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terça-feira, 22 de agosto de 2017

MORRI NA TERÇA-FEIRA



por estatuadesal
(Soares Novais, in A Viagem dos Argonautas, 20/08/2017)
carvalho
Boa noite, chamo-me Carvalho e morri na última terça-feira. Morri de morte natural, pois tinha 200 anos. Mas, também, por via da incúria e do abandono a que me votaram os sucessivos mandões cá da terra, da diocese e da paróquia.
Eu sabia que tinha de morrer. Sempre soube! Mas o que me chateia mesmo é que comigo morreram 13 pessoas e uma delas era um menino com apenas doze meses de vida.
Digo-vos: foi um horror! Um horror que não desejo a nenhum dos Plátanos que durante anos a fio foram os meus companheiros de vida; àqueles que tinham a obrigação de cuidar de um ser vivo como eu e não o fizeram; e mesmo àqueles tipos que, pela calada da noite, enchiam as minhas raízes de urina. Estou triste, muito triste. Repito: não por ter morrido, mas porque a minha morte causou outras mortes e ferimentos em mais 49 pessoas.
Resultado: eu que, durante dois séculos sempre estive aqui a proteger e a aconchegar as pessoas, vou ficar na história como um terrorista. Tal qual aqueles bárbaros que mancharam as Ramblas de Barcelona com sangue.
Ao meu cadáver é que os tipos não deram descanso. Passaram tantas horas à minha volta que eu só de os ver ficava cansado. Valeu-me o Ministério Público (MP) que correu com os ditos peritos. Agradeço ao MP, pois eu já estava farto de os ouvir falar e das suas doutas opiniões.
“Ele estava velho e da morte ninguém escapa”, dizia um para logo outro atirar:
“Sim, mas caso o tivessem protegido ele, pelo menos, não caía redondo sobre as pessoas.”
Eu sei que o povo avisou os sucessivos mandões da terra, da diocese e da paróquia para a doença  que há alguns anos me apoquentava. Mas cá para nós que ninguém nos ouve: quem é que se preocupa com um velho que está mais para lá do que para cá?! Mesmo que esse velho se tenha cruzado com o exilado Carlos I da Austria, que após a queda da Império Austro-Húngaro fez da Quinta Jardins do Imperador a sua última residência, aberto os olhos de espanto com a pintura de Martha Telles e o “Cerco” de seu irmão António, deslumbrado com a poesia da pintura de Lourdes Castro e trocado duas de prosa com o poeta Herberto Hélder. Sim, digam-me!…
Depois há sempre a questão das “massas” e ninguém está para gastar dinheiro com um pobre Carvalho como eu. Um velho que ninguém conhece. Fosse eu o Cristiano Ronaldo e tudo seria diferente. A “massa” aparecia logo. Como aparece para tudo que é festança e foguetório. Foi assim que o anterior soba fez da Madeira um destino de férias para gente endinheirada e é assim que o actual a quer manter.
Além do mais, hoje todos aqueles que vivem no Monte, sejam Carvalhos, Plátanos ou pessoas pouco ou nada contam. É isso que pensam os sucessivos mandões da terra, da câmara, da diocese e da paróquia. Tanto que agora ninguém quer ser dono do chão onde eu e os meus amigos fincamos os pés.
Para eles, nós, os do Monte, só contamos para pagar promessas à senhora padroeira e transportar os turistas em carrinhos de cestos. Nós, os do Monte, não temos direito a entrar no “bailinho”.

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Tenham VERGONHA. Carlos Costa não pode continuar como Governador do Banco de Portugal.

