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domingo, 4 de junho de 2017

A lamentável hipocrisia das três agências


por estatuadesal

(Nicolau Santos, in Expresso, 03/06/2017)
nicolau
A avalancha de dados positivos sobre a economia portuguesa que se tem sucedido nos últimos dois meses não comove as três grandes agências internacionais de notação financeira, cujos responsáveis, em declarações ao “Diário de Notícias”, não mostram nenhuma disposição para melhorar o rating que atribuem à dívida portuguesa (e que, em linguagem vulgar, é qualificado de lixo, ou seja, algo onde não se deve aplicar dinheiro), nem sequer o outlook, ou seja, a perspetiva, passando-o eventualmente de estável para positivo.
Os argumentos são os seguintes: “O rating pode subir se a consolidação orçamental e a redução da dívida acelerarem significativamente por comparação com as expectativas. Um crescimento económico muito mais forte seria também benéfico” (Moody’s). “É preciso perceber se esta recuperação é sustentável. Como o efeito base é muito baixo, qualquer pequena recuperação resulta num crescimento percentual muito elevado” (Standard & Poor’s). “Esperamos que a tendência pronunciada de redução do défice continue, mas a elevada dívida pública e a qualidade dos ativos bancários ainda pesam no perfil de crédito soberano de Portugal” (Fitch).
A economia portuguesa está bastante melhor. Até quando, senhores das agências, abusareis da nossa paciência, não reconhecendo esta evidência?
Ora, muito bem! A consolidação orçamental tem sido como segue: défices de 3% em 2015 (sem efeito Banif), 2% em 2016, previsão de 1,5% para este ano. E a tendência de queda vem de uns inacreditáveis 11,2% em 2010. O que será preciso para os senhores das agências reconhecerem que esta é uma tendência forte e consolidada? Segunda questão: o crescimento económico. Eis os dados: 0,9% (2014), 1,6% (2015), 1,4% (2016), 1,8% (previsão para 2017, mas o crescimento no primeiro trimestre de 2,8% aponta para um crescimento anual muito superior, podendo chegar aos 2,5% segundo o INE, mais que a média europeia). Há quem diga, contudo, que tudo está dependente do turismo. Não é verdade: as mercadorias explicam 70% do aumento das exportações. Terceira questão: a dívida. É muito elevada (130% do PIB). Mas o Governo prevê antecipar o pagamento de €7200 milhões ao FMI em 2018 e 2019 e até agora já foram reembolsados mais de €14.500 milhões do total de €26 mil milhões. Mais: como os senhores das agências saberão, um crescimento mais forte e acima do previsto, dá uma forte ajuda à redução da dívida em percentagem do PIB. Outra questão: a banca: alguém duvida que CGD, BES, BCP e BPI estão hoje mais sólidos do que em 2011 depois dos seus processos de recapitalização?
Concluindo: a economia portuguesa está indiscutivelmente melhor do que quando a nossa dívida pública foi classificada como lixo. Por isso, até quando, senhores das agências, abusareis da nossa paciência, não reconhecendo esta evidência? Resposta: até quando a sua hipocrisia entender, mesmo que os factos os desmintam todos os dias.

sábado, 3 de junho de 2017

Mais de 5 toneladas de alimentos reunidas em ação solidária do SL Benfica

Mais de cinco toneladas de alimentos foram recolhidas hoje numa ação solidária no Estádio da Luz, em Lisboa, afirmou à agência Lusa a presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome, Isabel Jonet.

"Foi um sucesso. Só vamos pesar tudo na segunda-feira, mas posso dizer que a recolha ficou muito acima das cinco toneladas de alimentos e percebemos que há aqui espaço para mais ações de solidariedade no desporto", disse.
A ação solidária decorreu no relvado do Estádio da Luz, onde o Benfica expôs as taças de Portugal, Supertaça e Liga conquistadas na época que agora termina. Para entrar no relvado e tirar uma fotografia com as taças, cada pessoa tinha de levar um alimento não perecível.
"Nestas parcerias não pode haver clubismos, porque a causa da solidariedade e da luta contra a fome é nobre", disse Isabel Jonet.
Esta ação solidária do Benfica com o Banco Alimentar Contra a Fome acontece uma semana depois de esta organização ter realizado uma campanha de angariação de alimentos junto de mais de 2.000 superfícies comerciais, tendo angariado 1.848 toneladas de alimentos.
Na campanha participaram mais de 40 mil voluntários e os alimentos foram distribuídos por mais de 2.600 instituições de solidariedade social, que vão fazê-los chegar a 426 mil pessoas com carências alimentares comprovadas, sob a forma de cabazes ou de refeições confecionadas.

