunesse no dia 9 de Setembro de 2009 às 9:00 PM. O número 9, que representa a longevidade, reflete o desejo dos nossos fundadores não apenas de sobreviver, mas de prosperar.

Desejosos para partilharem os seus revolucionários produtos para intensificar a juventude com o mundo inteiro, Randy e Wendy criaram um dos planos de compensação mais gratificantes no setor das vendas diretas. Os resultados traduziram-se numa plataforma global de última geração, que explora e aproveita o poder da tecnologia, para partilhar produtos inovadores e proporcionar a formação e o apoio necessários aos seus membros.

Hoje em dia, milhares de pessoas em todo o mundo estão a ajudar a escrever a nossa história. Juntos, estamos a criar um movimento global, que permite às pessoas alcançarem o seu pleno potencial, independentemente da sua idade, raça, nível ou rendimentos. A nossa história está apenas a começar.

Nós somos Jeunesse. Nós somos Generation Young.
A NOSSA MISSÃO


A Família Jeunesse cria um impacto positivo no mundo ao ajudar as pessoas a parecerem e a sentirem-se mais jovens, incentivando-nos mutuamente a libertar todo o nosso potencial

Inovadores Na Indústria

Randy Ray

“Penso que é nossa responsabilidade proporcionar as ferramentas necessárias para que as pessoas possam ganhar a vida e construir os seus sonhos.”

Wendy Lewis

“Queremos que os nossos clientes se sintam bem, tenham uma vida mais longa e desfrutem a vida.”

Scott Lewis

“A família Jeunesse está a criar um movimento global de líderes, unidos pelo mesmo espírito, com a missão coletiva de criar um impacto positivo no mundo.”

Temos um enorme orgulho nos nossos distribuidores, que estão solidamente estabelecidos em todo o mundo. Os nossos distribuidores significam tudo para nós, porque fazem parte da nossa família.

MARCELO E A CONSTITUIÇÃO



MARCELO E A CONSTITUIÇÃO

Estátua de Sal

por estatuadesal

(In Blog O Jumento, 26/10/2017)

Marcelo Tomada de Posse

Na sua conversa de Oliveira do Hospital, para fundamentar as exigências que fez ao governo através da comunicação social, para que o povo ficasse a saber quem manda, o Presidente da República apelou aos seus poderes constitucionais. Depois de uma parte do discurso elaborado para puxar pela lágrima de quem o ouvia e para ganhar mais likes junto do povo, Marcelo diz que foi eleito “para cumprir e fazer cumprir a constituição que quer garantir a segurança dos portugueses”; de seguida desenvolveu uma longa tese sugerindo que os portugueses ficaram fragilizados, tirando a conclusão de que estamos perante um problema de segurança, daí ter o poder de cumprir e fazer cumprir a Constituição para repor a sua segurança.

Perante um problema de segurança Marcelo usou dos seus poderes constitucionais passando a ditar as suas ordens ao governo, todos perceberam quais as ordens: um programa de combate aos incêndios decidido na hora, indemnizações rápidas e a demissão da ministra.

Marcelo usa de forma subliminar o seu estatuto de professor de direito para passar a ideia de que de Constituição é ele que sabe. Temos agora um presidente que interpreta livremente e circunstancialmente a Constituição, em função dos seus objetivos políticos e que usando os poderes que ele próprio entende que a Constituição lhe confere dá ordens ao governo em direto e através da televisão, como se o primeiro-ministro fosse um secretário pessoal, para não dizer uma criada de quarto.

Até aqui os únicos presidentes que vi darem ordens em direto aos governantes no meio de entrevistas ou discursos para a comunicação social foram Hugo Chavez e Maduro. Mas as consequências dos incêndios a tudo o autorizam, ainda que não explique por que motivo os mesmos incêndios não autorizam o governo a tratá-lo da mesma forma.

Amanhã há um acidente com problema num hospital, Marcelo invoca o seu poder de “cumprir e fazer cumprir a Constituição”, diz que lhe cabe garantir o acesso à saúde e que está quase a chorar por ver tantos velhinhos amorosos a morrer nas salas de espera das urgências e fica logo ali e por ele próprio autorizado a dar ordens ao governo. Que decida um plano de saúde a vinte anos até ao próximo sábado e de preferência depois de se demitir o ministro da Saúde e, quem sabe, sugerindo que se escolherem alguma pessoa da sua confiança será mais simpático no futuro. Se ocorrer um escândalo no ensino faz o mesmo em relação a este setor e o mesmo se pode dizer em relação a qualquer pasta governamental. Agora exige-se que se decida em dois dias para vinte anos e de preferência com um ministro demissionário ou demitido, mais irresponsabilidade é difícil.

