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quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Miséria de estratégia

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por José Gabriel

Desde ontem - pelas intermináveis declarações de Passos Coelho, ouvido em particular e por tudo o que se disse no debate (?) parlamentar - começam a desenhar-se as cartilhas e as obscenidades que a direita deve usar para pontuar os seus ataques. Podiam os partidos de direita atacar, na AR e nas suas metástases televisivas, com argumentos e ideias duras, até violentas, mas sérias e, até, procedentes, porque há matéria para tal, mas isso tinha um preço - eles fizeram sempre o mesmo e geralmente pior nestas matérias. Mas não. Não é isso que colhe e o deserto argumentativo parlamentar não surpreende. Por isso, tratam de promover e repetir curtas e simplórias grosserias.

Não há limites. Mas há concertação. Exemplo? Ontem, na TVI24, uma jornalista (??) promovida a comentadora, uma tal Judite de Freitas arengava: "o PCP e o BE eram outra coisa, agora são... não sei... uma espécie...não sei...uma coisa...estão mascarados de partidos que apoiam governos que permitem 100 mortos...". Horas depois, Nuno Magalhães, com a elegância oratória que lhe é reconhecida, bolsava: " cabe ao PCP e ao BE avaliarem se a morte de 100 pessoas não é grave". Esta imitação de ideia vai fazendo o seu caminho ao ritmo da obediência dos vários servidores da causa. Ler mais deste artigo

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Costa pediu desculpas. E Cristas e Passos, não pedem?


Estátua de Sal

por estatuadesal

(Por Estátua de Sal, 18/10/2017)

Chuva Cristas

O São Pedro ainda leva com uma moção de censura - Imagem in Blog 77 Colinas

Estive a ver o debate parlamentar na Assembleia da República sobre a questão dos fogos. Devo dizer que as intervenções do palhaço Hugo Soares, líder parlamentar do PSD, e da deputada Assunção Cristas, sobretudo desta me enojou.

O Hugo caceteiro quer que o Governo se demita. Diz que é "em nome das vítimas", e que o Governo já não tem legitimidade para governar, e se não se quer demitir deve apresentar uma moção de confiança que lhe reforce (ou retire o apoio). Pois bem, ó meu pateta, se é em nome de vítimas de políticas, vamos a contas.

Quantos morreram devido aos cortes de salários e pensões, de perda dos empregos, de casas e famílias destruídas, de suicídios por desespero, de mortes prematuras por os serviços de saúde estarem à míngua, devido às políticas de ladroagem aos pobres, empreendidas pelo governo pafioso? Quantos choraram lágrimas de raiva, quantos abandonaram o país e caíram nas ruas da amargura? A direita fala das cem vítimas dos incêndios, mas como consequência das políticas de saque da direita não terá havido muito mais mortes? Não terá havido muito mais desgraças e desespero? Perante isto, só me apeteceu vomitar na cara do rapazola.

Depois veio a Cristas. Outro nojo, lamento dizê-lo. Ela que mais patrocinou o descalabro da floresta com a sua liberalização do eucalipto, ela que cortou nas verbas destinadas ao ordenamento e à defesa das florestas, ela que fez parte de um governo que até acabou com a isenção das taxas moderadoras na saúde de que os bombeiros gozavam - como bem lembrou Jerónimo de Sousa durante o debate parlamentar -, veio pedir responsabilidades ao Governo e a António Costa. Um perfeito exercício de fariseu de saias, um despudor que - apesar de o assunto ser grave e sério -, é de um ridículo burlesco e de mau gosto.

Estranhamente, não vi a direita questionar nunca quais as causas dos incêndios, as causas estruturais determinadas por anos de incúria e de más opções de sucessivos governos apoiados pelos partidos da direita. Não acha a Dona Cristas que também deveria PEDIR DESCULPAS ao país? Costa pediu desculpa. Cristas, Coelho, o rapazola Hugo e toda a bancada pafiosa, esses, quais justiceiros de pacotilha - tendo em conta do seu perfil de salafrários -, brindaram-nos com uma farsa vergonhosa, colocando os mortos e as vítimas ao serviço da sua gula pelo poder.

Também não vi a direita questionar a hipotética causalidade terrorista que poderá estar por detrás da vaga de fogos. Há especialistas que avançam que, as causas naturais, só por si não podem explicar, quer a intensidade dos fogos, quer a sua simultaneidade temporal. Pediu a direita que se investigue? Pediu a direita responsabilidades ao Governo por nada ter ainda avançado no esclarecimento cabal dessas dúvidas? Não. A direita não quer que não haja fogos. O fogo, os mortos, o alarme social, a destruição do país é a sua praia.

