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terça-feira, 5 de setembro de 2017

O livro de São Cipriano


Estatuadesal

(Por Estátua de Sal, 05/09/2017)
Cartoon in Blog 77 Colinas
Para os menos versados nas artes do ocultismo e da feitiçaria, consta que o livro de São Cipriano é - e transcrevo directamente da Wikipédia -, : "um grimório que contém diversos rituais de ocultismo e exorcismo, supostamente magias e "simpatias" (conjurações populares), com múltiplas finalidades, inclusive para o quotidiano. Embora o livro se coloque como escrito por São Cipriano, o livro real apareceu séculos após sua morte e não poderia ter sido escrito por ele; na verdade, a primeira edição conhecida saiu em 1846, sendo, portanto, um livro pseudepigráfico.[1][2] "
Ora, parece que uma nova edição da obra acaba de sair agora à estampa editada pela conhecida estrela do oculto que fala directamente com o diabo, o célebre Mestre Coelhus, tendo sido apresentada em primeira mão ao público em Castelo de Vide, no âmbito de um curso universitário para jovens feiticeiros. Nela pontificam os famosos mestres do oculto da actualidade: Mestre Cavacus, Mestre Rangeis, e Mestre Poius, entre outros de menor renome.
Parece que a formação dos jovens que assistiram às palestras e à apresentação da obra ficou agora completa. A panóplia de exorcismos e pragas de que passam a dispor, e que vão usar com toda a gana contra o governo,  é agora mais que suficiente para que a convocatória do demo a curtíssimo prazo seja desta vez eficaz.
O editor, Mestre Coelhus,  resolveu rotular a obra como sendo uma colecção de cantigas de escárnio e mal dizer para que não fosse censurada (Mestre Cavacus bem alertou para esse perigo), escondendo assim do público em geral o seu enorme potencial nas artes  da magia satânica.
Aqui deixo apenas a capa da obra que estará nas bancas na próxima semana e que poderá ajudar qualquer anónimo cidadão a solucionar casos de má vizinhança, dor de corno, amarrações, azar ao jogo e outras manifestações de mau olhado e de má sorte. Com tão prestigiados mestres o sucesso é garantido e podem dar o vosso dinheiro como bem empregue.

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

O PSD e a vacuidade de uma oposição trauliteira e miguelista


por estatuadesal
(Carlos Esperança, in Facebook, 04/09/2017)
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O Curso de Castelo de Vide terminou certamente com a aprovação dos alunos e a clara reprovação dos professores, sem qualquer utilidade para o País nem para o próprio PSD.
Do ex-PR, que jamais explicou as relações com o BPN, ao ex-PM que se julga ungido para governar, à revelia da Assembleia da República, ulularam docentes, alguns com qualificação académica, e que preferiram diatribes comicieiras à docência e à decência.
Quando se pensava que a revelação das redes de corrupção em autarquias do Norte teria reflexos no conclave, ecos na comunicação social e um comunicado da PGR, que viesse tranquilizar os portugueses quanto a investigações sobre 20 (vinte páginas) de denúncias da revista Visão, reinou o mais sepulcral silêncio, dentro e fora do conclave.
Que forças se moveram por trás do silêncio ensurdecedor às acusações a Marco António Costa, Luís Filipe Meneses, Agostinho Branquinho, Hermínio Loureiro, Virgílio Macedo e Valentim Loureiro que os próprios deviam estar interessados em esclarecer para salvaguarda do seu bom nome?
Os porta-vozes dos interesses desta direita limitaram-se a atenuar os danos para o PSD da inenarrável homilia de Cavaco Silva que não poupou o sucessor que lhe outorgou o Grande Colar da Ordem da Liberdade, como se tivesse lutado por ela, nem o Governo cuja legitimidade só um salazarista poderia pôr em causa.
Cavaco e Passos Coelho têm o direito de criticar quem os reduziu à sua insignificância, mas não têm legitimidade para falar de democracia ou de liberdade, quando lhes falta a credibilidade e a coragem cívica e ética para lutarem por esses valores.
O maior partido da AR, incapaz de apresentar um OE para ser confrontado com o que o PS apresentará, depois de negociado com o BE, PCP e PEV, só respondeu ao repto de António Costa para o desafiar para eventuais consensos na Justiça, Segurança Social e Saúde, quando, no Governo, pretendeu respetivamente violar a CRP, criar um teto aos descontos, para inviabilizar a SS e entregá-la aos privados, e destruir o SNS.
Este PSD não está interessado em defender a Constituição e a democracia, quer alterar a natureza do regime e esvaziar as bases programáticas da CRP que Cavaco Silva e Passos Coelho abominam.
Foi deprimente ver o ex-PR no comício partidário como agitprop da direita reacionária e vassalo de um líder esgotado, e este a defendê-lo depois.

