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domingo, 9 de julho de 2017

Semanada



por estatuadesal
(In Blog O Jumento, 09/07/2017)
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Há muito tempo em silêncio a direita militar esteve há beira de vir para a rua, isto é, aqueles que no passado sanearam a esquerda militar com o argumento das manifestações esperaram pela aposentação e pela consolidação da democracia para se armarem em MRPP. Entretanto, alguns generais decidiram aproveitar-se do roubo de Tancos para extravasarem sentimentos antigos. Maus dias para a tropa, primeiro ficámos a saber que os arsenais de material militar são mais fáceis de roubar do que uma caixa de Multibanco, agora assistimos a um míni PREC da direita militar, a tal que era a defensora dos bons valores.
Marcelo parece estar à beira de mudar o Palácio de Belém para Pedrógão, se não vai à missa das oito vai ao concerto da noite, tudo o que por lá se passa conta com a presença do Presidente, está prometida a passagem do Natal e até lá é de esperar que seja o padrinho de todas as crianças que sejam batizadas. Talvez Marcelo não se aperceba, mas Pedrógão não é o único problema do país, vale pela dimensão, o somatório de todas as pequenas desgraças do país resulta num incêndio bem maior do que o que ocorreu naquela localidade.

Por Ovar… Jorge Pinho anuncia demissão de militante do PSD

O “facebooqueiro” Jorge Pinho/Rui Catalão acusou, hoje, no Facebook de falta de coerência do candidato do Partido Socialista à presidência da Junta de Freguesia de Esmoriz, Rogério Ferreira
, alegando que este tinha sido militante do PSD-Ovar. Por isso não resisti à tentação de sacar este Post publicado no Blogue Ovar Novos Rumos com a divulgação feita pelo Jorge Pinho relativamente à situação do PSD-Ovar. Não sei qual foi a cenoura com que o Salvador Malheiro lhe acenou, para que tivesse virado o bico ao prego e se tivesse tornado num militante malheirista convicto e parecendo até o porta voz do gabinete de comunicação da Câmara M. de Ovar. Espero que o Jorge Pinho/Rui Catalão nos esclareça. Segue-se o Post:

Quinta-feira, 3 de Março de 2016

Publicado em Ovar Novos Rumos

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“As pessoas têm de se assumir, dar a cara e retractar-se nos momentos de euforia e nos de desilusão”.
O PSD Ovar está sob fogo cruzado, tanto por parte dos partidos da oposição, como por parte de alguns militantes do próprio Partido.
Agora, é um mediático militante que anuncia a saída do PSD, Jorge Pinho, também conhecido por Rui Catalão. Saliente-se que Jorge Pinho / Rui Catalão tem sido um dos mais entusiásticos apoiantes das políticas de Salvador Malheiro, enquanto presidente da Câmara Municipal de Ovar, pelo PSD. Por isso, a anunciada demissão deste irreverente militante poderá ter algum significado, neste pequeno meio do distrito de Aveiro.
O conhecido industrial, presidente da Associação de Produtores de Pão-de-Ló de Ovar, diz que abandona o PSD por não alinhar “em métodos pouco transparentes, nem em desculpas apressadas e esfarrapadas, que cheiram a vaidade pessoal!”.
Esta posição poderá ter relação com o caso da inscrição em massa de novos militantes, em Esmoriz, que a Comissão Política Distrital de Aveiro do PSD considera suspeita. Ver aqui: http://ovar_novosrumos.blogs.sapo.pt/psd-aveiro-lista-de-novos-militantes-da-262731.
A mensagem publicada no Facebook por Jorge Pinho
“Há cerca de 17 meses, comuniquei aqui no Face que tinha decidido refiliar-me no PSD.
Tomei essa decisão porque sempre fui um social-democrata e porque acreditava cegamente numa "Nova Energia" e numa nova forma de fazer politica, com humildade, transparência, participação activa dos militantes, empenho e desinteresses pessoais.
As pessoas, têm de se assumir, dar a cara e retractar-se nos momentos de euforia e nos de desilusão.
Nunca precisei da política, e não ando na política para fazer favores ou fretes a ninguém.
No meu percurso de vida, não existe qualquer lugar ou cargo público que tenha ocupado de indicação partidária.

E SE EM TANCOS NÃO TIVESSE HAVIDO, NEM ASSALTO, NEM ROUBO NEM FURTO?


(Rodrigo Sousa Castro, Facebook, 09/07/2017
(divagações de um cidadão, num domingo invernoso em pleno verão)

Deixemos o pequeno buraco na rede da cerca do quartel e o arrombamento sem violência da porta do paiol como peças para finalizarmos o puzzle que nos “atormenta”.

