Translate

sábado, 1 de julho de 2017

JUNTA DE FREGUESIA DE VÁLEGA REALIZOU DIVERSAS OBRAS COM VISTA AO MELHORAMENTO DA REDE VIÁRIA NA VILA DE VÁLEGA

Nos últimos seis meses, a Junta de Freguesia de Válega procedeu à conclusão das seguintes obras, com vista ao melhoramento da rede viária na Vila de Válega:

1 - Estabelecimento de parceria com um grupo de moradores e/ou proprietários da Rua António Guerra Rodrigues para assentamento de paralelos na mesma rua. A Junta de Freguesia de Válega suportou os custos decorrentes da utilização de uma máquina retroescavadora para alisamento do piso e assegurou o transporte dos paralelos e/ou outros materiais necessários para realização da obra de melhoria do piso. Alguns moradores e/ou proprietários custearam a mão-de-obra (contratação dos calceteiros). Os paralelos foram retirados da Rua das Estradas e da Rua Dr. Acácio Valente.

2 - Alargamento e requalificação de troo da Travessa da Carvalheira de Cima Esta intervenção incluiu a limpeza e terraplanagem da área a intervencionar, a colocação de lancis, o nivelamento do piso e aplicação de massa asfáltica a quente na área da rua intervencionada.

3 - Requalificação da Travessa da Carvalheira de Baixo.
Esta intervenção passou pela negociação com o proprietário do terreno contíguo, que cedeu espaço particular ao domínio público. Esta obra incluiu a limpeza e terraplanagem da área a intervencionar, a colocação de lancis, o nivelamento e compactação/cilindragem do piso com tout-venant e a aplicação de massa asfáltica a quente no arruamento.

4 - Colocação de tubo e pequeno arranjo da Rua dos Barreiros.

5 - Colocação de saibro e tapete fresado em caminho paralelo ao acesso A29 (até ao restaurante Frango de Paris) com nivelamento do piso e cilindragem do material. Foram necessários 11 camiões de tapete fresado.

6 - Asfaltamento de lacunas no piso nas seguintes ruas: Rua Vila Pereira Jusã (entrada poente); Rua da Fonte da Bica (extremo poente, em virtude de anteriores alargamentos); Rua de Pa (resultantes de dois pequenos alargamentos); Rua de Vilarinho (resultantes de vários alargamentos); Rua da Carvalheira.

JF Válega

7 - Alargamento da extremidade poente da Rua Família Lopes Rodrigues.
Esta intervenção iniciou-se com a negociação entre o proprietário de terreno contíguo que cedeu parcela do mesmo ao domínio público. Com vista ao alargamento ulterior da extremidade poente da Rua Família Lopes Rodrigues, procedeu-se, em 2016, à demolição de um muro velho de 60 metros. Posteriormente, foi construído um novo muro e o respetivo passeio. Procedeu-se ainda construção de sarjetas e colocação de tubagem para o encaminhamento de águas pluviais. Concluiu-se esta intervenção com a aplicação de massa asfáltica na lacuna existente no piso e que resultou do referido alargamento.

8 - Alargamento da interseção da Rua dos Mineiros com a Rua Monsenhor Miguel de Oliveira Esta intervenção iniciou-se em 2016 e passou pela negociação entre o proprietário do terreno contíguo, que cedeu espaço particular ao domínio público e pela construo de um novo muro de vedação. Conclui-se, agora, esta obra com a colocação de tapete asfáltico na área intervencionada.

9 - Asfaltagem de travessa existente em Porto Laboso.
Esta intervenção consistiu na colocação de tapete asfáltico, dado que o arruamento se encontrava em muito mau estado.

10 - Alargamento da extremidade nascente/sul da Rua de Vilarinho.
Esta intervenção passou pela negociação entre um proprietário do terreno contíguo e a Junta de Freguesia de Válega, que cedeu espaço particular ao domínio público, pela construção de um novo muro de vedação e de passeios, a colocação de um dreno para o encaminhamento de águas pluviais para o Rio de Vilarinho e a regularização do piso com tapete asfáltico.

11 - Construção de rede águas pluviais no troço central da Rua de Vilarinho.
Devido a um problema de mau escoamento de águas pluviais no troço central da Rua de Vilarinho, a Junta de Freguesia de Válega procedeu à implantação de uma rede de águas pluviais com 300 metros de comprimento.