Cavaco Silva: o regresso dos mortos-vivos


por estatuadesal
(Daniel Oliveira, in Expresso Diário, 04/09/2017)
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A esta hora Cavaco deve estar a preparar uma viagem a Fátima, acompanhado da Maria, para pedir à Virgem que acabe com tanta porrada que tem levado nos últimos dias. Estava tão bem posto em sossego no Convento do Sacramento, gozando da sua parca reforma dourada, que em tempos disse que mal lhe dava para pagar as suas enormes despesas, e a destilar fel para o segundo volume das suas memórias, que acredito que perante tanta tosa, já se tenha arrependido de ter saído da toca.
Aqui vão mais umas bordoadas a preceito, dadas desta vez pelo Daniel Oliveira. Eu não tenho pena nenhuma do personagem, e aliás, fui dos primeiros a molhar a sopa.
A poucos se aplica melhor do que Cavaco o sábio ditado popular que assim reza: Só se perdem as que caem no chão.
Estátua de Sal, 04/09/2017


Durante quatro décadas um dos políticos profissionais há mais tempo no ativo apresentou-se como um técnico, um outsider, um antipolítico. Durante quatro décadas um dos políticos mais perdulários, responsável pela perda de uma oportunidade histórica, como primeiro-ministro, e com uma das casas civis mais dispendiosas da nossa democracia, que chocou o país ao dizer que 10 mil euros quase não davam para as suas despesas, apresentou-se como um político austero.
Durante a sua longa carreira política rodeou-se de homens como Duarte Lima, Dias Loureiro ou Oliveira Costa, mantendo com este último relações financeiras promíscuas, e isso não o impediu de dizer que era preciso nascer duas vezes para ser mais sério do que ele.
A dissociação entre o que Cavaco Silva é e a imagem que tem de si mesmo é o seu traço psicológico mais perturbante. Um traço megalómano que o aproxima, curiosamente, de José Sócrates.

