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domingo, 2 de julho de 2017

Ovar - Ruas Esquecidas




O título deste vídeo é “Ovar – Ruas Esquecidas” e, como os leitores podem ver, em quase toda a sua extensão existem, quase em cima do alcatrão, eucaliptos, mimosas, austrálias, tudo vegetação de combustão rápida que, em caso de incêndio poderão fazer perigar as populações.
Tanto a Av. D. Maria II (Circular Sul) como a Estrada Intermunicipal são importantes vias de acesso à cidade de Ovar e estão muito maltratadas. Os pisos da Rua Coronel Leite como da Rua João Oliveira Ramos estão muito degradados e há vegetação encostada às casas de habitação.
Não consigo entender, como esta câmara que tanto prometeu (ver as promessas eleitorais de Salvador Malheiro na sua campanha de 2013, que têm sido publicadas neste Blogue), não aproveita a “onda” e não mete mãos à obra, obrigando os proprietários a cumprirem a legislação já existente, que consiste no abate desta vegetação que está a menos de 10 metros da berma das estradas e 50 metros das habitações.
Será que têm medo de perder votos? 
Eu penso que seria uma acção que garantia votos, mas que acarretaria inimigos.
Não entendo como a nossa Câmara não sente vergonha de apresentar estes acessos à cidade a todos os que nos visitam e são muitos.
Será preferível gastar centenas de milhares de euros no melhoramento!? do Parque Almeida Garrett, que se encontrava em muito bom estado, exceto no mobiliário e no Parque Infantil.
Esse dinheiro não seria melhor tê-lo utilizado na melhoria das nossas vias de comunicação?

Vou voltar ao tema, com novos vídeos e fotos do estado de abandono em que se encontra o concelho de Ovar.

Ovar, 29 de junho de 2017
Álvaro Teixeira  

sábado, 1 de julho de 2017

O Caso Marquês



por estatuadesal
(In Blog O Jumento, 01/07/2017)
sócrates1


(O prazo dado pela Procuradora para sair a acusação a Sócrates terminava ontem. Não houve acusação nenhuma, a Procuradora "aos costumes disse nada", e na comunicação social ninguém deu por nada, a não ser a RTP3. Estranho. Será que o processo e as "provas contundentes" arderam no fogo do Pedrogão?  Ou não houve acusação para não retirar da primazia da agenda mediática o caso do fogo e das armas roubadas, e o ataque cerrado ao Governo que está a ser feito pela direita?
Estátua de Sal, 01/07/2017)

Parece que a acusação do Caso Marquês aguarda a resposta a cartas rogatórias, sinal de que que dessas mesmas cartas depende a produção de prova. Enquanto as respostas não chegam inicia-se o caso EDP. Está-se mesmo a ver, mais dia, menos dia, o caso EDP vai bater à porta de Sócrates e o Caso Marquês tem direito a mais três anos de investigações.
A dúvida está em saber o que vai acontecer primeiro:
· a aposentação do procurador,
· a mudança de profissão do fiscal das finanças,
· a substituição da Procuradora-Geral,
· a instituição de um regime político de magistrados, ou
· o falecimento por velhice de José Sócrates.

JUNTA DE FREGUESIA DE VÁLEGA REALIZOU DIVERSAS OBRAS COM VISTA AO MELHORAMENTO DA REDE VIÁRIA NA VILA DE VÁLEGA

Nos últimos seis meses, a Junta de Freguesia de Válega procedeu à conclusão das seguintes obras, com vista ao melhoramento da rede viária na Vila de Válega:

1 - Estabelecimento de parceria com um grupo de moradores e/ou proprietários da Rua António Guerra Rodrigues para assentamento de paralelos na mesma rua. A Junta de Freguesia de Válega suportou os custos decorrentes da utilização de uma máquina retroescavadora para alisamento do piso e assegurou o transporte dos paralelos e/ou outros materiais necessários para realização da obra de melhoria do piso. Alguns moradores e/ou proprietários custearam a mão-de-obra (contratação dos calceteiros). Os paralelos foram retirados da Rua das Estradas e da Rua Dr. Acácio Valente.

2 - Alargamento e requalificação de troo da Travessa da Carvalheira de Cima Esta intervenção incluiu a limpeza e terraplanagem da área a intervencionar, a colocação de lancis, o nivelamento do piso e aplicação de massa asfáltica a quente na área da rua intervencionada.