1 – Todo o material em falta é material perecível, isto é, não existe uma única espingarda, metralhadora, revólver canhão ou lança mísseis no rol das faltas. Nem sequer um cinturão ou qualquer outra peça do fardamento e equipamento.
Por outras palavras, e clarificando, perecível quer dizer que todo este material em falta, era e sempre foi usado em exercícios militares de rotina ou imprevistos e gasto ali mesmo devendo em bom rigor ser abatido à carga, do paiol ou armazém onde foi requisitado logo após cada exercício.
Era esta prática corrente e usual na tropa do meu tempo. Mas também havia graduados , oficiais, que muitas vezes passavam por cima das dotações estipuladas para cada exercício e descartavam os “ resmungos” dos subordinados responsáveis pelo municiamento abusivo extra, com dichotes e palavrões. O resultado era, quem tinha requisitado o material excedido no exercício não o abater e depois, raciocínio comum à época, “logo se veria”.

Pedrogão e Pavia não se fizeram num dia?


Posted: 08 Jul 2017 05:48 PM PDT

1. Foi recentemente divulgado o estudo técnico do IPMA sobre o incêndio ocorrido em Pedrogão Grande a 17 de junho. Juntamente com a carta resumo, o relatório permite articular três conclusões essenciais. Por um lado, confirma a adversidade do quadro meteorológico previsto, a que se associa um elevado risco de incêndio, dadas as altas temperaturas e os baixos valores de humidade relativa registados. Por outro, confirma a elevada instabilidade atmosférica, com ocorrência de trovoadas, tendo sido sinalizados vários fenómenos convectivos na região (massas de ar descendentes a espalhar-se em todas as direções depois de atingir o solo, com ventos muito fortes). Por último, o dado mais relevante para compreender a singularidade deste incêndio, e que é devidamente assinalada pelo IPMA: a conjugação «entre o escoamento divergente gerado pelas células convectivas e o incêndio entretanto iniciado, conduziu a uma grande amplificação da pluma do incêndio, em termos de extensão vertical e velocidade de propagação», configurando uma situação inédita no nosso país.

2. Em artigo no Público de domingo passado, Teresa Firmino sintetiza de forma notável estas conclusões e destaca a importância das imagens do relatório que ilustram a propagação do fogo, ajudando a compreender o que ocorreu na Estrada Nacional EN 236-1, onde perderam a vida 47 das 64 vítimas mortais do incêndio. Às 20h10, a pluma de incêndio (constituída por fumo e materiais), aproximou-se da referida «estrada nacional e às 20h20/20h30 estava a passar por ela». Nesse período, «por causa de uma corrente de ar descendente extremamente forte, o incêndio foi oxigenado e empurrado pelo vento. Espalhou-se a grande velocidade — quase triplicando de dimensão» (isto é, passando a pluma do incêndio de 5 para 14 quilómetros na vertical, o que revela a intensidade e violência do fogo naquele período). Às 21h00, o incêndio tinha já deixado para trás a EN 236-1 (clicar na imagem para a ampliar).



sábado, 8 de julho de 2017

O Silêncio



por estatuadesal
(In Blog O Jumento, 08/07/2017)
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Na sociedade portuguesa criou-se um dogma em torno da justiça, levando a que as várias instituições que a representem sejam tratadas como se fossem templos inatacáveis e não percebi ainda se é por causa do respeitinho típico dos portugueses ou do medo igualmente típico por estas bandas. Com muita gente a recear alguma vingança, transportando para este domínio os preconceitos religiosos, o medo do castigo de deus tem muitas semelhanças com o medo de nos metermos com os poderes judiciais.
Os políticos são eleitos e da mesma forma que são escolhidos para os cargos também podem ser facilmente destituídos, mesmo assim são vítimas de todo o tipo de críticas e processos difamatórios, estejam no governo ou na oposição. Os magistrados que não passam de funcionários públicos cuja formação inicial foi ministrada numa escola onde, segundo se soube nas notícias, o copianço abunda nas avaliações, comportam-se como sacerdotes da democracia.
Um bom exemplo da gestão do medo por parte dos magistrados sucedeu com Sócrates e não me refiro ao Caso Marquês, que parece estar a ultrapassar todos os prazos na esperança do ex-primeiro-ministro morrer de velho. Incomodados nas suas mordomias os juízes recorreram à sua absurda associação sindical para vasculharem as despesas feitas pelos governantes com os cartões Visa, na esperança de se vingarem. Ao que parece não conseguiram nada, mas não lhes faltarão oportunidades para se vingarem de Sócrates.
Sendo a única instituição portuguesa que não é alvo de críticas, a PGR faz uma gestão criteriosa da comunicação. Contando à partida com vários órgãos de comunicação social com o estatuto de oficiosos e jornalistas que gostam de fazer de porta-vozes, a tarefa é fácil, uma instituição que, por respeito medieval ou por medo ninguém critica, limita-se a gerir uma separação de poderes que parece existir num único sentido.