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domingo, 20 de agosto de 2017

Sobre o crescimento do racismo e da xenofobia na cúpula do PSD

PSD

por João Mendes

Foto: Público
Feliciano Barreiras Duarte, antigo secretário de Estado do PSD, constatou aquilo que já todos sabíamos mas que social-democrata algum tinha tido ainda a coragem de constatar publicamente: que existem elementos racistas e xenófobos no seu partido que estão a ganhar peso e a influenciar o discurso do PSD (clique, para ler a entrevista). A ascensão de indivíduos como o candidato Ventura, ou as intervenções públicas infelizes que se multiplicam, como foi o caso do discurso proferido por Pedro Passos Coelho no Pontal, não auguram nada de bom para o maior partido político português. Não auguram nada de bom para o país. Será que ainda vamos assistir a uma coligação com o PNR, abençoada por Viktor Orbán, o fascista de serviço no PPE?

Fonte: Aventar


sábado, 19 de agosto de 2017

Ó faxavor, juros baratinhos


por estatuadesal
(Francisco Louçã, in Público, 19/08/2017)
louça1
Mensagem no telemóvel. “Sr. fulano, transfira mil euros para a sua conta à ordem, sem juros, um ano (TAN de 0%). Acresce comissão de 59 euros na primeira mensalidade. Ligue o número tal, prima 2 e fale com um consultor de crédito. TAEG 17,5% para um limite de cinco mil euros”. Percebeu? Não é para perceber, mas o juro são 17,5%.
Toca o telemóvel.
“Está? É o sr. fulano? Daqui fala João Silva, da agência financeira Tudobom, queria falar-lhe do nosso cartão de crédito…”
“Quem lhe deu o número do meu telemóvel?”
“Bem, está aqui na base de dados.”
“Quem lhe deu a base de dados?”
“Vou perguntar, é um momento… Obrigado por ter esperado. É a base de dados Todostelefones, que regista pessoas que concorreram a sorteios de automóveis.”

QATAR – A geopolítica e o negócio Neymar



por estatuadesal
(Margarida Mota, In Expresso, 19/08/2017)
NEYMAR
Alvo de um bloqueio político, o Qatar contra-ataca com o futebolista mais caro de sempre.

O Qatar é um caso de persistência nas manchetes internacionais. Em inícios de junho, o pequeno emirado ribeirinho ao Golfo Pérsico foi notícia dias a fio após ser alvo de um bloqueio diplomático e comercial — que ainda dura — decretado por quatro ‘irmãos’ árabes (Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Bahrain e Egito). Há poucas semanas, arrebatou noticiários nos quatro cantos do mundo ao estar por detrás da contratação mais cara da história do futebol — a do brasileiro Neymar, comprado ao Barcelona pelo Paris Saint-Germain (PSG), propriedade de um fundo soberano do Qatar, por 220 milhões de euros.


Um crescimento em bases diferentes?


por estatuadesal
(Nicolau Santos, in Expresso, 19/08/2017)
nicolau
O crescimento da economia portuguesa no primeiro semestre do ano está a surpreender tudo e todos. A catadupa de projeções apontando para um muito maior crescimento em relação ao inicialmente estimado (Banco de Portugal, OCDE, Unidade Técnica de Apoio Orçamental, ISEG, Universidade Católica, Barclays) tem o seu ponto mais alto nos considerados infalíveis técnicos do Fundo Monetário Internacional, que em outubro de 2016 previam que a economia portuguesa crescesse apenas 1,1% este ano; em 18 de abril de 2017, reviram essa projeção para 1,7%; e somente dois meses e meio depois, em 30 de junho, passaram a previsão para 2,5%, mais do dobro do inicial. Convenhamos que é uma margem de erro demasiado elevada para que possamos confiar cegamente nas previsões e nas recomendações do FMI, que mantém, aliás, a sua previsão para uma taxa de desemprego acima dos 10% este ano, quando o último dado conhecido para a taxa de desemprego é de 8,8%. Não nos iludamos, contudo: tanto o FMI como o Banco de Portugal alertam-nos já para não nos habituarmos a estes ritmos de crescimento, porque para o ano será menor.
Entretanto, o segundo trimestre do ano confirmou o ritmo de crescimento do primeiro: 2,8%. A não ser, portanto, que haja uma aceleração da atividade económica nos últimos seis meses do ano, será difícil que o valor final se fixe acima dos 3%, como alguns políticos chegaram a prever. Em qualquer caso, este será sempre o melhor resultado desde o início do século XXI e um crescimento indispensável para nos ajudar a resolver os problemas da dívida, dos défices orçamentais, do desemprego, da segurança social e do sector financeiro.

Entretanto, pela imprensa estrangeira e arredores…

por j. manuel cordeiro






Alguma comunicação social retratou Trump como ele é. Um merdas da extrema-direita, cheio de cautelas para não perder o apoio desses grupos. Pelo ritmo de demissões, não faltará muito para que apenas lhe sobrem esses.
Este é um bom momento para recordar as investidas que alguns opinadores realizaram, na comunicação social, em blogs e no Facebook,  com o intuito de suavizar e racionalizar esse doido que ocupa o lugar de presidente dos EUA. E acho engraçadas algumas reacções do comentadorismo nacional face a esta inequívoca colagem de Trump à extrema-direita. Alguns exemplos: o discurso de ódio na América não é novo; nazismo e comunismo são a mesma coisa; falam da América mas calam-se sobre a Venezuela. A técnica é muito simples. Dado que não podem negar a realidade, procuram relativizá-la para a diminuir.
Mas a realidade é clara. Apenas algumas décadas passadas sobre a loucura do nacionalismo que conduziu à Segunda Guerra Mundial, os extremistas chegaram de novo ao poder de mais uma potência económica e militar. Maus augúrios se anunciam. Quem tiver dificuldade em ler o actual contexto a partir da História pode sempre optar por uma versão romanceada, como a de Ken Follet.


Fonte: Aventar