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domingo, 29 de outubro de 2017
O Avô e o neto
sábado, 28 de outubro de 2017
“Mais perigoso que bomba atómica”: testes de Pyongyang podem despertar vulcão
Por
28 Outubro, 2017
Erupção do vulcão Fuego, na Guatemala
Ruínas de casas, ruas vazias e o sol coberto por cinzas: não é o resultado da guerra nuclear na península coreana, mas prováveis consequências da erupção do vulcão Baekdu, na fronteira entre a China e a Coreia do Norte.
A última vez que despertou foi há mais de mil anos, e nos próximos anos os cientistas avisam sobre a probabilidade de uma nova explosão fortíssima. Os permanentes testes nucleares da Coreia do Norte podem provocar essa erupção.
Quanto à potência, este vulcão só perde para supervulcões, cuja erupção acontece uma vez a cada 100 mil anos e são capazes de provocar mudanças climáticas em todo o planeta.
A força de efeito da montanha coreana é muito menor, contudo, pode superar em dez vezes a potência explosiva das maiores bombas de hidrogénio que já foram testadas pela humanidade. Durante os últimos 2 mil anos houve quatro erupções de tal força, mas a quinta pode estar prestes a acontecer.
De acordo com cientistas chineses, desde o início dos anos 2000, na área de Baekdu foram registados pequenos terramotos. As bordas da cratera vulcânica têm crescido, a temperatura das fontes térmicas próximas tem se elevado, assim como a concentração de hélio.
Esses fenómenos podem significar que o vulcão voltou à fase ativa e se prepara para a próxima erupção. Especialistas acreditam que 10 quilómetros abaixo da montanha há uma reserva de magma quente, que aos poucos se preenche através de reservas subjacentes e, mais cedo ou mais tarde, entrará em erupção.
Vulcões como o Baekdu entram em erupção uma vez a cada mil anos. Considerando que a última erupção ocorreu no ano 946 é provável que hoje o vulcão esteja a ganhar forças para mais uma erupção potente. Para dois milhões de chineses e norte-coreanos, as consequências podem ser catastróficas.
Desde a última erupção há mil anos, o ecossistema naquele local ainda não se recuperou completamente.
A nova erupção pode ser ainda mais destrutiva, já que dois mil milhões de toneladas de água que se formaram na cratera do lago Tianchi podem provocar inundações fortes, enchendo excessivamente os maiores rios fronteiriços Yalu e Tumen.
Além disso, a água provocará o surgimento de muitas cinzas, capazes de ofuscar o sol durante meses, acabando por causar um efeito semelhante ao do inverno nuclear.
Contudo, de acordo com cientistas, por enquanto é difícil avaliar a força da erupção. Durante a hibernação profunda, Baekdu já acordou várias vezes, limitando-se apenas a pequenas erupções.
A última dessas pequenas erupções ocorreu há cem anos, por isso, se as erupções forem até mesmo duas vezes menos potentes, as nuvens de cinza podem alcançar os países próximos. Porém, a principal discussão entre cientistas trata-se não da probabilidade de erupção, mas de quando vai acontecer.
A distância entre o polígono nuclear Punggye-ri, onde a Coreia do Norte realiza os testes, e o vulcão Baekdu é de apenas 115 quilómetros. No resultado do último teste, que provocou o terramoto artificial de magnitude 5,7 (ou 6,1, segundo outras estimativas), foram detetados mais um conjunto de terramotos pequenos, que de acordo com especialistas, já tinha acontecido devido ao desmoronamento parcial das rochas.
Assim, vários cientistas acreditam que caso a Coreia do Norte faça testes com potências ainda mais altas, pode resultar na erupção do vulcão Baekdu.
ZAP // Sputnik NewsGoverno espanhol destitui Puigdemont e marca eleições para 21 de dezembro
Por ZAP
28 Outubro, 2017
Depois de, na tarde desta sexta-feira, o parlamento catalão ter aprovado um declaração unilateral de independência, o senado espanhol autorizou, com maioria absoluta, o Governo central a aplicar o artigo 155.º. O governo da Generalitat já foi destituído e seguem-se agora eleições a 21 de dezembro.