Temos agora um presidencialismo à Hugo Chavez, demite-se o ministro e em três dias adotam-se medidas com um horizonte de décadas. Em vez das reuniões semanais dão-se as ordens em direto no meio de comunicações aos portugueses. É Marcelo que de forma errática e de acordo com as conveniências da gestão da sua imagem que define as prioridades do país e em questão de semanas deixa de ser a dívida para serem os incêndios ou outro qualquer tema.

O governo deixa de responder perante o parlamento, deixa de governar cumprindo um programa que foi legitimado nas urnas e aprovado no parlamento. O governo passa a ouvir as comunicações ao povo, as piadas na bica ou as conversas no meio das selfies para saber o que vaio para a agenda do Conselho de Ministros no dia seguinte. O governo deixa de pensar no longo prazo, decide na hora por encomenda de Cavaco e no dia seguinte até o deputado Amorim vem saudar as novas medidas. Mais ridículo é impossível, mas com Marcelo tudo tem muita graça.

Deixa de haver reflexão e mesmo debate parlamentar, é o presidente que em função da gestão dos seus likes e selfies que vai dando ordens diárias ao primeiro-ministro. Enfim, com este Presidente da República o político português com mais vocação para primeiro-ministro é Pedro Santana Lopes, até parece que foi feito à medida deste Presidente. Com este Presidente em vez de primeiro-ministro temos um mordomo e podem ser dispensados o Parlamento e o Tribunal Constitucional, porque é ele que sabe de Constituição e de quem o povo quer beijinhos, muitos beijinhos.





As Lições de Português do Professor Expresso

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por Francisco Miguel Valada

Andrew 'Andy' Osnard: No paper trail.

The Tailor of Panama

Domitius Enobarbus: And what they undid did.

Antony and Cleopatra

Avanço por aí
No gelo salgado
O meu hálito derrete
O teu corpo congelado

Rui Reininho

This is the glamorous life there's no time for fooling around.

— Lloyd Cole & The Commotions, "My Bag", Mainstream, October 26 1987 (obrigado, Nuno Miguel Guedes)

***

Por aí, leio o seguinte:

Há um discurso por aí que valoriza demasiado os erros ortográficos.

É verdade. Todavia, há outros discursos, como este (a reproduzir este), que os desvalorizam em demasia. Já agora, erros sintéticos?

De síntese? Ou sintácticos? De sintaxe? Ou *sintáticos? De nada?

Pelos vistos, o "por aí" criticado no texto será auto-referencial, pois o Expresso indica mais erros ortográficos do que "outros erros":

· «A Joana foi há escola» é erro ortográfico;

· «Ele tem uma obcessão por carros» também é erro ortográfico;

· «É um fato que existem alterações climáticas» é um erro ortográfico;

· «Eles vêm a dobrar» é efectivamente erro ortográfico;

· «Derepente a zanga começou» é objectivamente erro ortográfico;

· «É uma casa portuguesa, concerteza!» é de facto erro ortográfico;

· «Hádes conseguir escrever um livro» não é erro ortográfico;

· «Já fizestes os trabalhos de casa?» não é erro ortográfico;

· «Quero duzentas gramas de fiambre!» não é erro ortográfico;

· «A polícia interviu naquela confusão que houve na rua» não é erro ortográfico.

Curiosamente, como vimos, o texto em apreço debruça-se sobre Ler mais deste artigo




Faz de conta que foi do calor - 3 Artigos 3 Opiniões

Estátua de Sal

por estatuadesal

(Estátua de Sal, 26/10/2017)

O Governo apresentou muitas e variadas medidas para combater fogos à posteriori - isto é, depois deles já estarem desencadeados -, e para acorrer às vítimas e aos prejuízos causados, mas praticamente nenhuma para identificar e punir quem poderá ter ateado fogos, evitar futuras acções desse tipo, e determinar quais os desígnios por detrás de tais crimes. O Governo, a comunicação social, o Presidente da República, andam todos a brincar ao faz de conta que foi do calor.

