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sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Mais reflexões sobre a Declaração de Guerra de Trump ao Irão e à Coreia do Norte



por estatuadesal
(Paul Craig Roberts, 19/09/2017, Tradução Estátua de Sal)
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O discurso de Trump na ONU deixou claro que a agenda que prometeu na sua campanha eleitoral - retirar Washington do papel do "policial do mundo", sair do Médio Oriente e reparar as relações danificadas com a Rússia -, acabou. A CIA e o complexo militar/securitário tem o controlo total do governo dos EUA. Trump aceitou ser um cativo na presidência, tendo-lhe sido atribuído o papel de executor da hegemonia de Washington sobre todos os outros países. Washington uber alles é a única política externa que Washington persegue.
Na ONU, Trump realmente ameaçou eliminar a Coreia do Norte da face da terra. Alargou as suas ameaças contra a Venezuela e o Irão (ver aqui) os "estados desonestos", mas é Washington que está desempenhando esse papel. Washington destruiu ao todo ou em parte oito países no jovem século 21 e tem mais 3 a 5 na mira.

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

O Império estrebucha


por estatuadesal

(Por Jorge Bravo, in Facebook, 23/08/2017)
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Com a eleição de Trump a América tentou prolongar o uso do petróleo, fazer um retorno a casa e dar tempo ao renascer do músculo tecnológico!
Com o discurso à Nação de 21 de Agosto de 2017 Trump anuncia uma volta de 180° uma “nova política para o Afeganistão”, que é um aguenta aguenta não saimos de lá, até que certas condições sejam satisfeitas pelo Afeganistão.
Isto depois de ceder terreno no seu gabinete aos generais da Old School, e de afastar um a um os seus teóricos, aqueles que o apoiaram na eleição.
Naquilo que aparenta ser uma manobra para ganhar tempo, e acalmar a frente interna, "fazendo a politica externa de Hillary" e voltar à estrada para ganhar lugares nas próximas eleições internas, promete mais uma nova politica para o Médio Oriente, e mais qualquer coisa para o Oriente e talvez Europa.
Enquanto isso há 4 acidentes navais em tempo de não guerra, um deles com um rombo num destroyer e 10 desaparecidos, mais a demissão do Almirante das Operações no Oriente... E a suspensão das operações por lá... até...
Espera-se, que este à que sim de agora aos militares, seja transitório, porque entre os EUA terem sarilhos com a Rússia aqui na Europa central, onde sobra sempre para nós, e os EUA terem sarilhos com a China e eventualmente a Rússia no Extremo Oriente, venha o diabo e escolha!
Mas pensando em termos da Europa, é para nós pior aqui, se forem sarilhos com a Rússia!
Resta saber se alguém vai impor sanções, como os EUA querem, pelos vistos até agora, não parece que seja nada muito efectivo, a EU já está escaldada das anteriores, e deve dizer que sim, e fazer que faz e não faz.
Trata-se dos estertores finais de um Império, que só durou 127 anos, desde que os Marines entraram a reprimir uma rebelião de trabalhadores de uma plantação numa Agro-multinacional Americana na América do Sul em 1890, naquilo que ficou conhecida pela Guerra das Bananas, até hoje.
Um rosário de operação de regime change na ponta das baionetas, sempre que as hoje chamadas primaveras não funcionem.
Só que fruto de um rosário, também extenso, e sucessivo de erros de estratégia desde a 2 GG, foram de vitória em vitória ao ponto onde estamos, nem que essas vitórias tenham sido mais na máquina big pretender que é Hollywood, do que na realidade. É em que primeiro era a Rádio Voz da América a fazer a propaganda dos feitos gloriosos, no durante e pós 2 GG, até que isso passou para as mãos da CNN, quando foi necessário minimizar a derrota do Vietnam, usando esta CNN uma linguagem e estilo de esquerda, enganadora mas na linha do movimento make love not war, enquanto a política externa continuava tão desastrada e agressiva como dantes, debaixo de uma retórica de defesa da democracia formal e do mercado livre, mas sem nunca referir que seria livre primeiro para o mercado das suas corporações.
E é uma parte do estado profundo ( Oligarcas, Corporações, Complexo Militar Industrial, Financeiros & Banqueiros, e sua Media) que fez eleger este pé de microfone de turno, tal como outras partes desse mesmo estado profundo, fizeram eleger os outros pés de microfone de turno que surgiram desde Novembro de 63, por forma a que mudando, se mantivesse no essencial tudo na mesma, e que depois da queda do muro, se mantivesse a continuidade do seu mundo monopolar, em que querem continuar a mandar exclusivamente protegendo a sua querida New World Order.
Hoje com o surgimento dos BRICs, e com o reforço da sua componente R C actual, e com as novas rotas da seda, é o mundo monopolar da NWO que morre, e o mundo multipolar que está a nascer.
É este Império do mundo monopolar que hoje estiola. Tudo por uma questão de Abacaxis!

