Translate

terça-feira, 20 de junho de 2017

MUSEU ESCOLAR OLIVEIRA LOPES É DIVULGADO NA REVISTA AMERICANA “JOURNAL OF HISTORY RESEARCH” E EM AÇÕES DE FORMAÇÃO DA PORTO EDITORA REALIZADAS EM TODO O PAÍS E TIMOR


Um afincado e apurado trabalho de pesquisa histórica, produzido pelos professores da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP), Luís Marques Alves e Cláudia Pinto Ribeiro em articulação com Augusto Pinho, presidente da Associação dos Antigos Alunos da Escola Oliveira Lopes e diretor do Museu Escolar Oliveira Lopes, deu origem a um artigo de investigação científica que foi agora publicado na revista americana “JOURNAL OF HISTORY RESEARCH”. Este artigo surgiu, no âmbito da preparação de uma comunicação apresentada no “I NTERNATIONAL SYMPOSIUM – SCHOOL MEMORIES - New Trends in Historical Research into Education: Heuristic Perspectives and Methodological Issues”, que decorreu em Sevilha, em 2015. A comunicação foi convertida em artigo (com onze páginas) publicada na revista anteriormente referenciada que, dado o interesse pela temática, endereçou um convite direto nesse sentido às entidades envolvidas. Augusto Pinho diz que “esta internacionalização surgiu no seguimento das parcerias estabelecidas com a Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP) e com a Unidade de Investigação – CITCEM – Centro de Investigação Transdisciplinar – Cultura, Espaço & Memória, que têm dado resultados excelentes”.
O apoio dado pelas duas instituições supra referidas traduz-se ao nível de consultadoria, apoio em publicações feitas em papel ou em formato digital, realização de colóquios e congressos, entre outras atividades que a atual Direção da Associação dos Antigos Alunos da Escola Oliveira Lopes (AAAEOL)/Museu Escolar Oliveira Lopes (MEOL) pretende levar a cabo no futuro.

Escola museu Válega (1)

Ao mesmo tempo, em virtude de um contacto estabelecido com a Porto Editora, representada pela Dr.ª Cláudia Pinto Ribeiro (professora auxiliar e membro do Departamento de História e de Estudos Políticos e Internacionais da Faculdade de Letras da Universidade do Porto), autora de manuais escolares de História (7.º, 8.º e 9.º anos) e História e Geografia de Portugal (5.º e 6.º anos), o Museu Escolar Oliveira Lopes foi apresentado como proposta de visita de estudo a realizar no âmbito das disciplinas acima referidas nas ações de formação para professores, que decorreram entre janeiro e abril de 2017, ministradas pela mesma. A Dr.ª Cláudia Pinto Ribeiro percorreu o país, de lés a lés (incluindo Açores e Madeira), e ainda Timor para dar formação a várias centenas de docentes de História das diversas escolas inscritas, tendo salientado  que o Museu Escolar Oliveira Lopes é, sem sombra de dúvidas, um dos “ex-libris” da História da Educação em Portugal no século XX, dada a unicidade do seu espólio.
Ao mesmo tempo, nessas ações de formação subordinadas ao tema: “O Mundo é do Tamanho que Eu Quiser – As Migrações” foi realçado o papel dos Irmãos Oliveira Lopes, dois “brasileiros de torna-viagem”, que deram um exemplo cabal do seu espírito altruísta e filantrópico, ao mandar construir, a expensas suas, na freguesia de Válega, um magnífico e majestoso edifício escolar, que na época rivalizava com as melhores escolas do Porto e de Lisboa, uma verdadeira “catedral do ensino”, imbuída do “espírito republicano” na viragem do século XIX para o século XX.
Estas parcerias procuram concretizar uma das linhas orientadoras da Direção, liderada por Augusto Pinho, “dar a conhecer o MEOL e o legado dos Irmãos Oliveira Lopes fora de portas”.
Augusto Pinho assevera que “duas das prioridades no ano de 2017 têm sido a promoção de exposições itinerantes  e a realização de workshops educativos em diversos espaços de Ovar e dos concelhos limítrofes e a consolidação da divulgação e da promoção de investigação científica sobre a história e o espólio do Museu Escolar Oliveira Lopes no meio universitário e da docência em Portugal”.

