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quinta-feira, 15 de junho de 2017

Schauble, o cínico


(Por Estátua de Sal, 15/06/2017)
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Dizia o outro, o Portas, que quando a troika se foi embora Portugal tinha deixado de ser um protectorado e até tinha um relógio a contar os minutos que faltavam para dizer adeus aos capatazes. Pois bem, nada mais falso.
Tal é a nossa situação de dependência que até para pagarmos as dívidas temos que pedir autorização. Portugal quer pagar  antecipadamente 10000 milhões de euros ao FMI, de um total de 12000 milhões que ainda lhes devemos, porque os juros do FMI são bens mais altos que os da restante dívida. Para isso temos que pedir autorização á Europa, ao Eurogrupo, ao Schaüble e, pasme-se, a autorização tem que ser votada no parlamento alemão! Querem maior prova de dependência? (Ver notícia aqui).
Eu achava que a solidariedade europeia não precisava de ir a votos. Mas não é assim. A razão é que, pagando mais cedo ao FMI, a probabilidade de pagarmos mais tarde os empréstimos da Europa aumenta, e eles, coitados também querem receber o deles a tempo e horas. Percebe-se.
O que já é menos aceitável é o Schaüble apanhar a boleia deste pagamento antecipado para vir dizer que o resgate a Portugal foi um sucesso. Depois da queda do PIB em vários pontos percentuais, do desemprego em massa, da emigração forçada, da pobreza e da miséria a trepar, o macaco do Schaüble vem dizer que foi tudo um grande sucesso.
Só um cínico encartado poderia sair-se com uma tirada de tal estirpe. No fundo, a mensagem subliminar que ele quer passar é que o Passos e a Marilú, e o governo anterior que ele apadrinhou, governaram tão bem que até conseguimos pagar as dívidas antecipadamente.
Ou seja, quem quer pagar e enfrentar os credores de cabeça erguida deve seguir sem pestanejar as ordens do Schaüble. Logo, o Costa que se cuide e não levante muito a garimpa, sob pena do ministro alemão não nos permitir, não contrair novos empréstimos, mas sim pagarmos os que já contraímos!

Donald Trump: Obstrução à justiça? Esta é a maior caça às bruxas a que a América já assistiu

O presidente norte-americano recorreu à rede social Twitter para se defender dos rumores publicados na passada quarta-feira na imprensa americana que davam conta de que Trump estava a ser investigado por obstrução à justiça.

"Inventaram uma falsa conspiração na história com os russos, encontraram zero provas, agora apontam para obstrução da justiça numa história falsa. Boa.". Foi desta forma que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reagiu, primeiramente, à notícia ontem publicada pelo Washington Post.
O jornal norte-americano afirma que Donald Trump está a ser investigado por uma eventual obstrução à justiça na investigação que está a ser feita pelo procurador especial que lidera a inquérito sobre a possível ingerência russa nas eleições presidenciais norte-americanas, em 2016, Robert Mueller.
Mas o Trump não se ficou por aqui. Uma hora depois, o presidente americano voltou a recorrer ao Twitter para classificar a notícia como a "maior caça às bruxas na história política americana - liderada por pessoas muito más e conflituosas".
Na semana passada, na sua audição do antigo diretor do FBI, James Comey, perante a câmara alta do Congresso, declarou que o Presidente o despediu com o objetivo de interferir na investigação sobre a alegada ingerência da Rússia nas presidenciais de 2016 e respetivas ligações à campanha de Trump.
"No meu entender, fui despedido por causa da investigação sobre a Rússia. Fui despedido para, de alguma forma, alterar - ou o objetivo era o de alterar - a forma como a investigação estava a ser conduzida", disse Comey sob juramento.
Numa declaração escrita enviada ao Congresso, James Comey tinha adiantado que Donald Trump lhe sugeriu que abandonasse a investigação a Michael Flynn, ex-conselheiro envolvido no caso da alegada ingerência russa nas presidenciais. Comey disse depois na audição que o Trump não lhe ordenou, especificamente, que parasse a investigação, mas que entendeu a conversa de Trump como "uma instrução" nesse sentido.
Na audição, Comey deixou poucas dúvidas sobre se acredita ou não nos relatórios de espionagem que confirmam a ingerência da Rússia nas presidenciais de novembro último. "Não deveria haver qualquer dúvida sobre isto. Os russos interferiram. Aconteceu", disse Comey, sem hesitações.
O Presidente Trump tem vindo a sugerir que não acredita que a Rússia tenha algo a ver com o resultado das eleições de novembro, afirmando que todo o tema é uma "artimanha" e classificando a investigação como "uma caça às bruxas".