Mas há fortes indícios que indicam que não foi do calor ou que não foi só do calor. E se não o foi, por muito que se limpe a floresta, por muito que se ataquem os eucaliptos, por muito que se povoe o interior, haverá sempre fogos dramáticos, tragédias e gente a morrer ou em risco de vida, em função da existência de acções humanas criminosas e terroristas. E se tais acções não são e não vierem a ser evitadas, aí sim, poderemos falar em "falhas do Estado", Estado esse a quem os cidadãos entregam o monopólio do uso violência democrática para que ele possa garantir a segurança da comunidade.

É nesse contexto  que publico abaixo um texto e imagens que só corroboram a minha presunção de que não foi só do calor, e um outro texto que segue a minha linha de análise, exigindo uma investigação séria, independentemente das medidas já tomadas.

Incêndios misteriosos

(João Alferes Gonçalves, in Clube de Jornalistas, 25/10/2017)

Esta foto aérea mostra duas frentes de incêndio rigorosamente paralelas, entre Aveiro e Figueira da Foz. A extensão era de duas ou três dezenas de quilómetros. Esta estranha ocorrência, só por si, dá azo a muitas perguntas. Acontece que o cenário repetia-se mais abaixo, entre a Figueira da Foz e a Nazaré. Na zona onde se situa (ou situava) o Pinhal de Leiria. (JAG)

Vista aérea (1)

vista aérea (2)

Vista aérea (3)

Os jornais e as televisões andaram muito entretidos, durante e depois dos incêndios, a pedir a demissão de ministros, o que não lhes deixou muito tempo para fazerem o trabalho jornalístico básico. Em que concelhos houve ignições, quantas e com que intervalo de tempo? Em que local tiveram início e como se propagaram as chamas? Etc.

Ainda ontem à noite, uma jornalista admitia, num canal de televisão, que não se sabe ao certo quantos incêndios houve e onde. Também ninguém se preocupou muito com isso. E no meio da conversa lá vieram à baila as queimadas e as faltas de cuidado dos cidadãos.

As polícias prenderam ou identificaram miúdos, domésticas e incendiários avulsos. Pergunto eu: um incêndio como o da foto resulta de uma queimada? De um acto intencional de um incendiário isolado?

Lembro que se trata de frentes de fogo rectilíneas com dezenas de quilómetros. Não é preciso ser especialista para ter uma ideia do que aconteceu. Nas duas imagens abaixo, fica uma indicação das distâncias entre os pontos mencionados e uma perspectiva aérea da distribuição da floresta.

Em todas as medidas de prevenção de incêndios florestais preconizadas, não vejo nenhuma que admita uma acção deliberada de terrorismo incendiário. E no entanto ele move-se.


Porque é que não vejo ninguém a falar da necessidade de um inquérito aos últimos incêndios?

(Por Penélope, in Blog Aspirina B, 19/10/2017)

Já aqui me insurgi contra o jornalismo vergonhoso que por estes dias se faz. Não disse, mas digo agora, que melhor fariam os jornalistas se, em vez de fazerem jogos políticos e acusações, fossem investigar as horas a que os incêndios começaram, a quantidade de acendimentos por concelho, as queimadas confirmadas e outras questões que conviria apurar, para além das condições meteorológicas concretas. Porque a questão é a seguinte: metade de Portugal ficou de repente a arder, num só dia, e o prejuízo em vidas humanas, vidas animais, explorações agrícolas, indústrias e florestas foi incomensuravelmente maior do que em Pedrógão Grande. Se, no caso dessa tragédia, se abriu um inquérito sério, por que razão não se faz o mesmo para esta tragédia de dimensões nunca vistas?