Escola museu Válega (2)

Augusto Pinho destaca ainda as atividades educativas que estão a ser levadas a cabo pela Diretora Técnica, Bárbara Andrez, no âmbito do projeto  “MEOL Fora de Portas”, realizadas dentro do universo das artes plásticas, que englobam experimentação e divulgação da história escolar, dinamizadas em diferentes faixas etárias, gratuitamente, em escolas, cooperativas de educação e reabilitação do cidadão inadaptado (cercis), lares de idosos e outros espaços do concelho de Ovar e  de concelhos limítrofes. As atividades em curso são: “Caligrafia em Espaços”, “Às Voltas com Espirógrafos” e “Geometria e Carimbos”.
Augusto Pinho termina, afirmando que “as obras de requalificação que estão a ser realizadas na Escola Oliveira Lopes vão possibilitar uma melhor acomodação, salvaguarda e conservação de um acervo que é único em Portugal e a melhoria das condições oferecidas aos visitantes a nível das visitas guiadas e das atividades promovidas pelo atual serviço educativo do MEOL, sendo que, a Direção do AAAEOL/MEOL continuará, afincadamente, a trabalhar em colaboração estrita com a Câmara Municipal de Ovar, no âmbito de uma parceria que já dura há duas décadas, e que tem dado excelentes frutos. Os resultados falam por si…”
Uma coisa é certa, o Museu Escolar Oliveira Lopes mantém-se bastante ativo, não obstante, estar encerrado fisicamente, em virtude das atuais obras de requalificação da Escola Oliveira Lopes.

Ovar, 20 de junho de 2017
A Associação dos Antigos Alunos da Escola Oliveira Lopes (pedido de publicação)

Ovar – Afinal o que se passa?

Há uns tempos, ao passar no Largo dos Campos, em Ovar, deparei-me com dois cartazes colados na porta da sede concelhia do Partido Socialista, cujas imagens aqui reproduzo.



Após a leitura dos mesmos, concluí que há neles insinuações muito graves e interroguei-me:
- Afinal o que se passa com o PSD-Ovar?
- Afinal o que passa na Câmara Municipal de Ovar e com o seu presidente, dado que há num deles a referência a “Nova Energia” que foi o lema da campanha da candidatura de Salvador Malheiro à Câmara Municipal de Ovar em 2013?
- Há referência a verbas avultadas de que beneficiaram alguns amigos e quem são eles?
- Quais e quantos foram os ajustes diretos e a que se destinaram?
- Foram tomadas medidas concretas relativamente a estes ajustes, nomeadamente participação às autoridades competentes?
- A serem verdadeiras as mensagens que os cartazes procuram transmitir, qual foi a posição dos vereadores da oposição e dos deputados à Assembleia Municipal?
- O assunto é extremamente grave e se as insinuações não passarem disso, deverá haver consequências.
Assim, eu como munícipe e com os meus impostos em dia, exijo um esclarecimento cabal do caso e penso que todos os munícipes o exigirão também.
Onde está um comunicado do PS-Ovar e da JS-Ovar que preste os devidos esclarecimentos?
- Será que os vereadores da oposição não convocam uma conferência de imprensa, a fim de esclarecerem o que levou a JS-Ovar a mandar elaborar os referidos  cartazes?
Precisamos de um cabal esclarecimento de toda a verdade, porque se aproximam as eleições autárquicas e nenhum candidato deve concorrer, estando sob suspeição.
- Será que Salvador Malheiro, Presidente da Distrital de Aveiro, ao ver o seu mandatário e o seu secretário do referido órgão partidário detidos, não quer dar qualquer esclarecimento público?
Do meu ponto de vista, penso que o Presidente da Câmara, deverá pedir o devido esclarecimento dos factos.

