por João Mendes |
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quarta-feira, 20 de setembro de 2017
Sá Carneiro está a dar saltos no túmulo
(Por Valupi, in Blog Aspirina B, 15/09/2017)
Ver aqui
Igual a Trump quando carimba a imprensa livre como geradora de “notícias falsas”, ele que será provavelmente o político no Mundo que mais mente, Passos passou a incluir no seu reportório de líder da oposição a retórica do ataque aos “populistas” e “demagogos” quando se dirige à maioria legítima no Parlamento, ele que seria o principal protagonista de uma qualquer história do populismo e da demagogia em Portugal nos últimos 10 anos.
Os geringonçólogos
(Francisco Louçã, in Público, 19/09/2017)
No tempo da União Soviética, que deus tenha, havia uma trupe de analistas encartados que se reconheciam como “sovietólogos”. Competia-lhes a tarefa árdua de olharem à lupa para as fotos, que a televisão era pouca, e de colecionarem boatos para poderem chegar à conclusão de que o secretário-geral estava com azia, se fosse o caso, ou outra infâmia qualquer. Da influência de casos desse tipo nos misteriosos destinos do planeta reza a história.
Suponho que, perante o inesperado, é assim que reagem as sociedades perfeitas e os seus mestres de cerimónias. Querem saber e, se não sabem, querem adivinhar. Se for coisa de Ficheiros Secretos, se for eco da Cidade Proibida de Pequim, se for boato da mansão de Futungo de Belas em Luanda, até se for de tumulto no parlamento de Brasília, é esta classe de analistas que é chamada ao palácio para traduzir os sinais, os hieróglifos e as entoações. Sinal dos tempos, agora dedicam-se a Trump e a outras surpresas, e não lhes faltará assunto.
Banha da Cobra
por José Gabriel |
Parece que Paulo Portas botou por aí "oração de sapiência". Tanto bastou para que jornalistas sortidos ficassem em estado de êxtase e com o sistema endócrino desatinado. Nunca compreenderei a adoração que leva os fiéis a queimar incenso aos pés deste vendedor de banha da cobra, deste homem de vão saber, tratando-o como o mais profundo dos pensadores.
Valha a verdade, esta veneração diz mais sobre os crentes que sobre o seu ídolo. Quem ainda tem paciência e estômago para frequentar jornais percebe isto muito bem.
Fonte: Aventar
terça-feira, 19 de setembro de 2017
Estava-se mesmo a ver
(In Blog O Jumento, 19/09/2017)
Os vistos Gold de Paulo Portas
Era mais do que óbvio que o esquema dos vistos gold iria atrair a nata da criminalidade mundial, compravam uma casa em Portugal e tinham direito a residência e a circular livremente na Europa. O dinheiro fácil começou a aparecer, houve quem se dedicasse ao negócio da intermediação e o Paulo portas dizia cobras e lagarto de quem ousasse criticar o esquema.
O negócio atraiu os do costume e lambuzaram-se de tal forma que alguns, incluindo um ministro de Passos Coelho estão a contas com um processo judicial, tendo dado lugar aos primeiros casos de corrupção ao mais alto nível do Estado. As grandes imobiliárias ficaram excitadas e algumas boas famílias decadentes venderam os seus palacetes a bom preço. Agora sabe-se que a Comissão Europeia está preocupada com a concessão de vistos gold a gente corrupta (Ver noticia aqui)
Paulo Portas desancava em quem ousava criticar o esquema e designava o esquema por investimento. Entretanto, Paulo Portas desapareceu, muito provavelmente anda a fazer negócio com “investidores” do género que os vistos atraíram, o esquema ainda existe, mas os resultados são mais do que escassos.
Que investidores queremos para Portugal? Chineses que enriqueceram à pressa, brasileiros em fuga ou generis angolanos? Isto é o lúmpen do capitalismo, figuras falhadas da corrupção que sentem a necessidade de assegurar uma fuga provável e de garantir um local onde possam viver tranquilos. Chamar a isto investidores é gozar com o país.
Não é destes investidores que Portugal precisa, esta gente não traz qualquer progresso e as suas empresas prosseguirão no país com os esquemas fáceis com que enriqueceram nos seus países de origem. Portugal precisa de bons investidores, gente que traga know how, competitividade, atividades de alto valor acrescentado, empresas que apostem na qualificação, na investigação. É nestes investidores que Portugal deve apostar e para isso é preciso muito mais do que vistos com mel para corruptos.
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