MACRON, MON AMOUR


por estatuadesal
(Soares Novais, in a Viagem dos Argonautas, 03/09/2017)
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O Dr. Cavaco saiu de Albufeira às seis e meia da manhã para ir dar uma “aula” a Castelo de Vide. Foi o que disse ao Dr. Passos quando este lhe abriu a porta do carro que usa e nós pagamos. A “aula” do Dr. Cavaco não foi uma “aula”, dando de barato que ele tem dotes para leccionar. Foi, isso sim, um rosário de asneiras, mentiras e pesporrência.
Disse, o “prof” reformado da Aldeia da Coelha, segundo a RR:
1. “[Tenham] a força e a coragem para combaterem o regresso da censura.”
2. “Apesar das coisas estranhas que têm acontecido no nosso país, apesar de vozes credíveis afirmarem que a censura está de volta, estou convencido que os portugueses ainda valorizam a verdade, a honestidade, a competência, o trabalho sério, a dedicação a servirem as populações.”
3. “[As fake news] Não existem apenas na América do senhor Trump, mas também na generalidade dos países europeus e em Portugal.”
4. “[Na zona euro] A realidade acaba sempre por derrotar a ideologia”
5. “[A realidade] Tem uma tal força contra a retórica dos que, no governo, querem realizar a revolução socialista, que eles acabam por perder o pio ou fingem apenas que piam, mas são pios que não têm qualquer realidade e reflectem meras jogadas partidárias”.
6. “Se perguntassem aos partidos da coligação que defendem a saída de Portugal do euro para onde iria Portugal se saísse dessa galáxia, talvez respondessem para a galáxia onde se encontra agora a Venezuela.”
7. “[O Estado português] Não é só indisciplinado [economicamente], mas também demasiado gordo”.
8. “Na política não há certezas, ninguém deve esperar da política gratidão ou reconhecimento”
9. “Se o poder político conseguir controlar estas entidades [como o Conselho das Finanças Públicas] o retrocesso na transparência da nossa democracia será muito significativo.”
10. “[Emmanuel Macron] Contrasta com a verborreia frenética da maioria dos políticos europeus dos nossos dias, ainda que não digam nada de relevante.”
Sabe-se: o Dr. Cavaco tem muita dificuldade em expressar-se e graves problemas de dicção, apesar das aulas que recebeu da “mestra” Glória da Matos. Mas sobra-lhe rancor e perfídia. Tanta que esqueceu as condecorações e os elogios com que tem sido brindado pelo seu sucessor em Belém.
Para o Dr. Cavaco o mundo gira à volta do seu umbigo e das suas certezas. Ele é o “maior” e o “mais sério”. Apesar das suas relações de amizade com o impoluto Oliveira e Costa, do BPN; e das mais valias das acções preferenciais da Sociedade Lusa de Negócios que teve o seu ex-amigo Dias Loureiro como “cabeça de cartaz”. Só para citar dois exemplos.
Apesar de os alunos da dita “universidade” serem siameses do ex-doutor Relvas, a verdade é que não mereciam ter uma “aula” com um “prof” de tão baixo nível. Já lhes basta ter de ouvir o “sotôr” Rangel e a agência de empregos ser presidida pelo “sotôr” Coelho.
A “aula” só teve um mérito: a declaração de amor a Macron. O filho do senhor da “bomba” de Boliqueime gosta do petit. Talvez por ele gastar 288 euros por dia em serviços de maquilhagem. (A revelação foi feita pela revista “Le Point” e o Palácio do Eliseu confirmou.)
Percebo a declaração de amor de Cavaco: ele, que é um habitué em cosmética, sempre usou máscara anti-politico…

A ideologia de Cavaco

01/09/2017 por João Mendes



Houve um tempo em que ideologia falou mais alto que a realidade. Cavaco Silva, um daqueles saudosistas que, à semelhança do outro indivíduo que figura na imagem em cima, fez uso de um partido para o qual se estava nas tintas, apenas para se perpetuar no poder, defendia, no longínquo ano de 1992, que a Europa não era para toda a vida, fazendo jus à ideologia isolacionista na qual se sentia orgulhosamente integrado, e cujos sabujos condecorou como heróis de guerra. Agora, dá o ar da sua graça em Castelo de Vide, dando lições de europeísmo a quem teve pachorra para o ouvir.
O regresso do Cavaco-vivo, para fechar a silly season com chave de ouro, é sempre de saudar. Para que nunca nos esqueçamos do que a casa gasta. E assenta-lhe, que nem uma luva, ser cabeça-de-cartaz na universidade de brincar do PSD. Vá lá que agora não temos que o ouvir na TV, a apelar aos portugueses para confiar num banco falido, para uns dias depois se desmentir e fazer figura de parvo. Pena que ainda vamos pagar durante muitos anos a porcaria que este indivíduo e respectiva entourage andaram a fazer, com o alto patrocínio dos mais fraudulentos bancos deste país, que tanto contribuíram para a dívida que não pára de crescer, e que hoje gozam dos proveitos das suas aventuras no cavaquistão da Coelha. Por falar em cavaquistão da Coelha, será que Cavaco já pagou o que deve ao fisco? Ou continuará a viver a realidade ideológica de um caloteiro?