Inúmeras pessoas (os chamados populares) residentes nesses locais são peremptórias em afirmar que nada daquilo foi normal. E não hesitam em avançar teorias da conspiração de contornos políticos. É certo que a terra, o mato, a vegetação em geral estavam para além de secos. O vento também só acrescentou desespero à impotência. Mas a distribuição generalizada dos fogos pelo território já não parece a ninguém coincidência. Por isso, o mínimo que se deveria fazer seria mandar investigar. O Governo deveria, por assim dizer, contra-atacar. Começando, dado não ter ainda outros dados, com a falta de educação das populações e a incúria das autoridades municipais, em vez de se torturar com sentimentos de culpa, ir atrás da conversa do Marcelo e gizar grandes planos de ordenamento florestal. Porque a verdade é esta: quem quiser pôr uma mata a arder (ou duas, ou três), põe, haja caminhos ou não haja caminhos, bons acessos ou maus acessos, muitos ou poucos bombeiros e equipamentos de combate. Não há que ter medo de lançar um inquérito. A extensão da tragédia mais do que o justifica. Ainda há pouco ouvi na TSF um agricultor da região de Penacova que perdeu todas as suas plantações de medronheiros. Bem tratadas, limpas, suficientemente dispersas para garantir que algumas se salvariam em caso de fogos. Não adiantou. Perdeu tudo. Ordenem o território, limpem as florestas, mas não tenham ilusões de que quem quer fazer o mal o fará novamente.

Na Idade Média, matavam-se (queimavam-se) três ou quatro judeus na sequência de um terramoto e o assunto ficava arrumado. No século XXI nada fica arrumado com a “queima” de uma ministra. Por isso, caro António Costa, como vítima que também sou destes incêndios, eu quero saber o que aconteceu no fim de semana passado.




Marcelo é… Marcelo!



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por António de Almeida

Muito boa gente que há bem pouco tempo desconfiava de Marcelo, acusando-o de levar o governo ao colo, tece agora loas ao valente puxão de orelhas que o Presidente da República deu a propósito da última tragédia, exigindo ao Primeiro-Ministro que tirasse consequências políticas. Alguns apoiantes da geringonça, principalmente os socialistas, ficaram com um pé atrás, uma vez que o PSD atravessa uma fase de incerteza até às eleições internas. É verdade que Marcelo já foi próximo de Santana Lopes, aliás integraram mesmo com José Miguel Júdice, Durão Barroso ou Nuno Morais de Sarmento, a chamada Nova Esperança, que ajudaria a eleger Cavaco Silva em 1985. À época defendiam o fim do bloco central, contra João Salgueiro. Como um eucalipto Cavaco acabaria por secar tudo e todos à sua volta, diz-se que Marcelo à última hora até teria hesitado nesse apoio, prevendo que a ascensão do professor de Boliqueime lhe prejudicasse as ambições, mas isso são teorias de conspiração. Ler mais deste artigo




Governo chocado com Marcelo (e o MAI destacou-o como “Jumento do Dia”)

Por
SV
26 Outubro, 2017



Miguel A. Lopes / Lusa

Marcelo Rebelo de Sousa sabia da demissão da ministra da Administração Interna e das medidas que
estavam a ser preparadas antes do duro discurso em que pediu “humildade” e uma remodelação no Governo.
O duro discurso de Marcelo Rebelo de Sousa proferido na semana passada, desde Oliveira do Hospital, foi
recebido com choque e surpresa no Governo, garante ao jornal Público uma fonte do Executivo.
Isto porque o Presidente da República terá sido previamente informado da saída da ministra da Administração
Interna, Constança Urbano de Sousa, e das medidas que viriam a ser anunciadas pelo Governo, nomeadamente
depois do Conselho de Ministros Extraordinário do passado dia 21 de Outubro.
Estávamos à espera de um discurso duro, mas ficámos chocados. As coisas estavam combinadas com o
Presidente da República, nomeadamente o momento da saída da ministra Constança Urbano de Sousa”, refere a
fonte do Governo não identificada.
No seu discurso, Marcelo Rebelo de Sousa foi particularmente duro com o Governo, apelando à “humildade” do
Executivo e exigindo um “novo ciclo”. Vincou mesmo que Bloco de Esquerda e PCP deveriam pronunciar-se no
Parlamento sobre se mantinham, ou não, o apoio ao Governo socialista.
A demissão de Constança Urbano de Sousa foi anunciada na manhã seguinte e foi vista como uma cedência do
Governo perante o “puxão de orelhas” de Marcelo.

“Chocado ficou o país”, avisa Marcelo

Marcelo Rebelo de Sousa já reagiu à notícia do Público, colocando em sentido o Governo. “Chocado ficou o país”,
considera o Presidente da República em declarações divulgadas pelo Observador.

