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segunda-feira, 31 de julho de 2017

Condecoração a um morto da guerra do ultramar (mas o morto está vivo)


Condecoração ao morto_vivo
Ontem, após um m/ camarada-d'armas me ter feito chegar as fotos anexas, fiquei (e continuo a estar) abismado com tamanha desfaçatez por parte de um paisano (!) - aparentemente o promotor do evento -, o qual, no caso em apreço, no pretérito 22Jul2017 em Marco de Canaveses e perante diversas entidades - de entre as quais se notavam o presidente da edilidade, alguns oficiais em representação dos três Ramos das Forças Armadas, o vice-presidente da direcção-central da LC e membros do núcleo local -, se arrogou qualificativo de oficial superior do Exército, no activo.
Em meu entendimento, somente a um oficial superior do Exército, no activo e devidamente fardado, ou ao comandante supremo das Forças Armadas, lhe advém competência para a imposição - ademais em acto público, a um militar ou ex-militar, agraciado -, de condecoração militar do teor em causa, seja, «Medalha da Cruz de Guerra, por distintos feitos em combate»…
Por outro lado, tendo sido aquele veterano de guerra - Eduardo Soares Pereira Brás -, anteriormente notificado para comparecer àquele acto (que deveria ter ocorrido em inequívoca solenidade), e informado de como aquele cerimonial iria decorrer, ao aceitar ir receber a sua merecida condecoração nos moldes registados em fotografias – divulgadas através da rede social 'facebook' -, consciente ou inconscientemente, voluntária ou involuntariamente, também contribuiu implicitamente para a muito pouco digna relevância daquele acto.
Não tendo bastado que em Ordem do Exército, lhe houvesse sido "a título póstumo" (?) atribuída tal distinção honorífica, nos idos de 1975, e naquele ano dado como morto!
Nesta oportunidade, manifesto o meu veemente protesto.
Não estamos a tratar de medalhística futeboleira!!!

Enviada para o meu mail, com pedido de divulgação.

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Manuel Alegre condecorado pelo Presidente da República

O nosso Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, condecorou Manuel Alegre com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Santiago de Espada.
Muitas vozes se levantaram contra esta condecoração, mas nenhumas delas, com algum sentido, alegando que Manuel Alegre teria sido um desertor, quando este nosso ilustre cidadão cumpriu, como muitas centenas de milhares, o serviço militar, em Angola.

NAMBUANGONGO - Meu amor (Poema de Manuel Alegre cantado por Paulo de Carvalho)


 
Manuel Alegre, depois do seu regresso a Portugal, exilou-se na Argélia e foi, a partir daí, através da Rádio Voz de Argel, começou a transmitir as suas mensagens contra o colonialismo português.
Dizem, todos aqueles que querem deturpar a sua personalidade, que ele divulgava mensagens, pela rádio, das posições das nossas tropas. Isto não pode corresponder à verdade, porque, naquele tempo, as notícias não corriam à “velocidade da luz”, como agora.
Eu estive no Niassa, no extremo norte, e ouvia a Rádio da Frelimo que só transmitia mentiras, pelo que admito que a Rádio voz de Argel, também, as transmitisse, mas que, certamente, pelo Manuel Alegre.
Tenho uma imensa consideração por este Homem que é um dos grandes poetas do nosso tempo.
O Presidente da República revelou uma imensa coragem na sua condecoração.

Ovar, 25 de outubro de 2016
Álvaro Teixeira 

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Monumento aos Combatentes ou aos Mortos de Ovar na Guerra Colonial


Eu não queria escrever sobre este assunto, mas dada a polémica que se instalou sobre o “Monumento” que a Câmara de Ovar “encomendou” e sobre o local onde ele irá ser instalado, sou obrigado, como ex-combatente, a tecer algumas considerações:




- Mandaria o bom senso que fosse constituída uma comissão constituída por ex-combatentes, para que, em conjunto com a Autarquia, se analisassem maquetes apresentadas por artistas convidados para o efeito;

- Mandaria o bom senso que fossem consultados os familiares dos mortos na Guerra Colonial, a fim de darem a sua opinião sobre a homenagem “Monumento”;

- Mandaria o bom senso que o local para a implantação do referido “Monumento” fosse o Largo dos Combatentes, onde já existe um em homenagem aos combatentes da Primeira Grande Guerra;

- Mandaria o bom senso que a identificação dos nossos mortos na Guerra Colonial figurassem numa das paredes do átrio da nossa Câmara, tal como os dos mortos da Primeira Grande Guerra.

- Mandaria o bom senso que antes da inauguração do “Monumento” fosse realizada uma palestra sobre o que deu origem à Guerra Colonial e sobre a forma como ela evoluiu em Angola, Guiné e Moçambique.

Como ex-combatente, em Moçambique, causa-me um profundo desgosto ler os comentários insultuosos escritos no Facebook por uma determinada pessoa que me parece ter a cobertura da UAC para os fazer.
Todos somos livres de opinar e cada um terá a sua razão, mas quando isso passa a insulto pessoal, a sua razão deixa de existir.
Lamento que a pessoa ou pessoas que gerem a página da UAC no Facebook não tivessem tomado, de imediato, medidas contra o autor desses comentários insultuosos e tivessem deixado que as coisas se extremassem.

Aos dirigentes da UAC, o meu lamento.

Ovar, 2 de Agosto de 2016
Álvaro Teixeira (GE)