por J. Norberto Pires


Ontem estive a ver a reposição do "Assalto ao Castelo" da SICN. Penso que não tinha visto com a devida atenção em Março. Carlos Costa, Governador do Banco de Portugal é particularmente visado e diretamente acusado.
Hoje ficamos a saber que CARLOS COSTA não sabia nada sobre RUI CARVALHO, o funcionário do BdP (Departamento de Mercados e Gestão de Reservas), que vendeu ações do BES dois dias antes da resolução do banco, tendo acesso a informação priveligiada. Carlos Costa argumenta que nada sabia e culpa o DMR e o consultor de ética (Orlando Caliço) do banco por não reportarem a siatuação à administração do BdP.
ORLANDO CALIÇO terá tido conhecimento do caso 3 meses depois da resolução, mas como obteve de Rui Carvalho a declaração que "comprou as ações, mas vendeu-as na manhã de 1 de agosto quando soube que iria trabalhar diretamente sobre o BES", achou que estava tudo esclarecido e "... já não havia uma situação de conflito de interesse para avaliar“.
RUI CARTAXO, administrador do Novo Banco (o banco BOM do processo de resolução do BES) é arguído no caso EDP/REN, que tresanda a corrupção e em que as ligações ao BES são mais do que muitas, mas o BdP e Carlos Costa em particular não tem nada a dizer.
Em qualquer país DECENTE do mundo, Carlos Costa não poderia ser Governador do Banco Central. A pressão mediática obrigaria a que se demitisse de imediato. O facto de este país continuar a TOLERAR este homem como Governador do Banco de Portugal diz tudo sobre o nosso amor-próprio e o respeito que temos por nós mesmos.
Esta gente não tem a MENOR VERGONHA e nós não nos damos ao respeito.

Fonte: Aventar



domingo, 20 de agosto de 2017

Marques Mendes e o fogo


por estatuadesal
(Por Dieter Dillinger, in Facebook, 20/08/2017)
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(Vão todos de férias, mas o Mendes até comenta de calções de banho se preciso for. É que deve receber "à peça" e uma semana sem comentar eram uns milhares de euros a menos na conta bancária... - Estátua de Sal, 20-08-2017)

O pequenito Marques Mendes fez uns gráficos para dizer mal de Portugal, comparando áreas incendiadas com a Grécia, Itália, França e Espanha, esquecendo que nos últimos 50 anos ou mais sempre houve fogo no verão em Portugal.
O palerma não conhece a geografia desses países que é bem diferente da portuguesa.
Por acaso tenho visto o pequenito de calções no local em que estou de féria e estamos perto da Andaluzia. Não sei se o gajo foi alguma vez a Granada, Cordoba, El Egido, Almeria, etc. O que se vê aí? Áreas agrestes sem grandes florestas e na Andaluzia onde há mais arvoredo como no Parque Natural de Donana também ardeu.
Quem vai a Madrid e atravessa de carro a região de Castela e conhece também Castela La Mancha encontra muita aridez. O mesmo sucede na Grécia que até de avião vemos o vasto Peloponeso sem árvores e andei pelas ilhas e muitas zonas só vi mesmo zonas arborizadas no Norte da Grécia.
Em França, tenho-a atravessado muitras vezes de carro a caminho da Alemanha e Suíça e apanhei com chuvadas enormes em Agosto. Só mesmo no sul na Cote d'Azur e perto S. Tropez é que há calor e floresta e também ardeu.
O Marques Mendes é mesmo BURRO e não faz ideia da geografia europeia. Se colocasse a Alemanha via que não arde nada porque chove quase sempre no verão como acontece em todos os países do norte.
Ele nunca se perguntou a si mesmo porque razão o Alentejo quase não arde? Porque é bastante árido, apesar de ser bem menos que a Andaluzia.
Portugal tornou-se artificialmente um país de floresta desde que o governo de Hintze Ribeiro no fim do Século XIX iniciou uma vasto programa de florestação que foi continuado por todos os regimes e governos até hoje.
Já aqui escrevi que quando era criança, o Parque do Monsanto todo arborizado não existia. Aquilo era tudo terra e calhaus.Hoje é uma imensa e bonita floresta que não tem ardida porque há lá sempre muita gente e é difícil lançar fogo. Mesmo à noite um indivíduo que se se meta no meio dessas árvores não sabe se há alguns pares por lá escondidos que acabam por ver o que o incendiártio fez.
D. Diniz mandou plantar o pinhal de Leiria e durante os descobrimentos e até aparecer o navio de ferro, Portugal teve muitos pinhais e consumiu muito, tanto na construção naval como nos fogões de cozinha e lareiras. Só nos últimos 50 anos é que a situação mudou com o abandono das aldeias que é um fenómeno global por a nossa civilização se ter orientado para a indústria e serviços e a máquina acabou com o trabalho "escravo" na agricultura.

Portugal devastado: rotina ou terrorismo


por estatuadesal
(Por José Goulão, in Facebook, 18/08/2017)
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O vento sopra em todo o país, mas as chamas, tal como em 1975, poupam as zonas onde prevalecem grandes interesses económicos tendencialmente sem pátria.