Porfírio Silva ataca "aproveitamento politiqueiro" de Marcelo


O dirigente socialista Porfírio Silva criticou hoje o teor da comunicação ao país feita pelo Presidente da República na sequência dos incêndios da semana passada, considerando que se tratou de "um inaceitável aproveitamento politiqueiro" de uma tragédia.

Porfírio Silva ataca

© Global Imagens

Notícias ao Minuto

Há 2 Horas por Lusa

Política Incêndios

Esta posição de Porfírio Silva, membro do Secretariado Nacional do PS, consta de um texto por si colocado na rede social Facebook, embora, em declarações à agência Lusa, tenha defendido que, apesar deste episódio, "não deve haver uma mudança global de atitude nas relações entre o Presidente da República e o Governo".

Para as suas críticas a Marcelo Rebelo de Sousa, Porfírio Silva partiu da notícia hoje divulgada pelo jornal "Público" com o título "Governo chocado com Marcelo: As coisas estavam combinadas".

"[António] Costa informou o Presidente [da República] da data das demissões no MAI [Ministério da Administração Interna] e das medidas que avançariam, garante fonte do Governo", é ainda referido no mesmo jornal.

O membro do Secretariado Nacional do PS concluiu então que Marcelo Rebelo de Sousa "terá aparecido a exigir com voz grossa aquilo que já lhe tinha sido comunicado que estava preparado".

"Há que dizê-lo com clareza: Isto configura um inaceitável aproveitamento politiqueiro de uma enorme tragédia que o país viveu e vive. Não pode um órgão de soberania usar as tragédias humanas para passar rasteiras a outro órgão de soberania. Perante este pano de fundo, ainda aparece a uma luz mais sombria o inaceitável espetáculo de emoções que alguns escolheram dar nestes dias", sustenta Porfírio Silva no 'post' colocado na rede social Facebook.

Em declarações à agência Lusa, o membro da direção do PS manteve as críticas ao chefe de Estado, mas defendeu que "não deve haver uma mudança global de atitude nas relações entre o Presidente da República e o Governo".

"Deve haver uma relação institucional positiva entre o Presidente da República e o Governo - e o Presidente da República também tem feito por isso. Mas, temos a liberdade de, em cada momento, avaliarmos as atitudes de cada um, expressando-a", acrescentou Porfírio Silva.

Na mensagem que dirigiu na semana passada ao país, feita a partir da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, no distrito de Coimbra, o Presidente da República advertiu que usará todos os seus poderes contra a fragilidade do Estado que considerou existir face aos incêndios que mataram mais de 100 pessoas, e defendeu que se justifica um pedido de desculpa.

Marcelo Rebelo de Sousa prometeu que "estará atento e exercerá todos os seus poderes para garantir que onde existiu ou existe fragilidade, ela terá de deixar de existir".

Depois, exigiu uma "rutura" com o passado e aconselhou "humildade cívica", afirmando: "É a melhor, se não a única forma de verdadeiramente pedir desculpa às vítimas de junho e de outubro - e de facto é justificável que se peça desculpa".

O chefe de Estado defendeu ainda que é preciso "abrir um novo ciclo", na sequência dos incêndios de junho e do dia 15 de outubro, e que isso "inevitavelmente obrigará o Governo a ponderar o quê, quem, como e quando melhor serve esse ciclo".

Jogos de bastidores



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por j. manuel cordeiro

Relatório Pedrógão

Governo chocado

Incêndios Florestais

As areias movem-se. O cenário não é o ponto importante. Tem como pano de fundo os incêndios, mas poderia ser o défice, o Schäuble ou que estivesse a correr mal. Que não haja ilusões, é o poder que alimenta este jogo. Assistimos à política de bastidores, e não é uma coisa linda de se ver.