Não digo que os archotes dos incendiários tenham sido autografados directamente pela Dona Cristas, ou pela caneta do Passos. Mas que devem estar a esfregar as mãos de contentamento pelo facto de as chamas lhes permitirem brindar o governo com uma chuva de críticas e dificuldades de percurso, disso não tenho qualquer dúvida. De tal forma que até estou com pena do Passos: soubesse ele da dimensão desta tragédia e seguramente não se teria demitido. Ou estarei errado, e tudo isto aconteceu, de facto, porque Passos se demitiu? Responda quem souber.

sábado, 23 de setembro de 2017

É isto

Posted: 22 Sep 2017 06:17 AM PDT
(Vídeo de Luís Vargas, no Geringonça)

«Há muito tempo que o PSD não tem discurso. O PSD perdeu o discurso desde o momento em que António Costa inventou esta história da geringonça. O PSD ficou sempre preso a esse passado, a essa "ilegitimidade" deste governo, a esse "direito próprio" de formar governo, embora não tivessem maioria na Assembleia da República. Depois apostou tudo num discurso económico catastrofista. Vinha aí o diabo, íamos parar a um segundo resgate, ia haver sanções, ia haver tudo e mais alguma coisa. Ora isto não resultou e o PSD agora diz: "não, resultou porque eles fizeram o mesmo que nós fizemos". Portanto o PSD tem um discurso perfeitamente contraditório: ora diz que este governo fez tudo mal, e portanto atrasou e com eles teria sido tudo; ora diz que este governo fez tudo bem porque fez tudo o que eles estavam a fazer e não mudou em nada. Os dois discursos não são compatíveis.

Tudo isto poderia passar por um desacordo legítimo de opiniões se não se juntasse aqui um caso, que eu acho que dá outra dimensão ao discurso de Passos Coelho. É o caso de Loures e do apoio do PSD a André Ventura. André Ventura era um candidato apoiado pelo PSD e pelo CDS, que fez declarações nitidamente xenófobas e racistas em relação aos ciganos, que defendeu posições inqualificáveis para quem é do PSD, como a pena de morte, a prisão perpétua, a castração química de pedófilos, tudo matérias que estão a milhas do que é o programa eleitoral do PSD. Assunção Cristas e o CDS decidiram tirar-lhe o apoio e o PSD manteve o apoio. E isto é muito significativo, porque mostra uma coisa: nós já tínhamos tido umas experiências, aqui e ali, deste tipo de discurso, mas eram experiências marginais. E isto é que é importante: é a primeira vez que um partido que é um dos pilares da democracia portuguesa, um dos partidos fundadores da democracia portuguesa, apoia um candidato com este tipo de discurso. Isto tem consequências».
Constança Cunha e Sá (21ª hora, TVI24)

Fonte: Ladrões de Bicicletas

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Sá Carneiro está a dar saltos no túmulo



por estatuadesal
(Por Valupi, in Blog Aspirina B, 15/09/2017)
loures
Passos ao lado de André Ventura: “Não podemos ter medo dos demagogos e dos populistas que permitem que situações injustas perdurem”
Ver aqui

Igual a Trump quando carimba a imprensa livre como geradora de “notícias falsas”, ele que será provavelmente o político no Mundo que mais mente, Passos passou a incluir no seu reportório de líder da oposição a retórica do ataque aos “populistas” e “demagogos” quando se dirige à maioria legítima no Parlamento, ele que seria o principal protagonista de uma qualquer história do populismo e da demagogia em Portugal nos últimos 10 anos.

terça-feira, 19 de setembro de 2017

UM HABILIDOSO INÁBIL!



por estatuadesal
(Joaquim Vassalo Abreu, 18/09/2017)
Passos_teresa
“Habilidadezinha”, disse ele! Tal como eu que, quando não sei o que hei-de dizer, recorro a uma habilidade, mas apenas linguística. Como agora! Mas eu sou eu e ele é ele! E ele, franca e nitidamente, não as sabe usar! É que não se faz perceber, estão a ver?
Daí que Centeno lhe tenha respondido como respondeu, e ele tenha ficado quedo e mudo pois,  habilidade por habilidade, vale incomensuravelmente mais a que tem eficácia.
Por exemplo: quando ele afirma que a votação em Lisboa da sua Leal “Treza” vai ser uma “grande surpresa”, o que é isso se não uma enorme “habilidadezinha”?