O terrorismo tem mil caras. Lançar o terror contra pessoas comuns e quase sempre indefesas, ou atemorizar populações e devastar países usando os cidadãos apavorados como reféns são práticas que preenchem os nossos dias num mundo que, pela mão de dementes usando o poder acumulado por conglomerados do dinheiro, caminha para inimagináveis patamares de destruição.
Portugal tem tido a sorte de ser poupado pelo terrorismo, diz-se e repete-se, por vezes com inflexões de um misticismo bolorento próprio de pátrias «escolhidas» para auferir das mercês do sobrenatural. Uma interpretação com curtos horizontes e vistas estreitas, características cultivadas por uma comunicação social habilmente arrastada para realidades paralelas e que reduz o terrorismo dos nossos dias ao estereótipo do muçulmano fanático imolando-se com explosivos à cintura, ou atropelando a eito, não se esquecendo de deixar o cartão de identidade, intacto, num local de crime reduzido a destroços humanos e amontoados de escombros.
Assim sendo, deixa de ser terrorismo, por exemplo, o que a NATO fez na Líbia, o que Israel pratica em Gaza, os massacres que as milícias nazis integradas no exército nacional da Ucrânia «democratizada» cometeram, por exemplo, na cidade de Odessa.
Olhando em redor, porém, é imperativo que cada um de nós estilhace a dependência em relação a um conceito de terrorismo que corresponde a uma ínfima parte da gravidade do fenómeno global. Só assim alongaremos os horizontes e alargaremos as vistas que permitirão reflectir a sério, e profundamente, sobre a realidade que devasta Portugal e que, com uma irresponsabilidade e uma inevitabilidade próprias de uma cultura tecnocrática e desumana, chegou a ser conhecida como «a época dos incêndios».
Se quisermos reflectir livre e abertamente sobre o maior número possível de aspectos da situação com que nos confrontamos é imprescindível associar o poder destruidor e aterrador dos incêndios deste ano ao quadro político-social que vivemos em Portugal; e também à memória que em muitos ainda estará viva e que outros poderão consultar junto dos mais velhos ou das fontes de uma época que dista 42 anos. Chamaram-lhe o «Verão quente de 1975».
Pois nesse «Verão quente», assim baptizado não por causa do terrorismo incendiário mas de uma instabilidade política inerente às situações revolucionárias e também organizada, em grande parte, por conspiradores externos, internos e todos os outros manobradores integráveis no diversificado círculo dos contrarrevolucionários, multiplicaram-se as práticas terroristas.
Houve os assassínios políticos puros e duros, os assaltos às sedes dos partidos de esquerda, quase sempre culminados com incêndios, a intimidação e perseguição de democratas em regiões onde o salazarismo campeava como se nada tivesse acontecido, forçando a restauração de situações de clandestinidade; e houve os incêndios: no Alentejo, ferindo a Reforma Agrária, que depois viria a ser assaltada e liquidada em nome da «normalidade», da «estabilidade», enfim, da «democracia do arco da governação»; e que deflagraram também em muitas outras regiões do país onde não ameaçavam os grandes interesses económicos estabelecidos – desde logo protegidos pela contrarrevolução – caracterizadas por populações economicamente mais débeis, socialmente vulneráveis, presas fáceis das mensagens contra a «indisciplina», a «balbúrdia» e todos os outros nefastos efeitos atribuídos à revolução.
Hoje os tempos são outros, mas quem dispuser de olhos para ver não terá dificuldade em encontrar pontos de contacto. A própria comunicação social, no seu afã recadeiro de apontar culpados e responsáveis pelas causas e consequências da interminável vaga de incêndios, abre interessantes pistas de análise e, por certo involuntariamente, ajuda a estabelecer diferenças gritantes entre a tragédia deste ano e as rotineiras «épocas de incêndios».
Sem precisar de evocar essas discrepâncias, é evidente que o actual governo português, pesem embora as suas subserviências, que são também fontes das suas fragilidades, não goza das simpatias dos interesses que gerem a União Europeia, a NATO, enfim das gentes que dirigem o mundo. Tal como em 1975, mesmo que as semelhanças sejam pouco mais que imperceptíveis.
Porém, nunca como agora, nos tempos da «estabilidade», um governo foi atado ao pelourinho dos responsáveis pela vaga estival de incêndios, tanto pela oposição como pela comunicação social. São conjecturas, especulações, exigências de demissões, acusações levianas de incompetência, sucessivas adivinhações sobre «remodelações ministeriais», aproveitamentos necrófilos das vítimas, mentiras sobre suicídios e outras desgraças – o quadro é tão conhecido que não vale a pena prosseguir com a enumeração das malfeitorias.
As atrocidades políticas chegam ao ponto de responsabilizar o governo por insuficiências do SIRESP e da PT, entidades privadas que se guiam pelo lucro e não pelos interesses humanos, quando o verdadeiro pecado do executivo, nesta matéria, é sujeitar-se a mendigar investimentos a sociopatas, pondo liminarmente de lado o dever de colocar tais entidades ao serviço dos portugueses e às ordens do Estado Português, porque manipulam interesses estratégicos dos cidadãos nacionais, prejudicando-os.