Fonte: Sapo.pt

Kennedy foi “morto pela máfia sob supervisão da CIA e o FBI sabia-o”

Por ZAP 3 de junho de 2017

John F. Kennedy, em Dallas, em 1963
John F. Kennedy, em Dallas, em 1963, ao lado da mulher Jackie, poucos minutos antes de ser assassinado.
Uma nova investigação em torno do assassinato de John F. Kennedy avança com a ideia de que o 35.º presidente dos EUA foi morto por atiradores contratados pela máfia, sob supervisão da CIA e com o conhecimento do FBI.
Esta teoria é avançada pelo escritor e jornalista espanhol Javier García Sánchez que lançou um ensaio, intitulado “Teoria da conspiração. Desconstruindo um magnicídio: Dallas 22/11/63”, que aborda várias investigações efectuadas em torno da morte de Kennedy.
Numa entrevista ao site RT, Sánchez explica que analisou “toda a literatura que existe” sobre o assassinato e critica os escritores que diz que, ao longo dos anos, veicularam uma “mentira”, ajudando a afirmar a ideia de que foi Lee Harvey Oswald quem matou Kennedy.
“É como contar a história do III Reich e da II Guerra Mundial omitindo por completo o holocausto”, considera o jornalista espanhol.
“Kennedy foi morto por uma rede de gente muito preparada. Falo de atiradores da máfia”, relata via telefone, ao RT, considerando que eram “atiradores de elite” que trabalhavam para “quem melhor lhes pagasse”. “E quem melhor lhes pagava, normalmente, era a CIA”, acrescenta, notando que a agência de inteligência norte-americana os compensou com heroína porque “pagar-lhes em dinheiro era muito perigoso”.
“Naquele dia, estavam ali contratados pela máfia, numa operação totalmente supervisionada pela CIA – porque a máfia, por si só, jamais poderia ter feito tudo o que fez”, refere Sánchez sobre o assassinato de Kennedy.
“E nas altas instâncias do FBI sabiam-no. Refiro-me ao próprio J. Edgar Hoover e aos seus dois ou três sub-chefes. Sabiam tudo semanas antes”, acrescenta.
Quanto às razões para este alegado conluio para matar o presidente dos EUA, o jornalista aponta no RT que Kennedy estava a “incomodá-los a todos”.
Estava a meter mafiosos na cadeia“, contra aquilo que “os Kennedy tinham concordado com os chefes da máfia”, nota, realçando ainda que “ia retirar os EUA da guerra do Vietname, com o descrédito militar que isso significava e com o negócio arqui-milionário que se perdia”.
Também “ia subir os impostos em quase 30% aos magnatas do petróleo e do aço (que era como tocar em Jesus e na Virgem Maria)” e “tinha acabado de convidar Martin Luther King para a Casa Oval”, o que, no sul dos EUA, era “praticamente, condenar-se à morte”, aponta Sánchez.
O jornalista conclui também que o assassinato de Kennedy acabou por despoletar uma verdadeira “matança”, com várias testemunhas e pessoas próximas dos factos a serem mortas. Ele fala em “meia centena de mortes misteriosas” relacionadas com o caso, incluindo a do próprio Oswald que foi morto aquando da sua detenção.
Para Sánchez é ainda evidente que os EUA “nunca vão admitir o que aconteceu” porque “houve uma participação massiva de instituições norte-americanas, como o Pentágono, a CIA, o FBI, e gente muito “respeitável” e com muito dinheiro, grandes accionistas de Wall Street, e o povo americano nunca poderia aceitar isso”.
“Admitir que as supostas “forças do bem”, quer dizer, o Governo, as instituições, o Senado, estavam entre a máfia e a CIA é muito duro para eles”, constata, sublinhando que “preferem fazer de conta que não se sabe nada e deixam dormir o fantasma” de Oswald.
ZAP //