Ovar, 20 de junho de 2017
Álvaro Teixeira

O diabo chegou a Pedrógão Grande


por estatuadesal
(In Blog O Jumento, 20/06/2017)
merda

Ainda o incêndio fazia vítimas e já alguns jornalistas, certamente seguindo ordens dos seus diretores de informação procuravam pistas para culpas que alimentassem as labaredas do debate político. Que tudo tinha falhado por causa de uma falhas nas telecomunicações. A TVI até mandou a Judite Sousa explorar o drama e a sua subdiretora de informação não desiludiu, foi em busca de cadáveres e de familiares das vítimas e foi o que se viu, fez o que pediu que não fosse feito com a morte do seu filho, mas gente do povo não merece tais pruridos.
Passos Coelho esperou e quando achou oportuno fez uma visita de circunstância aos serviços da Proteção Civil em Lisboa, não foi falar com nenhum bombeiro a cheirar a fumo, visitar algum ferido na unidade de queimados ou a ver alguma aldeia devastada pelo fogo. Convocou as televisões para a sua comunicação e no conforto citadino foi marcar a agenda política dizendo que ainda não era o tempo para o fazer. Este é o mesmo Passos que disse não se aproveitar de casos judiciais e que depois o fez sem qualquer pudor.
Se quisermos saber o que Passos quer que nós pensemos, que é o que ele pensa, devemos esperar pelo fim do dia, mais ou menos à hora dos jantares de leitão assado, que ele aparece. Mas se quisermos saber o que realmente ele pensa ou, muito mais certo, o que ele vai pensar, devemos ler os seus ideólogos de jornais como Rui Ramos, Helena Matos e José Manuel Fernandes, que escrevem no Observador, ou João Miguel Tavares que mantém uma coluna de espuma no Público. Se os lermos ficamos a saber qual a mensagem que Passos está a propagar ou que vai fazer sua: que o país vive de propaganda e que os incêndios são a realidade resultante da incompetência.
Depois de todas as estratégias terem falhado, o défice foi controlado, o BE e o PCP não se deixaram seduzir por uma estratégia de coligação espontânea no parlamento, a direita europeia não veio em auxílio de Passos, a extrema-direita foi derrotada no Reino Unido e em França, as taxas de juro da dívida estão em queda, a notação vai deixar de ser lixo.
Depois da aposta na vinda do diabo em Setembro de 2016 eis que parece que a vinda do diabo, tão desejada por Passos Coelho, ocorreu em Junho de 2016 em Pedrógão Grande.
Passos e os seus ideólogos da extrema-direita chique não perderão a oportunidade de se aproveitarem da desgraça alheia; com notícias relativas a corrupção autárquica de altos dirigentes do PSD para abafar, há que centrar o debate das autárquicas nos incêndios.