No meio da altercação passa de fininho o facto mais repugnante das manobras: foi a actual oposição quem entregou esses serviços fundamentais a entidades que nem querem ouvir falar em pessoas e nos inconvenientes que provocam ao bem-estar do mercado.
Indo por este caminho, porém, perder-nos-íamos em atalhos da política de bordel e nunca chegaríamos ao patamar de reflexões que a situação dos incêndios em Portugal exige.
O princípio da abordagem é tão óbvio que a comunicação social foge dele como o diabo da cruz: o fogo que alastra em Portugal, sem descanso, resulta da acumulação de incêndios isolados provocados por fenómenos naturais ou pela demência de pirómanos? Ou é uma vaga terrorista organizada para devastar o país, delapidar o que resta da sua riqueza natural e impedir o governo de governar até que mãos salvadoras venham encarreirar a pátria nos trilhos de onde jamais deveria ter saído?
Estamos, obviamente, a lidar, com uma teoria da conspiração.
Assim era também o argumento fatal em 1975, como muitos se recordarão. No entanto, na sombra, organizações terroristas como o ELP («Exército de Libertação de Portugal«) e o MDLP («Movimento Democrático de Libertação de Portugal»), dirigidas por mãos experientes como as do marechal Spínola e de profissionais do terror instalados em embaixadas estrangeiras – de países da NATO, naturalmente – conduziam a vaga de incêndios e outras acções terroristas contra Portugal e os portugueses. O objectivo era virar as populações indefesas contra a «balbúrdia» criada pelo movimento transformador, abrindo as portas à contrarrevolução, à «estabilidade». E conseguiram-no.
Quando se saúda que Portugal tem estado imune ao terrorismo costuma acrescentar-se que o mesmo acontece em relação a organizações fascistas, por sinal numa Europa onde elas se desenvolvem a ritmo veloz. Será?
Ora vivendo nós em macro estado policial formado pela União Europeia e a NATO, onde as organizações internas e externas para devassa secreta da vida dos cidadãos se atropelam, ao que parece para detectar as intenções ínfimas de um qualquer muçulmano, não haverá meios para investigar a possibilidade de existir um ataque terrorista sistematizado contra Portugal através desta espécie de fogo inquisitorial? Ou será porque não querem? Ou será porque tal hipótese nem sequer passou por cabeças tão informadas sobre as vocações conspirativas de cada qual?
Ou porque entendem que é suficiente resumir os autos aos interrogatórios de dezenas de incendiários já detidos, como se o banal executante do crime soubesse dizer alguma coisa sobre os chefes terroristas supremos? Se acham que investigar assunto tão corriqueiro é enfadonho, ao menos ouçam os bombeiros.
Até à vista desarmada – sem necessitar da espionagem por satélites ou da caça aos telefones e e-mails de cada um de nós – se percebe que nem tudo é aleatório no quadro de incêndios em Portugal. O vento sopra em todo o país, mas as chamas, tal como em 1975, poupam as zonas onde prevalecem grandes interesses económicos tendencialmente sem pátria.
As vítimas da catástrofe são pequenos e médios proprietários fundiários, normalmente esquecidos pelos governos e indefesos perante as calamidades; o terror ataca pequenas aldeias que até os mapas oficiais olvidam, ou então preciosidades do património humano, histórico e natural que é de todos, como no caso da Gardunha e suas aldeias, onde chegou a hora do ataque das chamas.
Tanto como destruir, o efeito procurado é o de aterrorizar. Não é difícil perceber que o fogo, entendido como a soma de todos os incêndios, escolhe áreas a consumir, combustíveis e rotas que não são apenas as ditadas pelos ventos. Ao menos a grande parte do Alentejo flagelada em 1975 tem sido agora poupada, provavelmente porque os ventos, tal como os tempos, também mudaram.
Se pedirem a cada uma das pessoas directamente prejudicadas pela calamidade que cite responsáveis pela tragédia, certo será, mesmo sem qualquer sondagem, que o governo ficará com as orelhas a arder. As pessoas sentem, mas também ouvem e assimilam, sobretudo o que via TV’s, rádios e jornais as ajuda a identificar os alvos mais fáceis para descarregar a raiva do desespero.
O ELP e o MDLP já lá vão, sendo certo que as suas mentalidades não se desvaneceram, tudo tem o seu aggiornamento.
Ignorar, para os devidos efeitos, que a vaga de incêndios em curso em Portugal, pelas suas características, regiões de acção e contumácia, pode ser uma operação de terrorismo organizado é um crime contra o país e todos os portugueses. Uma hipótese como essa não pode ser descartada.
Por isso, é dever de todos os cidadãos interrogar-se, reflectir e exigir respostas das autoridades competentes sobre quem tira proveito dos dois crimes: o dos incêndios e o do laxismo no apuramento de uma eventual componente terrorista.
Uma coisa parece óbvia e pode servir como ponto de partida para uma investigação que se pretende indispensável: ninguém, desde o Presidente da República ao mais comum dos cidadãos, pode garantir que o ataque incendiário em curso contra Portugal não é uma operação terrorista.