3 - Requalificação da Travessa da Carvalheira de Baixo.
Esta intervenção passou pela negociação com o proprietário do terreno contíguo, que cedeu espaço particular ao domínio público. Esta obra incluiu a limpeza e terraplanagem da área a intervencionar, a colocação de lancis, o nivelamento e compactação/cilindragem do piso com tout-venant e a aplicação de massa asfáltica a quente no arruamento.

4 - Colocação de tubo e pequeno arranjo da Rua dos Barreiros.

5 - Colocação de saibro e tapete fresado em caminho paralelo ao acesso A29 (até ao restaurante Frango de Paris) com nivelamento do piso e cilindragem do material. Foram necessários 11 camiões de tapete fresado.

6 - Asfaltamento de lacunas no piso nas seguintes ruas: Rua Vila Pereira Jusã (entrada poente); Rua da Fonte da Bica (extremo poente, em virtude de anteriores alargamentos); Rua de Pa (resultantes de dois pequenos alargamentos); Rua de Vilarinho (resultantes de vários alargamentos); Rua da Carvalheira.

JF Válega

7 - Alargamento da extremidade poente da Rua Família Lopes Rodrigues.
Esta intervenção iniciou-se com a negociação entre o proprietário de terreno contíguo que cedeu parcela do mesmo ao domínio público. Com vista ao alargamento ulterior da extremidade poente da Rua Família Lopes Rodrigues, procedeu-se, em 2016, à demolição de um muro velho de 60 metros. Posteriormente, foi construído um novo muro e o respetivo passeio. Procedeu-se ainda construção de sarjetas e colocação de tubagem para o encaminhamento de águas pluviais. Concluiu-se esta intervenção com a aplicação de massa asfáltica na lacuna existente no piso e que resultou do referido alargamento.

8 - Alargamento da interseção da Rua dos Mineiros com a Rua Monsenhor Miguel de Oliveira Esta intervenção iniciou-se em 2016 e passou pela negociação entre o proprietário do terreno contíguo, que cedeu espaço particular ao domínio público e pela construo de um novo muro de vedação. Conclui-se, agora, esta obra com a colocação de tapete asfáltico na área intervencionada.

9 - Asfaltagem de travessa existente em Porto Laboso.
Esta intervenção consistiu na colocação de tapete asfáltico, dado que o arruamento se encontrava em muito mau estado.

10 - Alargamento da extremidade nascente/sul da Rua de Vilarinho.
Esta intervenção passou pela negociação entre um proprietário do terreno contíguo e a Junta de Freguesia de Válega, que cedeu espaço particular ao domínio público, pela construção de um novo muro de vedação e de passeios, a colocação de um dreno para o encaminhamento de águas pluviais para o Rio de Vilarinho e a regularização do piso com tapete asfáltico.

11 - Construção de rede águas pluviais no troço central da Rua de Vilarinho.
Devido a um problema de mau escoamento de águas pluviais no troço central da Rua de Vilarinho, a Junta de Freguesia de Válega procedeu à implantação de uma rede de águas pluviais com 300 metros de comprimento.

12 - Alargamento da extremidade poente/sul da Rua de Vilarinho (obra ainda em curso) Esta intervenção passou pela negociação com os proprietários dos terrenos contíguos, que cederam espaço particular ao domínio público, e pela construção de novos muros de vedação e a construção de um passeio. Apenas falta construir dois passeios e asfaltar a entrada sul/poente/nascente do arruamento. A prossecução da obra está dependente da EDP e da Portugal Telecom que ainda não procederam à mudança, respetivamente, de dois postes telefónicos e quatro postes de fornecimento de energia elétrica, não obstante, a insistência da Junta de Freguesia de Válega e da Câmara Municipal de Ovar.

13 - Asfaltagem da Rua do Serrado.