Como se reconstrói um velho Estado?

ladroes de bicicletas

Posted: 25 Oct 2017 05:37 PM PDT

Sapadores Florestais

As medidas e investimentos anunciados pelo governo no seguimento dos incêndios contêm elementos positivos, ainda que o diabo do regime austeritário europeu possa estar em alguns detalhes. Para lá dos naturais apoios directos às populações afectadas, que têm de ser rápidos e em força, destaco três medidas: aumenta o emprego público, com quinhentos novos sapadores florestais e cinquenta novos vigilantes da natureza; o Estado torna-se accionista, para já majoritário, da rede SIRESP; as forças armadas são valorizadas, com a força área a assumir tarefas de gestão dos meios aéreos de combate aos fogos, esperando que esta mudança possa vir a contribuir para acabar com as prebendas oferecidas ao capitalismo do fogo.
O que é que estas três medidas podem ter em comum? Em contratendência com o espírito de uma época no campo das políticas públicas já com demasiados anos, reconhece-se implicitamente que a neoliberalização do Estado falhou. Note-se que o PS foi e ainda é, por exemplo no crucial sector bancário, um dos seus executores. Numa crónica de 2009, inspirado por uma formulação de Marx, associei este processo de neoliberalização ao tempo da corrupção geral, da venalidade universal. Mal imaginava. Contra esta confusão de esferas, é necessário mais emprego público, mais propriedade pública e instituições públicas com autoridade e prestígio para desenvolver uma acção pública adequada.
É claro que para tornar este processo consistente e profundo teremos de recuperar instrumentos de política entretanto perdidos. Sim, sem soberania, a autoridade democrática é desfeita, sendo preciso não esquecer, já gora, que esta autoridade é sempre exercida num território com fronteiras, questão também de identidade e de responsabilização colectivas.

O escorpião


ladroes de bicicletas

Posted: 25 Oct 2017 03:03 PM PDT

Para todos aqueles que julgavam que Marcelo Rebelo de Sousa deixara, com a idade, de ser o escorpião que não resiste à sua natureza, eis que ele ressurge por entre os afectos.
Disse Marcelo nos Açores (emitido no Telejornal de hoje):

A clarificação efectuada no Parlamento convida-nos agora a passar a uma nova fase. E a nova fase é esperar do Governo e esperar dos partidos políticos estarem à altura da confiança parlamentar e sobretudo das expectativas altas e das exigências dos portugueses. É o que nós esperamos. Isto não tem nada de agitação política. 

Por outras palavras, a estratégia do presidente da República é transformar uma moção de censura à forma como o Governo actuou nos incêndios numa espécie de cimento, em que o Bloco de Esquerda e o PCP, por muito que esperneiem, ficaram colados para sempre ao Governo. Isto apesar de tanto o Bloco como o PCP se terem demarcado do Governo - em diversas matérias e até na questão dos incêndios, vidé o que se passou na sessão parlamentar.
Mas para Marcelo nada disso contará. Ou tudo fará para que isso não conte. 
A partir de agora, Marcelo vai passar, através das suas intervenções, a responsabilizar também os dois partidos que apoiam o Governo. E isso tem dois efeitos:
1) obrigará os dois partidos a tentar demarcar-se ainda mais do Governo para evitar os efeitos das mensagens do presidente, o que, a acontecer, fragilizará continuamente o Governo;
2) Se as coisas correrem mal a este PS que está no Governo, a direita emergirá - em bloco - como alternativa e, por sua vez, fará emergir a direita do PS para substituir Costa.
Ou seja, tudo isto tem tudo a ver com "agitação política".
Resta saber se a consciência dos portugueses socialistas, bloquistas e comunistas não irá avivar-se e começar a afirmá-lo nas sondagens de popularidade do presidente da República. Marcelo arrisca-se a muito, porque poderá ver o seu papel e o seu capital político reduzido.
E pensar que alguém vê afectos em tudo isto... 

Adulterar a justiça

Opinião

miguel guedes*

Ontem às 00:03


A percepção de que o século mudou não faz a notícia que o juiz desembargador Neto de Moura precisa desesperadamente de ler. Não chega. Aparentemente, o homem que se fez crescer magistrado ainda repousa ideais numa almofada do século XIX e terá todo um sinuoso percurso a percorrer que não chega lá com notícias de como vai o Mundo. Sabemos bem, o Mundo interno é complexo e não poupa juízes. As justificações apresentadas para a desculpabilização do agressor em sede do acórdão da Relação do Porto são muito mais relevantes do que a decisão tomada. Todos convivemos com injustiças quotidianas, sentenças de vidas em pequenas doses diárias, palavras feitas destino. Abrem as notícias, encerram os pensamentos do dia. As decisões são o que são, sínteses da justiça possível, aquela que se pode fazer no tempo que permita profundas convicções. Fora do tempo, não há justiça. Fora do espaço, não há equação. Fora do que é razoável, não há equidade. Da era medieval não sopra amor.