Referendo na Catalunha
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- 21 Outubro, 2017Mariano Rajoy lançou a “bomba atómica”
Esta sexta-feira, o parlamento catalão votou uma declaração unilateral de independência, que foi aprovada com 70 votos a favor, 10 contra e dois votos em branco. Antes da votação, os deputados que se opõem à independência abandonaram a sessão, deixando bandeiras de Espanha nos lugares vazios.
Mais de 200 presidentes de câmara da Catalunha deslocaram-se ao parlamento regional para manifestar o seu apoio aos partidos separatistas. Cerca de 12 mil pessoas, segundo a polícia, juntaram-se em frente ao parlamento regional para acompanhar o plenário em direto pelos três écrãs gigantes instalados no parque da Ciudadela.
Ao mesmo tempo, o senado de Espanha aprovou por maioria absoluta autorizar o Governo a aplicar o artigo 155.º da Constituição, que suspende a autonomia da Catalunha.
Ao final do dia, depois das duas reuniões do Conselho de Ministros, uma delas extraordinária, o Governo central anunciou a dissolução do parlamento regional, a realização de eleições em 21 de dezembro próximo e a destituição de todo o Governo catalão, entre outras medidas.
Desta forma, o presidente regional da Catalunha, Carles Puigdemont, o vice-presidente, Oriol Junqueras, e todos os ‘consellers’ (ministros regionais) da Generalitat saem do governo regional.
Para já, o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, delegou na sua vice-presidente, Soraya Sáenz de Santamaria, as funções e competências do presidente do governo da Catalunha cessante.
La Moncloa - Gobierno de España / Flickr
A vice-presidente do Governo espanhol, Soraya Saénz de Santamaría
“Nega” da Comissão, Parlamento e Conselho europeus
O presidente da Comissão Europeia, Jean Claude Juncker, considerou que a União Europeia “não precisa de mais fissuras, de mais fraturas”.
“Não quero que a União Europeia seja amanhã composta por 95 Estados membros“, disse o líder europeu aos repórteres que o acompanham numa viagem à Guiana francesa, onde está também o Presidente francês.
Na mesma linha, o presidente do Parlamento Europeu também rejeitou a independência da região da Catalunha, escrevendo no Twitter que “ninguém na União Europeia vai reconhecer essa declaração”.
Já horas antes, o presidente do Conselho da UE, Donald Tusk, defendeu que a Espanha continua a ser “a única interlocutora” da União Europeia. “Para a UE, nada mudou. A Espanha continua a ser a nossa única interlocutora“, escreveu Tusk na sua conta do Twitter, apelando ao Governo espanhol que escolha “a força do argumento e não o argumento da força”.
Portugal não reconhece independência da Catalunha
O Governo português salientou, esta sexta-feira, que “não reconhece a declaração unilateral de independência” anunciada no parlamento regional da Catalunha e condena a “quebra da ordem constitucional e o ataque ao Estado de direito em Espanha”.
“O Governo português não reconhece a declaração unilateral de independência hoje anunciada no parlamento regional da Catalunha”, lê-se num comunicado oficial.
“Portugal condena a quebra da ordem constitucional e o ataque ao Estado de direito em Espanha – parte integrante do quadro jurídico da União Europeia -, que este ato configura”.
O Governo português frisa ainda que “confia que as instituições democráticas espanholas saberão restaurar o Estado de direito e a ordem constitucional, quadro natural do diálogo democrático, a fim de preservar os direitos e liberdades de todos os seus cidadãos e garantir que seja encontrada a melhor solução para preservar a unidade de Espanha”.
A mesma posição foi assumida por Marcelo Rebelo de Sousa, transmitida numa nota divulgada pela Presidência da República aos jornalistas que acompanham a sua deslocação aos Açores.
“O Presidente da República, tal como o Governo, reafirma o respeito pela unidade do Estado espanhol, incompatível com o reconhecimento da invocada declaração unilateral de independência da Catalunha, que, além de não respeitar a Constituição, não contribui para a salvaguarda do Estado de direito democrático e o regular funcionamento das instituições”, lê-se no documento.
ZAP // LusaZEN–Project8
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