sexta-feira, 2 de junho de 2017

Buscas na EDP e REN: António Mexia e João Manso Neto constituídos arguidos

Os presidentes da EDP e da EDP Renováveis, António Mexia e João Manso Neto, para além dos membros da REN, João Conceição e Pedro Furtado, foram constituídos arguidos no âmbito de um processo que investiga corrupção e participação económica em negócio. Ex ministro da Economia Manuel Pinho está a ser investigado.
A Procuradoria-Geral da República avançou à LUSA que várias pessoas foram constituídos arguidos nas buscas da Polícia Judiciária aos escritórios da EDP em Lisboa. Dois deles são António Mexia, presidente da EDP, e João Manso Neto, CEO da EDP Renováveis.
A Polícia Judiciária está a realizar buscas na REN – Redes Energéticas Nacionais, EDP e na consultora The Boston Consulting Group, no âmbito de um processo que investiga corrupção ativa e passiva e participação económica em negócio.
Segundo uma informação do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), “o inquérito tem como objeto a investigação de factos subsequentes ao processo legislativo bem como aos procedimentos administrativos relativos à introdução no setor elétrico nacional dos Custos para Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC)”.
Os CMEC são uma compensação relativa à cessação antecipada de contratos de aquisição de energia (CAE)", o que aconteceu na sequência da transposição de legislação europeia no final de 2004.
"Patrocínio" da EDP a Manuel Pinho também está a ser investigado
Também de acordo com a SIC Notícias, a PJ está a investigar um curso acerca de energias renováveis na Universidade de Columbia, nos Estados Unidos da América, instituição onde Manuel Pinho lecciona uma cadeira, alegadamente viabilizado por patrocínios da EDP
De acordo com informações veiculadas pelo canal, o curso foi criado em 2010 e tinha a a empresa portuguesa a suporta parte dos custos. Um dos professores convidados foi Manuel de Pinho, ex-ministro da Economia e amigo de António Mexia.
A notícia acerca do curso, da cadeira lecionado por Pinho e do alegado patrocínio da EDP tinha vindo a público no passado pelas mãos do Jornal de Negócios, mas a elétrica nacional sempre negou qualquer favorecimento.
Diretor e administrador da REN também são arguidos
Rui Cartaxo, que esteve na liderança executiva da REN até 2014 e atual 'chairman' do Novo Banco também foi inicialmente apontado como arguido no processo, pela SIC, mas a informação foi desmentida pelo próprio canal pouco tempo depois.
Segundo a SIC, João Conceição, administrador, e Pedro Furtado, diretor, da REN, também foram constituídos arguidos no processo decorrente das buscas que aconteceram nos escritórios da REN.
João Faria Conceição foi consultor, entre 2000 e 2007, na The Boston Consulting Group, consultora que hoje também foi alvo de buscas da Polícia Judiciária (PJ), tendo posteriormente, durante dois anos, apoiado o Ministério da Economia e da Inovação, liderado então por Manuel Pinho, em questões de política energética. Desde 2009, desempenha funções de administrador executivo na REN – Redes Energéticas Nacionais.
Pedro Furtado é responsável de regulação na REN, tendo sido responsável de regulação e tarifas no gás de 2006 a 2012.
Em causa na investigação estão suspeitas de corrupção ativa, corrupção passiva e participação económica em negócio.
Fontes oficiais da EDP e da REN já haviam confirmado à agência Lusa buscas da PJ nas suas sedes, em Lisboa.
"Informamos que a REN continuará, como sempre a colaborar com as autoridades em tudo o que estiver ao seu alcance", adiantou fonte oficial da empresa liderada por Rodrigo Costa.
Também a elétrica liderada por António Mexia realçou que está a colaborar com as autoridades.
O Ministério Público é coadjuvado pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária.

[Notícia atualizada às 17h58]
Fonte: Sapo Notícias

Schwarzenegger dá lição a Trump. E é das boas!



O ator e antigo governador da Califórnia gravou um vídeo com uma mensagem para o presidente a propósito da decisão de sair do Acordo de Paris sobre o clima
"Um homem não pode destruir o nosso progresso. Um homem não pode parar a nossa revolução de energia limpa. Um homem não pode voltar atrás no tempo. Só eu posso fazer isso". Arnold Schwarzenegger começa a brincar e a recordar a personagem T-800 que interpretou no sucesso cinematográfico "Exterminador Implacável" para dar início ao discurso contundente que enviou a Donald Trump, depois de este ter anunciado, ontem, a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris sobre as alterações climáticas. Mas a mensagem é bastante séria: pede que olhe para o futuro, lembra que para a memória só ficam os grandes líderes e alerta para uma possível revolta ambiental por parte da população.
O ator e antigo governador da Califórnia gravou um vídeo em que dirige palavras duras ao presidente dos Estados Unidos. "A minha mensagem para si, sr. Trump, é que, enquanto funcionário público e especialmente enquanto presidente, a sua primeira e mais importante responsabilidade é proteger as pessoas", diz, passando a relatar algumas consequências das alterações climáticas: as 200 mil pessoas que morreram anualmente nos Estados Unidos devido à poluição e o facto de metade dos rios norte-americanos estarem demasiado poluídos.
"Não nos podemos sentar e simplesmente não fazer nada enquanto as pessoas estão a ficar doentes e a morrer, sobretudo quando se sabe que há alternativa", defende Schwarzenegger, acrescentando que é "mais fácil e mais confortável olhar para o passado". "E para muitas pessoas o passado que conhecemos é menos assustador que o futuro que desconhecemos. Mas muitos de nós sabemos o que um futuro com energia limpa significa. E isso não é assustador", afirma, alertando que a asma, o cancro e outras doenças são muito mais assustadores.
© REUTERS/Jean-Paul Pelissier
"Por isso, por favor, senhor presidente, escolha o futuro", apela. "Ninguém se lembra das pessoas que disseram ao presidente Kennedy que não se deveria ir à Lua. Lembramo-nos dos grandes líderes. Dos grandes líderes que não recuaram ao passado, mas de grandes líderes que avançaram em direção ao futuro", realça, garantindo que o povo e os governos locais e estaduais irão erguer-se e contestar esta decisão.
Schwarzenegger diz a Trump que 70% das emissões poluentes podem ser controladas e que cabe a cada um dos cidadãos fazê-lo. E lembra que enquanto governador da Califórnia aprovou um pacote de medidas de defesa do ambiente bastante rigorosas e que agora aquele Estado está a crescer. "Proteger o ambiente não destruirá a nossa economia. A questão central é que boas políticas ambientais fazem o oposto. Dão força à economia", remata.
Fonte: Diário de Notícias