As atenuantes quase sempre existem e conformam a decisão, estabelecendo graduações de gravidade. Sobre o que paira. Não é só na decisão que desculpabiliza a violência doméstica do marido sobre a mulher em caso de adultério que reside o absurdo. É perturbador que alguém possa decidir o que decide com base nas justificações que apresenta. Citar a Bíblia onde se lê que "a mulher adúltera deve ser punida com a morte" é passar um atestado de dúvida sobre todas as sentenças que este juiz possa ter proferido em matéria de costumes. Lançar mão do Código Penal de 1886 para lembrar que um homem que matasse a sua mulher adúltera seria apenas punido com uma "pena pouco mais que simbólica" é despejar um manto de bafio das cavernas para uma realidade onde já ninguém habita. É simbólico. Se, como refere o juiz, "o adultério da mulher é um gravíssimo atentado à honra e dignidade do homem", condenado fortemente pelas "mulheres honestas", que se agrupem as fêmeas da virtude, as impolutas e sãs, as de boa conduta. Na defesa das adúlteras, só elas poderão certificar com honestidade sincera os proxenetas da justiça.

O facto do juiz Neto de Moura ter relações extraconjugais com a justiça não simboliza, por si só, o fracasso do sistema judicial. Mas tendo em conta que é reincidente na avaliação pútrida da violência conjugal, ninguém poderá deixar de se questionar sobre a influência das suas convicções particulares nas decisões que profere, aquelas que deviam ser obrigatoriamente informadas pela civilização, em representação do Estado, em detrimento da barbárie. Se o Conselho Superior de Magistratura não encontrar relevância disciplinar neste caso, escolhe lavar as mãos segundo Pilatos. José Saramago referia-se à Bíblia como um "manual de maus costumes" o que, neste contexto, só peca por defeito.

Trump e a rebelião no seio do Partido Republicano

Tiago Freire
Tiago Freire | tiagofreire@negocios.pt 26 de outubro de 2017 às 09:00
É o caso mais grave de oposição pública de membros do Partido Republicano contra Donald Trump.
O almoço com os membros republicanos do Senado, que serviria para mostrar a união em torno da proposta sobre a reforma fiscal, transformou-se numa divisão cujas consequências ainda não são totalmente claras. O tiro de partida foi dado por Bob Corker, que já tem vindo a ser muito vocal nas críticas. A surpresa veio da intervenção de Jeff Flake, senador do Arizona, que aproveitou para anunciar que não se recandidatará e, num discurso duríssimo, questionou toda a estratégia de Trump e para onde ela está a levar o país.
"Um comportamento irresponsável, escandaloso e indigno passou a ser tolerado e considerado dizer as coisas como elas são, quando na verdade é uma coisa apenas irresponsável, escandalosa e indigna", afirmou. "Senhor Presidente, hoje eu levanto-me para dizer: chega", sentenciou.
No New York Times, o colunista Ross Douthat salienta uma coisa: tanto Corker como Flake, como vários outros antes deles, recusaram-se a pactuar com o Presidente, mas saíram, em vez de lutar. "Há uma pequena, mas significativa oposição republicana a Trump, mas as suas figuras de proa continuam a não querer ir para a guerra com ele directamente, preferindo ataques filosóficos e retiradas tácticas a um confronto e à provável derrota", sintetiza.
Do outro lado do Atlântico, no Guardian, Jonathan Freedland foca exactamente o mesmo ponto, traçando um paralelismo entre os opositores ao Brexit e os opositores a Trump. "Corker e Flake sugeriram uma saída do corredor de espelhos. Não podiam mais defender um Presidente que consideram indefensável, por isso deixaram de tentar", ilustra. "A má notícia é que este movimento sugere que o preço a pagar pela oposição a Trump é a própria carreira de quem se opõe", conclui.





Salazar pelas esquinas



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por dariosilva

Salazar

"Sabia que em pleno centro de Ansião existe uma rua Oliveira Salazar? Fica a dois minutos da Câmara Municipal mas parece que ninguém se preocupa com o assunto. Em Monte Real, concelho de Leiria, também encontra uma rua homónima.
Ajude-nos a mapear as ruas Oliveira Salazar que continuam a existir em Portugal"

in Má Despesa pública