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segunda-feira, 24 de julho de 2017

A polémica candidatura de Ventura, "o racista", já chegou ao país vizinho

O jornal espanhol El País não deixou passar despercebida a polémica que tem tomado conta da política nacional.

A polémica candidatura de Ventura,
© PSD Loures
Notícias ao Minuto
Há 11 Horas por Inês André de Figueiredo
Política El País

As polémicas declarações proferidas por André Ventura sobre as minorias étnicas em Loures tomaram conta da atualidade política nacional e já chegaram ao jornal espanhol El País, sob o título 'Um candidato racista rompe a coligação portuguesa do centro-direita'.
A pouco mais de três meses "das eleições autárquicas portuguesas, os candidatos já começaram a angariar votos, não importa de onde vêm, nem como; sem distinção de princípios morais. É o que pensa André Ventura”. É deste modo que o El País descreve a polémica que tem marcado as autárquicas nacionais.
racismoTudo começou no dia 12 de julho quando, em entrevista ao Notícias ao Minuto, André Ventura referiu que existem minorias em Loures, nomeadamente a cigana, que “se acham acima da lei” e que a autarquia e sociedade têm tido “excessiva tolerância” em relação a estas situações. Seguiu-se depois uma entrevista ao jornal i, onde o candidato se mostrou consciente do que havia dito e reiterou a sua posição.
Aquando destas palavras, André Ventura encabeçava a coligação PSD/CDS a Loures. Mas o rumo da candidatura modificou-se, muitos acusaram-no de ataques de xenofobia e racismo e o Bloco fez até queixa à PGR, à Ordem dos Advogados e à Comissão Para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial. O CDS viria a demarcar-se do candidato pela sua forma de pensar, retirando-lhe o apoio.
O jornal espanhol recorda ainda que o percurso académico de André Ventura, mas não deixa de realçar que o social-democrata garantiu não se retirar da corrida a Loures e não “ceder a pressões da Esquerda ou extrema-esquerda”.

Fonte: Notícias ao Minuto

INE diz que Marques Mendes fez “falsa antecipação grave” de dados

Comentador disse saber que INE irá divulgar na próxima sexta-feira um desemprego de 9,4% em Maio. INE não gostou e garante que esse resultado até já tinha sido publicado.


PÚBLICO
24 de Julho de 2017, 13:56

INE diz que Marques Mendes pode colocar em causa confiança da população na instituição
Foto JOÃO HENRIQUES

INE diz que Marques Mendes pode colocar em causa confiança da população na instituição.
Já se vem tornando num hábito ao longo dos últimos meses. No seu programa de comentário na SIC, Luís Marques Mendes, ex-líder do PSD, afirma ter conhecimento de dados que o INE irá publicar no futuro sobre a economia portuguesa, seja sobre o PIB, o desemprego ou o défice orçamental. Este domingo, o comentador fez o mesmo, mas desta fez o INE respondeu em comunicado.
Na SIC Marques Mendes afirmou que dos 9,5% registados em Abril, a taxa de desemprego “vai baixar para 9,4%” em Maio, garantindo que estes “são resultados que o INE vai divulgar oportunamente”. “Ainda não é conhecido, mas vai divulgar”, disse.
O INE, que em ocasiões anteriores tinha preferido não responder directamente, reagiu esta segunda-feira na forma de um comunicado. A autoridade estatística nacional diz que aquilo que Marques Mendes fez foi uma “falsa antecipação”, explicando que nos dados mensais do desemprego publicados há um mês se avançou, não só com o número definitivo para Abril, como com os 9,4% provisórios para Maio. “"Luís Marques Mendes não antecipou este resultado do INE. O resultado já tinha sido publicado!", diz o comunicado.
Mesmo uma eventual confirmação deste valor não seria possível nesta fase, garantem os responsáveis do INE, já que a estimativa definitiva para Maio será divulgada na sexta-feira e apenas esta segunda-feira se iniciou o trabalho de apuramento destas estatísticas. O INE afirma que é “materialmente impossível qualquer conhecimento prévio dos resultados”.
Para o INE, “esta falsa antecipação é grave na medida em que se pode gerar na opinião pública a ideia que Luís Marques Mendes tenha qualquer privilégio de acesso antecipado às estatísticas oficiais do INE, o que não sucede", algo que pode "afectar negativamente a confiança da opinião pública sobre a forma como o INE exerce a sua missão de serviço público".
Comentador disse saber que INE irá divulgar na próxima sexta-feira um desemprego de 9,4% em Maio. INE não gostou e garante que esse resultado até já tinha sido publicado.