Talibãs do politicamente correcto


por António de Almeida
Não há dúvida que existe hoje, um pouco por todo o mundo, uma verdadeira patrulha ideológica que pretende impor à humanidade o que consideram ser política e socialmente aceitável. Esses fanáticos imbecis, estão por todo o lado e não hesitam ofender todo e qualquer cidadão que não siga a cartilha e ouse pensar pela sua cabeça. No Brasil chegaram ao ponto de acusar Ney Matogrosso de homofobia e Chico Buarque de machismo. Além de tristes, não passam de desprezíveis trastes sem respeito pela Liberdade...

Fonte: Aventar


Sobre o crescimento do racismo e da xenofobia na cúpula do PSD

PSD

por João Mendes

Foto: Público
Feliciano Barreiras Duarte, antigo secretário de Estado do PSD, constatou aquilo que já todos sabíamos mas que social-democrata algum tinha tido ainda a coragem de constatar publicamente: que existem elementos racistas e xenófobos no seu partido que estão a ganhar peso e a influenciar o discurso do PSD (clique, para ler a entrevista). A ascensão de indivíduos como o candidato Ventura, ou as intervenções públicas infelizes que se multiplicam, como foi o caso do discurso proferido por Pedro Passos Coelho no Pontal, não auguram nada de bom para o maior partido político português. Não auguram nada de bom para o país. Será que ainda vamos assistir a uma coligação com o PNR, abençoada por Viktor Orbán, o fascista de serviço no PPE?

Fonte: Aventar


sábado, 19 de agosto de 2017

Ó faxavor, juros baratinhos


por estatuadesal
(Francisco Louçã, in Público, 19/08/2017)
louça1
Mensagem no telemóvel. “Sr. fulano, transfira mil euros para a sua conta à ordem, sem juros, um ano (TAN de 0%). Acresce comissão de 59 euros na primeira mensalidade. Ligue o número tal, prima 2 e fale com um consultor de crédito. TAEG 17,5% para um limite de cinco mil euros”. Percebeu? Não é para perceber, mas o juro são 17,5%.
Toca o telemóvel.
“Está? É o sr. fulano? Daqui fala João Silva, da agência financeira Tudobom, queria falar-lhe do nosso cartão de crédito…”
“Quem lhe deu o número do meu telemóvel?”
“Bem, está aqui na base de dados.”
“Quem lhe deu a base de dados?”
“Vou perguntar, é um momento… Obrigado por ter esperado. É a base de dados Todostelefones, que regista pessoas que concorreram a sorteios de automóveis.”