Fonte: 24.Sapo.pt

Passos Coelho diz que 50% da TAP serve para Governo "nomear administradores"

O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, disse ainda não ter percebido se os 50% que o Estado detém na TAP são "para mandar ou não mandar na empresa", mas servem para o Governo "nomear administradores".

Passos Coelho diz que 50% da TAP serve para Governo "nomear administradores"
Bruno Simão/Negócios
Lusa
14 de junho de 2017 às 21:28
"O PS tinha uma ideia: o Estado não podia vender a empresa, de todo. Ainda não percebi se temos os 50% para mandar na TAP ou se é para não mandar, ainda não percebi. Já percebi que se nomeiam para lá administradores, isso eu já percebi", disse esta quarta-feira o líder do PSD, em Borba (Évora).
Ao discursar na sessão de apresentação dos candidatos autárquicos do PSD no distrito de Évora às eleições autárquicas de 1 de Outubro, Pedro Passos Coelho argumentou que, se a TAP "fosse privada, não se nomeavam para lá administradores".
"Assim", com a reversão parcial da privatização da empresa, adoptada pelo actual Executivo do PS, "o Governo vai nomear para lá administradores, mas não sei se manda na empresa ou se não manda, porque ainda não percebi o que é que aqueles 50% querem dizer", ironizou o líder social-democrata.
Segundo Passos Coelho, Portugal "andou imensos anos a ver se conseguia encontrar uma forma de vender a empresa, preservando, evidentemente, a importância da empresa". "Porque nós não temos dinheiro para a sustentar sozinhos. Se tivéssemos… mas não temos", afirmou, realçando que foi o Governo PSD/CDS-PP que conseguiu privatizar a empresa.
Mas "aquilo a que chamam pressa" no processo, foi somente "a pressa" de tentar "evitar que os aviões ficassem em terra sem dinheiro para meter combustível para voarem" e para garantir que "os trabalhadores tinham salários ao fim do mês".
Com a reversão parcial da privatização, Passos Coelho disse ter ouvido "dizer" que essa "solução era melhor porque os privados investiam o mesmo e iam ficar com menos". "E eu digo: não é verdade. Porque o Estado, para ficar agora com 50%, teve de devolver uma parte do dinheiro. E mais do que isso. Antigamente, durante uns anos, ainda ia ter 34% da empresa e ia ficar com 34% dos dividendos que ela gerasse. Agora, passa a ter 50% da empresa, mas só pode receber 18% dos dividendos", referiu.
O Expresso avançou o nome de Miguel Frasquilho, ex-presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo (AICEP), como um dos seis elementos indicados pelo Estado para o conselho de administração da TAP, cabendo-lhe o cargo de 'chairman' (presidente).
O jornal apontou ainda como novos membros do conselho de administração da companhia, por indicação do Estado, a presidente do conselho de administração de Serralves, Ana Pinho, e o advogado Diogo Lacerda Machado.
Tanto os partidos da oposição, PSD e CDS-PP, como aqueles que suportam o Governo socialista no parlamento, PCP e Bloco de Esquerda, contestaram os nomes indicados pelo Governo para a administração da TAP, sobretudo a escolha do antigo secretário de Estado socialista Diogo Lacerda Machado.
O primeiro-ministro, António Costa, disse sábado em Buenos Aires, que a decisão para a nomeação dos representantes do Estado no Conselho de Administração da TAP "está tomada" e que, pela sua parte, "não há polémica nenhuma".

Fonte: Negócios

quarta-feira, 14 de junho de 2017

Ovar (Eleições Autárquicas) - O caso dos convites

 
O CDS-PP de Ovar acaba de denunciar que várias colectividades do concelho têm vindo a receber convites, endereçados por via e-mail ou suporte de papel, para que os seus representantes possam comparecer à cerimónia de recandidatura de Salvador Malheiro (esta realizar-se-à no dia 17 de Junho) a um segundo mandato na autarquia vareira. Os centristas falam mesmo em desrespeito pelos estatutos apartidários dessas associações e de um presumível "condicionamento de voto" nas próximas autárquicas.
Relembre-se que as associações foram, neste ano de 2017, alvo de um reforço recorde de investimento que terá superado mesmo o montante total de dois milhões de euros.
Neste capítulo, o CDS tem sido, uma vez mais, a força política mais preocupada com as questões de ética e transparência, voltando a colocar o dedo na ferida. No nosso entender, é este tipo de oposição que faz falta em Ovar, onde a perspicácia e o rigor devem estar bem presentes. Porque é necessário colocar alguns travões a certos tipos de procedimentos que não credibilizam a política, a qual deveria ser uma arte para fins públicos.
Efectivamente, as críticas agora levantadas pelos centristas fazem todo o sentido, porque na vida política deve haver limites. É que isto sem ética não tem grande utilidade para as comunidades.
Já não faltava a história rocambolesca dos votos das anteriores eleições distritais do PSD Aveiro ocorridas em inícios de 2016, como agora temos mais certos comportamentos eleitoralistas que não respeitam o bom senso e o cavalheirismo que deveriam nortear o saber-estar na política.
As instituições podem ter dirigentes que, a título individual ou pessoal, exercem o direito de conceder o seu apoio a qualquer lista, mas quando falamos de "personalidades colectivas" (associações), regidas por prerrogativas de isenção política, o respeito deve imperar, de forma a ser evitado qualquer aproveitamento político.
É claro que este não é um caso de gravíssima dimensão, mas é mais um indício de que na política não há santos, mas sim muito tacticismo, por vezes, até incompreensível, já que quem encetou importantes obras no concelho (em abono da verdade, teve os seus méritos, pelo que é claramente favorito à reeleição), escusava de ver a sua equipa a recorrer a estes métodos menos saudáveis.