segunda-feira, 19 de junho de 2017

O fogo começou em 1985


(Por Estátua de Sal, 19/06/2017)
mst3

Nem sempre concordo com ele. Quando ataca a função pública, os sindicatos e as suas reivindicações e aponta parte dos problemas do país a um suposto excesso de regalias nas quais diz que não se revê.
Mas devo reconhecer que, entre tantos comentadores e especialistas que no espaço público tem debatido as causas da tragédia dos fogos, Miguel Sousa Tavares foi, até ao momento na SIC e na SICN, o único que conseguiu chamar os bois pelos nomes. Os grandes responsáveis não estão no actual governo, sequer no anterior.
Os grandes responsáveis devem procurar-se no primeiro governo de Cavaco Silva, era ministro da agricultura Álvaro Barreto, que vendeu a agricultura portuguesa em Bruxelas por tuta e meia. E era ministro da Energia, Mira Amaral que defendeu a "eucaptilização" do país, chegando a chamar ao eucalipto o nosso petróleo verde. Tavares chegou mesmo a desafiar Mira Amaral, dizendo-lhe, caso o estivesse a ver, que devia mudar a cor de tal petróleo de verde para vermelho, a cor do sangue das vítimas deste momento, e de todas as outras que tem perecido durante décadas.
Reconheço que Tavares é uma voz desempoeirada e corajosa, que apontou o dedo à verdadeira causa de fogos desta dimensão que ele situa no que designa por complexo florestal industrial, e na falta de coragem do poder político para o enfrentar seja por cobardia ou por conivência: as celuloses, o lobby das corporações de bombeiros, as empresas de helicópteros  e de aviões a usados para apagar os fogos e que custam milhões todos os anos.
E mais. Também gostei de ver Miguel Sousa Tavares,  apesar de ser um grande defensor dos méritos da propriedade privada, vir defender, neste caso a expropriação pura e simples das terras de floresta deixadas ao abandono pelos seus proprietários, e que são um dos cancros que, na ausência de limpeza de matos e resíduos, permite a propagação rápida dos fogos, atingindo áreas e níveis de tal dimensão que se torna impossível debelá-los.
Mais que as minudências técnicas dos especialistas é necessário apontar o dedo e falar claro para que todos entendam a causas das coisas e que surjam medidas EFECTIVAS que ponham cobro a esta situação. E nesse aspecto, tenho que reconhecer e divulgar que Tavares esteve em grande plano.

Hermínio Loureiro e actual presidente de Oliveira de Azeméis detidos por suspeitas de corrupção

A confirmação da detenção de um ex-autarca e autarca foi avançada esta segunda-feira. A eles junta-se um funcionário camarário e quatro empresários.
Liliana Borges e Sofia Rodrigues
19 de Junho de 2017
Hermínio Loureiro
Hermínio Loureiro Nuno Ferreira Santos

Hermínio Loureiro, ex-presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis e vice-presidente da Federação Portuguesa de Futebol, é um dos sete detidos pela PJ do Porto por suspeita de crimes de corrupção, prevaricação, peculato e tráfico de influência, avança o Jornal de Notícias esta segunda-feira. Com ele, foi também detido o actual presidente da câmara, Isidro Figueiredo, acrescenta a agência Lusa.
Em comunicado, a Polícia Judiciária confirma que deteve sete pessoas, com idades compreendidas entre os 40 e os 60 anos, "sendo um autarca, um ex-autarca, um funcionário camarário e os restantes empresários de profissão e serão presentes a primeiro interrogatório judicial à competente autoridade judiciária para aplicação das medidas de coacção tidas por adequadas". O comunicado da PJ não refere nomes.
A Operação Ajuste Secreto realizou 31 buscas, "incluindo cinco camarárias e cinco em clubes locais de futebol". Nas operações participaram magistrados do Ministério Público e cerca de 90 elementos da PJ, esclarecem as autoridades no mesmo comunicado.
Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público.
De acordo com a Polícia Judiciária, a operação "permitiu até ao momento a obtenção de fortes indícios da existência de relações privilegiadas entre os suspeitos, ao longo do último ano". A investigação detectou a "realização de diversas obras em diferentes localidades, manipulando as regras de contratação pública".
Há sete meses, em Dezembro de 2016, Hermínio Loureiro renunciou ao mandato de presidente da Câmara de Oliveira de Azeméis (eleito pelo PSD), surpreendendo os autarcas da região e os dirigentes sociais-democratas. O autarca, na altura, não justificou a sua decisão. Numa nota dirigida ao município, Hermínio Loureiro escreveu "que é muitas vezes mais importante saber sair da cena política do que a ela se apresentar".
O autarca anunciou a sua demissão dos cargos de presidente do Conselho Metropolitano do Porto, de membro da comissão executiva do Turismo do Porto e Norte de Portugal, de membro do conselho geral da Associação Nacional de Municípios Portugueses e de representante dos municípios no Conselho Nacional do Desporto.

Fonte: Público