12 - Alargamento da extremidade poente/sul da Rua de Vilarinho (obra ainda em curso) Esta intervenção passou pela negociação com os proprietários dos terrenos contíguos, que cederam espaço particular ao domínio público, e pela construção de novos muros de vedação e a construção de um passeio. Apenas falta construir dois passeios e asfaltar a entrada sul/poente/nascente do arruamento. A prossecução da obra está dependente da EDP e da Portugal Telecom que ainda não procederam à mudança, respetivamente, de dois postes telefónicos e quatro postes de fornecimento de energia elétrica, não obstante, a insistência da Junta de Freguesia de Válega e da Câmara Municipal de Ovar.

13 - Asfaltagem da Rua do Serrado.

Válega (Ovar), 30 de junho de 2017
O Executivo da Junta de Freguesia

A União Bancária Europeia é uma ficção



por estatuadesal
(Paul Grauwe, in Expresso, 01/07/2017)
pauldegrawe
                      Paul Grauwe
Para ativar o mecanismo de solidariedade europeia no sector bancário, é preciso confiar que não se abuse desse mecanismo. Esta confiança não existe.
A banca italiana tem problemas há muito tempo. Isto deve-se quase integralmente a uma economia que está estagnada, se não em declínio, resultando no incumprimento de muitas empresas e no facto de os bancos terem em carteira muito crédito malparado.
Os problemas concentram-se agora em dois bancos de Veneto, no nordeste de Itália. Esta região é o coração industrial do país, com muitas PME de êxito em tempos normais mas que perdem hoje competitividade principalmente porque a economia italiana não está bem.
Em 2012, a União Bancária Europeia foi estabelecida para abordar em conjunto crises verificadas num ou mais países. A intenção era pôr fim ao ‘abraço de morte’ entre bancos e Estados, que pode ser explicado da seguinte maneira: Quando um banco começa a falhar num país, é quase inevitável que, no caso de um grande banco, o Governo avance para salvar esse banco. Isto é inevitável porque a falência de um grande banco pode ter um efeito de dominó e provocar problemas de liquidez e solvência em mais bancos e levar a economia para uma recessão. Mas essa operação de resgate custa dinheiro que tem de ser avançado pelo Governo. E a dívida soberana aumenta. O que começou como uma crise bancária pode transformar-se numa crise das finanças públicas do país que sofre essa crise bancária.
A União Bancária foi criada para quebrar este círculo vicioso. Uma crise bancária num país seria resolvida em conjunto, de forma que o custo da resolução da crise bancária fosse distribuído por toda a zona euro. É o que acontece por exemplo nos Estados Unidos da América. A resolução da crise bancária americana de 2008 que se concentrava em Wall Street foi paga por todos os contribuintes americanos e não apenas pelos de Nova Iorque.
É hoje evidente que a União Bancária na zona euro não funcionou. A crise bancária de Veneto foi resolvida pelo Governo italiano e serão os contribuintes italianos e mais ninguém a pagar por isso. Porque é que a União Bancária não funcionou?
A minha resposta é que houve quem não quisesse que funcionasse como estava previsto. Uma união bancária pressupõe que os países estejam preparados para ajudar outros países em alturas de crise. Para ativar esse mecanismo de solidariedade, é preciso confiar que não se abuse desse mecanismo. Esta confiança não existe.
Para compensar essa falta de confiança, foi introduzido o princípio do bail-in. Este estipula que quando um banco experimenta problemas, os custos devem ser suportados à cabeça não só pelos acionistas mas também pelos depositantes e credores, antes de o Governo usar dinheiro dos impostos para aliviar as dívidas desse banco.
À primeira vista isto é um princípio atraente. Não tem de ser sempre o contribuinte a pagar para salvar os bancos. O problema com este princípio, no entanto, é que não consegue perceber a essência de uma crise bancária. Quando um banco tem problemas, depositantes e credores tentam fugir para evitar perdas. Contudo, esta resposta de fuga torna a crise do banco ainda mais provável e força o Governo a agir para evitar estragos ainda maiores.
Este princípio do resgate interno foi introduzido na União Bancária não para evitar que os contribuintes em geral tenham de pagar, mas para escudar os contribuintes do Norte da zona euro, especialmente os alemães, do risco de terem de pagar o resgate de bancos fora dos seus países. Não haja dúvidas de que se o Deutsche Bank tiver problemas, o Governo alemão usará o dinheiro dos contribuintes para salvar o banco. Mas já não dará esse passo se o banco ameaçado for um banco italiano.
A minha conclusão é que a União Bancária na zona euro é na verdade uma ficção. Enquanto não houver vontade de considerar um problema num país como um problema partilhado por outros países, a União Bancária será sempre uma ficção.