sábado, 19 de agosto de 2017

QATAR – A geopolítica e o negócio Neymar



por estatuadesal
(Margarida Mota, In Expresso, 19/08/2017)
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Alvo de um bloqueio político, o Qatar contra-ataca com o futebolista mais caro de sempre.

O Qatar é um caso de persistência nas manchetes internacionais. Em inícios de junho, o pequeno emirado ribeirinho ao Golfo Pérsico foi notícia dias a fio após ser alvo de um bloqueio diplomático e comercial — que ainda dura — decretado por quatro ‘irmãos’ árabes (Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Bahrain e Egito). Há poucas semanas, arrebatou noticiários nos quatro cantos do mundo ao estar por detrás da contratação mais cara da história do futebol — a do brasileiro Neymar, comprado ao Barcelona pelo Paris Saint-Germain (PSG), propriedade de um fundo soberano do Qatar, por 220 milhões de euros.


sábado, 12 de agosto de 2017

Donald e Kim





por estatuadesal
(João Quadros, in Jornal de Negócios, 11/08/2017)
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Enquanto estamos todos, ou quase todos, na praia a gozar o Agosto, os EUA e a Coreia do Norte andam a brincar à WWIII. Ninguém faz uma guerra nuclear em Agosto. É estúpido. As grandes capitais estão vazias, é desperdiçar munições.
Sei que o caro leitor está mais preocupado com o raio do vento e com a água fria do que com a situação mundial. Não quero incomodá-lo. Aliás, provavelmente, uma guerra mundial duraria menos do que as suas férias, por isso é bem provável que já esteja acabada quando voltar de Albufeira.
Sem lhe querer estragar o dia, não sei se sabe, mas o Trump ameaçou a Coreia do Norte com: "Fúria e fogo nunca vistos." Sinto que o leitor encolhe os ombros, tira a areia da toalha e diz: "Vê-se que não conhece o SIRESP."
Não o comovo, não é? E se lhe disser que, depois de Trump ter ameaçado responder à Coreia do Norte com "fúria e fogo", Pyongyang avisou que está a estudar um plano para atacar com mísseis o território norte-americano de Guam, no Pacífico. Pois, não lhe diz nada. Está na República Dominicana? Compreendo, Guam não tem descontos para famílias.

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Península coreana: está-se a armar um belo sarilho



por estatuadesal

(Nicolau Santos, in Expresso Diário, 11/08/2017)
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O confronto verbal entre a Coreia do Sul e os Estados Unidos subiu tanto de tom que se está muito perto de subir um degrau, ou seja, passar à agressão militar. Esperemos que haja bom senso para o evitar, embora o líder norte-coreano seja completamente imprevisível e o presidente norte-americano não tenha nenhuma experiência neste tipo de crises.
Para que não haja dúvidas, todos sabemos de que lado estaremos em caso de conflito entre os dois países. É que, para todos os efeitos, a Coreia do Norte é uma ditadura familiar; e os Estados Unidos, com quem partilhamos os mesmos valores, são um farol da democracia, mesmo que um homem de negócios tão impreparado como Donald Trump tenha sido eleito para liderar a nação.
Dito isto, Kim Jong-un tem andado a testar de forma completamente provocatória a paciência de Washington, com a realização de exercícios militares utilizando milhares de homens e o sucessivo lançamento de mísseis, ao mesmo tempo que a agência noticiosa oficial afirma que Pyongyang tem capacidade para alvejar o solo norte-americano a partir do seu território.