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segunda-feira, 14 de agosto de 2017

DESFILE ETNOGRÁFICO 2017



Cort. Etnog


A Junta de Freguesia de Válega felicita a Comissão de Festas em Honra de Nossa Senhora do Amparo que integrou, pelo terceiro ano consecutivo, na programação dos festejos um desfile etnográfico.
As ruas de Válega encheram-se, uma vez mais, de história e tradição perante o olhar de centenas de pessoas que assistiram a uma primorosa e espetacular recriação de episódios da vida quotidiana do mundo rural português dos séculos XIX e XX.
As felicitações são extensivas, obviamente, ao Grupo de Folclore da Casa do Povo de Válega, ao grupo de folclore polaco e a todas as pessoas oriundas dos lugares da freguesia de Válega que recriaram as diversas cenas e ornamentaram os carros “alegóricos”, revelando união, labor, brio e muito bairrismo em prol da etnografia e da animação social e cultural da comunidade.

As fotos foram gentilmente cedidas por Nuno Pereira.

Outro a cavalgar a onda do populismo

Passos Coelho (2)

14/08/2017 por j. manuel cordeiro


O Passos Coelho de 2017 insurge-se contra a possibilidade  de “qualquer um viver em Portugal”, só precisando de ter um contrato de trabalho à espera. Já o Passos Coelho de 2014 não via problema algum em qualquer estrangeiro vir viver para Portugal desde que cá comprasse uma casa de 500 mil euros.

Os Vistos Gold foram a mercantilização da cidadania portuguesa, sem perguntar de onde vinha esse dinheiro e tendo como bonus o acesso ao espaço Schengen a preços de saldo. Mas agora que está na oposição, Passos Coelho tem pruridos por alguém vir trabalhar em Portugal e ter, por isso, uma autorização de residência.

O caminho parece traçado. Primeiro, não se demarcou do xenófobo de Loures, como até manteve o apoio ao candidato André Ventura. Agora, o próprio fez o discurso anti-emigrante, apesar de ter convidado os portugueses a emigrarem, perdão, a saírem da sua zona de conforto. A seguir só falta falar dos empregos roubados pelos estrangeiros para estarmos perante um filme já visto.


Fonte: Aventar

domingo, 13 de agosto de 2017

Trump e a extrema-direita

13/08/2017 por j. manuel cordeiro



Recorte: The Guardian
O presidente disse que condenou o “ódio, fanatismo e violência em muitos lados” no sábado. E repetiu a frase “em muitos lados” para enfatizar. Um porta-voz da Casa Branca amplificou mais tarde as declarações do presidente, dizendo ao The Guardian: “O presidente estava condenando o ódio, fanatismo e violência de todas as fontes e de todos os lados. Houve violência entre manifestantes e contra-manifestantes hoje “.
Mas houve uma forte reacção à recusa de Trump em denunciar os radicais de extrema-direita que atravessaram as ruas carregando tochas flamejantes, gritando epítetos raciais e atacando os seus oponentes.
Os confrontos começaram depois dos nacionalistas brancos terem organizado uma reunião em torno de uma estátua do general confederado Robert E Lee, a ser futuramente removida, e culminou com um carro sendo deliberadamente conduzido contra um grupo de pessoas que protestavam pacificamente contra a manifestação da extrema-direita, matando uma pessoa e ferindo pelo menos 19. [The Guardian]

Um carro é conduzido contra aqueles que “protestavam pacificamente” e Trump vem falar, com enfatização, de violência vinda de muitos lados. Evidenciando que foi uma mensagem pensada para assim ser dita, um porta-voz da Casa Branca repetiu o argumento do “ódio, fanatismo e violência de todas as fontes e de todos os lados”. Que não sobrem dúvidas. A presidência norte-americana, ao procurar igualar ambos os lados em termos de violência, optou conscientemente por desvalorizar os actos da extrema-direita.
Tal como escreveu J. K. Rowling, foi um grande dia para Trump se ter esquecido de usar o Twitter.
Hoje Trump esqueceu-se do Twitter
@ Twitter
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Percurso de James Alex Fields contra os manifestantes
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Fonte: Aventar










A rede da vergonha

Celso  Filipe
Celso Filipe | cfilipe@negocios.pt07 de agosto de 2017 às 23:00

A rede da vergonha

Desde 2010 que o SIRESP (Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal) regista falhas. Esta constatação é feita em relatórios de desempenho da autoria da própria empresa e foi ontem noticiada pelo Jornal de Notícias.
Pode até dizer-se que é uma boa prática assumir os erros, mas nada fazer para evitar a sua repetição é uma realidade que penaliza todos os que têm responsabilidades no SIRESP, uma parceria público-privada da qual fazem parte as empresas Galilei (33%), Datacomp (9,55%), PT (30,55%), Motorola (14,9%) e Esegur (12%).
A lista de falhas do SIRESP, detectadas pela própria empresa entre 2010 e 2017, contempla incêndios, tempestades, uma cimeira da NATO e até a visita do Papa Bento XVI. Perante este arrazoado de falhas, o governo anterior, em vez de multar a empresa (o que estava previsto no contrato), optou por renegociar o contrato, "baixando o preço e aumentando as obrigações do SIRESP", como explicou o ex-ministro da Administração Interna, Miguel Macedo. Como de nada serve à actual titular da pasta, Constança Urbano de Sousa, afirmar que as falhas "não são de hoje".
Se poupar o erário público pode até ser visto como um acto de gestão saudável, fica-se por compreender quais foram as "obrigações" acrescidas a que a empresa foi sujeita, na medida em que os problemas do sistema se mantiveram, como foi desgraçadamente visível no incêndio de Pedrógão Grande e em circunstâncias posteriores, como já denunciaram os bombeiros.
Todos os governos, sem excepção, são responsáveis por estas falhas frequentes do SIRESP e têm de assumir o ónus político desta realidade. A história da criação do SIRESP é complicada, está cheia de buracos negros e recheada de suposições menos abonatórias. Os relatórios do SIRESP, nesta medida, são o retrato de uma inconsciência coroada com um distribuição de dividendos (6,67 milhões de euros em 2016), que à luz destas falhas dá lastro a um justificado clima de indignação.
Infelizmente, foram precisos 65 mortos num incêndio para mostrar que a rede de emergência nacional é uma rede cheia de buracos que precisa de ser urgentemente reparada porque presta serviços vitais a Portugal.
O SIRESP será um bom sistema quando se deixar de falar dele, porque essa ausência noticiosa é um sinal de que estará a funcionar. Até lá, estes relatórios mais nada fazem do que avolumar a vergonha.


sábado, 12 de agosto de 2017

Mapa de incêndios – Protecção Civil


por j. manuel cordeiro



Página da Protecção Civil: www.prociv.pt/pt-pt/SITUACAOOPERACIONAL


É um panorama desolador. À hora de escrita deste post, existem 90 incêndios, envolvendo 3999 operacionais, 1164 meios terrestres e 23 meios aéreos. É o calor? A ausência de prevenção? Operacionais pouco preparados? Os eucaliptos e os pinheiros? Crime? De tudo um pouco será, certamente. Mas algo de muito errado se passa no país. Basta um ar quente para tudo arder. Um dia sobrarão as cinzas e, então, teremos um Verão calmo.

Fonte: Aventar