Vampiros

sexta-feira, 30 de junho de 2017


 

Imagem da Emissão do Jornal da TVI e aquela que se poderá ver depois de usar os óculos de Carpenter no filme "Eles Vivem", de 1989

A rarefacção de jornalistas nas redacções está a criar situações insustentáveis de pluralismo político e até de consistência da informação na comunicação social. Já nem é por causa da mensagem anticomunista primária - como se tratasse de uma doença sexualmente transmissível - ou da idiotice pegada de quem achou por bem escrever este "oráculo", à laia de poética bonita. Fernando Medina até há-de achar bom para a sua campanha, porque se ele não é anti-comunista, tão pouco é comunista. E, no fundo, estão a falar dele.
É apenas e tão-só por causa da mensagem subliminar de condicionamento político-estupidificante, numa emissão televisiva que ocupa um espaço público, concessionado a um agente privado que o está a usar deficientemente e contra o conteúdo do contrato de concessão.

Postado por João Ramos de Almeida em 30.6.17  (em Ladrões de Bicicletas)

sexta-feira, 30 de junho de 2017

Pedro e o abutre



por estatuadesal
(João Quadros, in Jornal de Negócios, 30/06/2017)
quadros
De repente, abriu-se uma nesga. Uma nesga na couraça de sorte e resultados positivos de António Costa. Passos Coelho vislumbrou um calcanhar de Ulisses na geringonça e atacou. Podemos dizer que o resultado foi uma espécie de burro de Tróia.

Baseado numa informação falsa, dada pelo responsável pela Santa Casa de Pedrógão Grande, o líder da oposição acusou o Governo, e a ausência de apoio psicológico aos familiares das vítimas, de serem responsáveis por suicídios ocorridos após o incêndio. Tudo isto é muito difícil de explicar, a não ser que Santana Lopes ainda aspire ao cargo de líder do PSD. Com tantos factos relacionados com o que falhou em Pedrogão Grande, Passos vai além do ocorrido e resolve inventar e usar o que não lembraria ao diabo.
Passos Coelho é o SIRESP de António Costa. Sempre que se vislumbra algum perigo, ele aparece e, com as suas acções, salva a geringonça. Mais uma vez com o seu discurso de tragédia, Passos fez de maluquinho da aldeia: "Vem lá o segundo resgaste! Vem lá o diabo! Há gente a suicidar-se por desespero!". Dá a sensação de que está na altura de alguém pagar um copo ao Passos.
Vinte e quatro horas depois, Passos Coelho veio pedir desculpa por não ter havido suicidas e de ter sido mal informado. Não chega. Passos não percebe que pior do que ter usado informação errada foi o que fez com ela. Passos Coelho pode ter lido a "Fenomenologia do Ser", de Sartre, mas ainda não entendeu a moral da história do Pedro e o Lobo.
E aproveito e recordo que o FMI considerou que "não anteviu a magnitude dos riscos" que Portugal, Grécia e Irlanda enfrentaram durante a crise, e que os programas português e grego "incorporaram projecções de crescimento demasiado optimistas" – ou seja, já não é a primeira vez que Passos confia em informações erradas e se dá mal. Vá lá que desta vez foi só ele.
Não é preciso inventar fantasmas, há muitas perguntas sobre a realidade que têm de ser feitas e respondidas. Não me interessa se, segundo o Relatório do SIRESP, o SIRESP foi absolutamente espectacular. O SIRESP pode funcionar muito mal, mas tem uma grande auto-estima. Conheço tanta gente assim. Se o SIRESP custou o que custou, deve achar que é muita bom.
Este é um daqueles momentos em que faz falta um bom líder da oposição. Se Passos Coelho não está capaz, se José Gomes Ferreira não tem tempo, e se Cristas é a mãe de todos os eucaliptos, está na altura de pensar em reformular a floresta e o deserto que é a oposição.