Recebido no meu Twitter @alvaroteixeira

domingo, 23 de julho de 2017

Porquê? Porque ele adora



por estatuadesal
(Por Penélope, in Blog AspirinaB, 20/07/2017)
Camara_municipal_de_Loures
Viva o Populismo - In Blog 77 Colinas

Passos testa em Loures as hipóteses de um Geert Wilders português.
Em 2011, Passos apresentou-se a eleições com um discurso por muitos considerado novo e fresco: ia acabar com a preguiça, com a dependência do Estado, com a intromissão do Estado na Economia, com as gorduras do Estado, com a ditadura do ensino público e da saúde pública e demais “frescuras” que, a par com mentiras descaradas como a não necessidade de cortar salários nem pensões face a um pedido de resgate por ele desejado, apesar da situação financeira nacional bem conhecida, convenceu demasiados incautos a votarem nele. Acresceu a esta estratégia o desgaste do adversário através da campanha ad hominem mais agressiva de que há memória, aqui com a ajuda dos amigos do CDS e da Justiça. Pois bem, ganhou. Manteve depois, no governo, a linguagem acusatória da preguiça (esquecendo e fazendo demasiada gente esquecer que ele próprio é um exemplo de chupismo que o deveria manter tímido, no mínimo, no desafio aos portugueses para que se desenvencilhassem, trabalhando mais, de preferência indo embora). Enfim. Quanto ao Estado na economia, viram-se e veem-se cada vez mais os extraordinários benefícios para os clientes das vendas que fez das maiores empresas e o parco contributo dessas vendas para a resolução dos problemas financeiros do país. As gorduras foram afinal um colossal aumento de impostos. Além disso, por alegadamente não querer saber dos bancos (sendo ele o Estado), nem dos privados nem do público, passou várias pesadas facturas aos portugueses cujo interesse dizia defender.

Semanada



por estatuadesal
(In Blog O Jumento, 23/07/2017)
sardinha

A semana termina da melhor forma para Passos Coelho, depois de não se terem concretizado os aparentemente desejados suicídios em massa de Pedrógão Grande, eis que é encontrada mais uma vítima, ainda que apenas estatística. Pela forma como o PSD reagiu até se fica com a impressão de que se procuram o maior número possível de vítimas, como se a vida dos portugueses que faleceram fosse convertível em votos em Passos Coelho. O líder do PSD chegou a anunciar a vinda do diabo, afinal foram os cavaleiros do apocalipse que apareceram sob a forma de dirigentes do PSD. Como é costume a Catarina Martins também não resistiu a servir-nos com as suas postinhas de pescada.
Compreende-se o desespero da direita, há que aderir ao luto das vítimas dos incêndios para que os portugueses não discutam temas que a incomodam, como os bons resultados económicos ou as várias investigações por suspeitas de corrupção que envolvem figuras autárquicas do PSD.
Os portugueses podem ir mais uma vez para suas férias descansados, não voltarão a ter de ouvir as comunicações dramáticas de Cavaco, nem correm o risco de se cruzar com o seu jipe a abarrotar de processos, não serão surpreendidos com a resolução de mais um banco enquanto o primeiro-ministro anda com os burrinhos na areia, os funcionários públicos e os pensionistas voltam a ter o subsídio de férias.
A normalidade tem o seu preço e se não fosse o oportunismo dos andam em busca de vítimas esta semana quase não teria nada para encher jornais e televisões, a única notícia foi a escassez de sardinha na nossa costa, com os cientistas a alertar para a necessidade de suspender a sua captura. Mas o país pode estar descansado porque só comerá sardinha fresca, Ana Paula Vitorino, ministra do Mar, assegurou que há sardinha quanto baste, nem que seja a comprada em Vigo ou em Isla Cristina e depois é vendida como sendo de Matosinhos ou de Olhão.

Tem a certeza que quer falar sobre ligeireza e irresponsabilidade, deputada Cristas?


A ex-ministra que aprovou o projecto de resolução do BES sem saber muito bem do que se tratava, assinando de cruz com a própria admitiu, veio por estes dias acusar o primeiro-ministro de ligeireza e irresponsabilidade no que toca aos temas da Segurança e da Educação. Sobre o primeiro, com o foco de Assunção Cristas a apontar para o impasse nas secretas e para a ameaça terrorista, desconheço a existência de motivos para alarme. Aliás, a falta de notícias sobre o tema leva-me a crer que, das duas uma: ou os serviços de segurança têm sido extremamente eficazes a antecipar e desmontar potenciais ameaças, ou serão os terroristas que não têm grande interesse em gastar os seus parcos recursos no Rectângulo. A ausência de chefia nas secretas, por si só, não me parece motivo de grande preocupação. Com certeza que as suas funções estão asseguradas, ainda que de forma interina.