Válega (Ovar), 30 de junho de 2017
O Executivo da Junta de Freguesia

A União Bancária Europeia é uma ficção



por estatuadesal
(Paul Grauwe, in Expresso, 01/07/2017)
pauldegrawe
                      Paul Grauwe
Para ativar o mecanismo de solidariedade europeia no sector bancário, é preciso confiar que não se abuse desse mecanismo. Esta confiança não existe.
A banca italiana tem problemas há muito tempo. Isto deve-se quase integralmente a uma economia que está estagnada, se não em declínio, resultando no incumprimento de muitas empresas e no facto de os bancos terem em carteira muito crédito malparado.
Os problemas concentram-se agora em dois bancos de Veneto, no nordeste de Itália. Esta região é o coração industrial do país, com muitas PME de êxito em tempos normais mas que perdem hoje competitividade principalmente porque a economia italiana não está bem.
Em 2012, a União Bancária Europeia foi estabelecida para abordar em conjunto crises verificadas num ou mais países. A intenção era pôr fim ao ‘abraço de morte’ entre bancos e Estados, que pode ser explicado da seguinte maneira: Quando um banco começa a falhar num país, é quase inevitável que, no caso de um grande banco, o Governo avance para salvar esse banco. Isto é inevitável porque a falência de um grande banco pode ter um efeito de dominó e provocar problemas de liquidez e solvência em mais bancos e levar a economia para uma recessão. Mas essa operação de resgate custa dinheiro que tem de ser avançado pelo Governo. E a dívida soberana aumenta. O que começou como uma crise bancária pode transformar-se numa crise das finanças públicas do país que sofre essa crise bancária.
A União Bancária foi criada para quebrar este círculo vicioso. Uma crise bancária num país seria resolvida em conjunto, de forma que o custo da resolução da crise bancária fosse distribuído por toda a zona euro. É o que acontece por exemplo nos Estados Unidos da América. A resolução da crise bancária americana de 2008 que se concentrava em Wall Street foi paga por todos os contribuintes americanos e não apenas pelos de Nova Iorque.
É hoje evidente que a União Bancária na zona euro não funcionou. A crise bancária de Veneto foi resolvida pelo Governo italiano e serão os contribuintes italianos e mais ninguém a pagar por isso. Porque é que a União Bancária não funcionou?
A minha resposta é que houve quem não quisesse que funcionasse como estava previsto. Uma união bancária pressupõe que os países estejam preparados para ajudar outros países em alturas de crise. Para ativar esse mecanismo de solidariedade, é preciso confiar que não se abuse desse mecanismo. Esta confiança não existe.
Para compensar essa falta de confiança, foi introduzido o princípio do bail-in. Este estipula que quando um banco experimenta problemas, os custos devem ser suportados à cabeça não só pelos acionistas mas também pelos depositantes e credores, antes de o Governo usar dinheiro dos impostos para aliviar as dívidas desse banco.
À primeira vista isto é um princípio atraente. Não tem de ser sempre o contribuinte a pagar para salvar os bancos. O problema com este princípio, no entanto, é que não consegue perceber a essência de uma crise bancária. Quando um banco tem problemas, depositantes e credores tentam fugir para evitar perdas. Contudo, esta resposta de fuga torna a crise do banco ainda mais provável e força o Governo a agir para evitar estragos ainda maiores.
Este princípio do resgate interno foi introduzido na União Bancária não para evitar que os contribuintes em geral tenham de pagar, mas para escudar os contribuintes do Norte da zona euro, especialmente os alemães, do risco de terem de pagar o resgate de bancos fora dos seus países. Não haja dúvidas de que se o Deutsche Bank tiver problemas, o Governo alemão usará o dinheiro dos contribuintes para salvar o banco. Mas já não dará esse passo se o banco ameaçado for um banco italiano.
A minha conclusão é que a União Bancária na zona euro é na verdade uma ficção. Enquanto não houver vontade de considerar um problema num país como um problema partilhado por outros países, a União Bancária será sempre uma ficção.

Vampiros

sexta-feira, 30 de junho de 2017


 

Imagem da Emissão do Jornal da TVI e aquela que se poderá ver depois de usar os óculos de Carpenter no filme "Eles Vivem", de 1989

A rarefacção de jornalistas nas redacções está a criar situações insustentáveis de pluralismo político e até de consistência da informação na comunicação social. Já nem é por causa da mensagem anticomunista primária - como se tratasse de uma doença sexualmente transmissível - ou da idiotice pegada de quem achou por bem escrever este "oráculo", à laia de poética bonita. Fernando Medina até há-de achar bom para a sua campanha, porque se ele não é anti-comunista, tão pouco é comunista. E, no fundo, estão a falar dele.
É apenas e tão-só por causa da mensagem subliminar de condicionamento político-estupidificante, numa emissão televisiva que ocupa um espaço público, concessionado a um agente privado que o está a usar deficientemente e contra o conteúdo do contrato de concessão.

Postado por João Ramos de Almeida em 30.6.17  (em Ladrões de Bicicletas)