TOP 5  SIRESP
1. Costa admite indemnizar famílias das vítimas de Pedrógão se o Estado tiver responsabilidade dos lesados do SIRESP.
2. Polícias dizem que SIRESP não funciona de forma eficaz no Colombo e Meo Arena
- a grande questão é se o SIRESP funciona na Assembleia da República.
3. Relatório do SIRESP sobre o SIRESP diz que não houve falhas
- o SIRESP é como a minha empregada: nunca foi ela que partiu nada.
4. Aeroporto de Lisboa entre "zonas sombra" do SIRESP
- é por essas zonas-sombra que se piram os argelinos e marroquinos.
5. "Junto por todos foi um sucesso e angariou um milhão"
- conseguiu angariar para Pedrógão o equivalente ao subsídio de férias do Mexia. E aposto que foi culpa do SIRESP a Catarina Furtado estar tão vestida.

Fim da lua de mel entre Trump e a China

A relação entre Estados Unidos e China está complicada. A alegada amizade entre o presidente norte-americano Donald Trump e o seu homólogo chinês, Xi Jinping, já teve melhores dias. Pequim não viu com bons olhos as últimas movimentações em Washington. No espaço de uma semana, a administração de Donald Trump impôs sanções a um banco chinês devido às relações que esta entidade financeira mantém com a Coreia do Norte, referiu-se à China como um dos piores países em matéria de tráfico de seres humanos e concluiu um negócio de venda de armas a Taiwan no valor de 1,4 mil milhões de dólares (1,2 mil milhões de euros). O The Guardian e a CNN falam no fim da lua de mel entre os dois líderes.
Xi Jinping e Donald Trump em Mar-a-Lago a 6 de abril© REUTERS/Carlos Barria Xi Jinping e Donald Trump em Mar-a-Lago a 6 de abril

O timing escolhido para o anúncio das sanções e do negócio de armamento também parece não ter sido inocente, ao coincidir com a chegada de Xi a Hong Kong para as celebrações do vigésimo aniversário do regresso território a administração chinesa. "É simbólico e funciona como um balde de água fria para as cerimónias de Xi", refere ao The Guardian Bill Bishop, um especialista em questões relacionadas com a China.
Depois de na campanha eleitoral ter feito várias declarações que irritaram Pequim, Donald Trump e Xi Jinping aproximaram-se em abril, quando os dois estiveram juntos para um encontro bilateral no resort de Mar-a-Lago, na Flórida . O líder norte-americano disse então que o seu homólogo era um "grande amigo" e que havia química entre os dois.
Desde então, no entanto, a Coreia do Norte tem sido uma espinha atravessada na relação entre os dois países. Washington parece estar a perder a paciência com a inação chinesa para com Pyongyang. O Mar do Sul da China também tem contribuído para arrefecer a "química". A Trump não lhe agrada que Pequim continue a militarizar a zona.
A venda de armas a Tawain pode agora gerar um complicado conflito diplomático entre as duas superpotências, uma vez que a China considera a ilha uma província secessionista. Já depois de ter sido eleito mas ainda antes de tomar posse, Donald Trump irritou Pequim ao ter aceitado uma chamada telefónica de Tsai Ing-wen, a presidente de Taiwan, tendo dado a entender que Washington não fecharia a porta a reconhecer uma eventual declaração de independência da ilha em relação a Pequim. Mais tarde, o presidente dos EUA acabou por retroceder, afirmando que Washington continuava a defender a política de "uma só China".
"A venda de armas, proposta pelo nosso país no ano passado, vai melhorar em larga medida a nossa capacidade de combate por ar e por terra", pode ler-se num comunicado do ministério da Defesa de Taiwan, emitido depois da conclusão do negócio. Quem não ficou agradado foi Cui Tiankai, o embaixador chinês nos EUA. "A China apresentou o seu veemente protesto aos EUA e reserva-se o direito de tomar outras medidas", terá afirmado o diplomata segundo a imprensa de Pequim.
Na próxima semana, a 7 e 8 de julho, Trump e Xi voltarão a estar juntos durante a cimeira do G20 que irá ter lugar em Hamburgo, na Alemanha.

Fonte: Diário de Notícias