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Imagem nº 1 - O caso dos convites está a aquecer o debate político a nível local. O CDS-PP Ovar acusa o PSD de Salvador Malheiro de andar a convidar as colectividades para a cerimónia de recandidatura do edil.

Fonte: O cusco de Esmoriz

terça-feira, 13 de junho de 2017

Uma vergonha e casos de (muita) pouca vergonha



por estatuadesal
(In Blog O Jumento, 13/06/2017)
passos_vergonha

Celebrava-se o Dia 10 de Junho, era feriado nacional, Marcelo e Costa multiplicavam-se em discursos e viagens, Assunção Cristas punha o seu ar mais sério. Todos celebravam o Dia de Portugal. Todos? Não. Passos Coelho precisa de recuperar os votos perdidos, o Expresso deu-lhe uma deixa, e mal se livrou do frete oficial acelerou rumo ao sul. Mas não foi para passar o resto do dia com a esposa e muito menos para celebrações, o tema era um petisco, um amigo de Costa tinha sido nomeado administrador da TAP, a mesma TAP que ele privatizou numa noite e que Costa devolveu ao país.
Era um escândalo entre os nomeados em representação do capital do Estado na transportadora estava quem tinha negociado, em nome do Estado, a reversão da privatização. Um escândalo, uma enorme falta de ética, quem defendera o Estado nas negociações com os privados ia agora defender os mesmos interesses do Estado como administrador não executivo.
O país parou de espanto, uma vergonha, Costa tinha inventado um novo “Catroga”, um amigo ia enriquecer na TAP. Como é sabido o cargo de administrador executivo numa empresa onde apenas os administradores nomeados pelos privados mandam na empresa, não só é um cargo altamente remunerado como tem um grande poder. Até a Catarina Martins juntou a sua à voz de Passos Coelho, estava indignada com tanta pouca vergonha.
Passos Coelho está de parabéns, o país anda há quatro dias a discutir um cargo da treta, remunerado com pouco mais do que gorjetas e sem qualquer poder. Foi este o grande problema nacional que levou Passos Coelho a ignorar tudo e todos e a esquecer que era Dia de Portugal. Depois dele anda meio mundo a perder tempo e até o CDS veio perguntar se a CRESAP tinha sido ouvida.
Passos Coelho tem mesmo razão, é uma vergonha que a sua grande preocupação no Dia de Portugal não tenham sido os problemas familiares ou proporcionar a sua companhia à família, mas sim aproveitar-se de uma notícia da treta para criar um fato político que só merece uma gargalhada e apenas serviu para percebermos as preocupações com que se ocupam os nossos partidos.
Em contraponto:
casos de (muita) pouca vergonha
Pouca vergonha é a Maria Luís ter empregado o seu marido na EDP, pouco depois de ter privatizado esta empresa.
Pouca vergonha é a EDP conseguir que Passos substituísse o secretário de Estado da Energia, gesto que Mexia terá celebrado com champanhe, para pouco tempo depois a EDP empregar o pai do novo secretário de Estado arranjar emprego na .... EDP.
Pouca vergonha é Passos Coelho se ter esquecido de pagar as contribuições `Segurança Social.
Pouca vergonha foi o Catroga ter negociado com a Troika que queria baixar as rendas da EDP e depois aparecer em presidente daquela empresa. Pouca vergonha foi o mesmo Catroga se ter oferecido a António Costa para lhe fazer fretes.
Pouca vergonha foi o último presidente do BES escolhido pela família Espírito Santo ter sido Mota Pinto?
Pouca vergonha foi a escolha de nomeação de Manuel Frexes, presidente dos autarcas sócias-democratas e da Câmara Municipal do Fundão, e Álvaro Castello-Branco, do CDS-PP e vice-presidente da Câmara Municipal do Porto, para administradores da empresa “Águas de Portugal”.