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domingo, 2 de julho de 2017

Semanada



por estatuadesal
(In Blog O Jumento, 02/07/2017)
road

Numa semana em que se poderia estar a debater quantos mortos e assaltos serão necessários para que Passos Coelho consiga ressuscitar, eis que alguém que anda na política há décadas e que até foi primeiro-ministro, decidiu inventar suicídios para conseguir culpabilizar um governo. Foi puro oportunismo político que serviu para se perceber a pequena dimensão do líder do PSD, ou o baixo nível de alguns dos seus candidatos autárquicos, como o provedor da Santa Casa de Pedrógão Grande.
Um dos maiores sinais de que o país mudou para muito melhor com a Gerigonça está no facto de ninguém ter comentado o pagamento antecipado da dívida ao FMI e o relatório simpático desta organização. Nos tempos de Passos isto daria direito a um orgasmo em direto de Paulo Portas e a mais um convite a Maria Luís para falar num seminário em Berlim, senão mesmo para a entrega de uma pasta de vice-presidente da Comissão Europeia, à senhora.
O PSD anda tão ocupado com as desgraças que até já se esqueceu das mensagens de Centeno ou das offshores, a falta de programa de Passos leva a que o PSD se comporte como um predador oportunista, que opta pela preguiça e a preferir ser necrófago. O PSD não tem agenda, não tem propostas, não tem ideias, marca as suas intervenções em função do telejornal da noite da véspera.
Passos usa as autárquicas para sobreviver e canibaliza o espaço e a imagem dos seus candidatos autárquicos. Nunca se organizou tantas convenções distritais e cerimónias de apresentação de candidatos, mas em nenhuma delas o país ouviu uma proposta autárquica ou viu a cara do candidato.
A campanha do PSD está transformada num road show de Passos Coelho, onde se fala do que foi notícia nos dias anteriores. É de tal forma que ninguém tem a mais pequena ideia de quem é o candidato do PSD no Porto, e até uma tal Teresa Leal qualquer coisa desapareceu.
Quem ganha com o comportamento de Passos Coelho é Assunção cristas que convidou Marcelo para ir a Bruxelas beber um copo acompanhado de uma sandes de courato nacional oferecida pela CAP. Enquanto Passos parece rezar para que morra alguém, a líder do C DS passa uma imagem construtiva, enquanto a líder do CDS propõe soluções o líder do PSD não esconde o desejo de ver desgraças.

Senhor eucalipto



por estatuadesal
(Francisco Louçã, in Público, 30/06/2017)
jose_manuel_fernandes

Assistir ao espetáculo de um adulto a comportar-se como um garoto cria uma certa vergonha alheia. Quando se trata de um debate importante para a comunidade, essa vergonha alheia transforma-se em pena. Tenho por isso pena do Dr. José Manuel Fernandes.
O Dr. Fernandes, que tem pergaminhos na imprensa – eu conheci-o na Voz do Povo, depois no Expresso e depois director do Público – capitaneia agora um projecto de agit-prop, o Observador, e nele entendeu que o incêndio de Pedrógão Grande seria a oportunidade de sacudir o país com uma intestina vaga de indignação. Se quem lê estas linhas deita os olhos a essa publicação online, já conhece o estilo da casa: Portugal é sempre uma crise alucinante, um governo trágico, um primeiro-ministro criminoso, tudo uma pepineira, pelo menos desde que Passos Coelho perdeu a maioria nas eleições. Portanto, nada de novo: na opinião da sempre fogosa brigada neoconservadora do Observador, este incêndio é só mais um fogo que arde para se ver, queime-se o governo e salvem-se os eucaliptos.
A querela é esta: os eucaliptos são ou não perigosos para a nossa floresta? Vejamos os factos. Diz o INE que Portugal tem 23% da sua área florestal entregue aos eucaliptos, ou cerca de 760 mil hectares. Só quatro países do mundo têm mais eucaliptal em termos absolutos do que Portugal: a China (mas é 104 vezes maior do que Portugal), o Brasil (92 vezes), a Austrália (83 vezes) e a Índia (36 vezes). Em termos relativos, nenhum país no mundo tem a superfície de eucaliptos de Portugal. Aos que me respondem com o argumento de “dá dinheiro”, pergunto só por que é que a Alemanha ou a Espanha não correm para este El Dorado. A resposta é que é perigoso, não é que os empresários alemães ou espanhóis sejam estúpidos. Sim, o nosso desordenamento florestal é grave, o abandono rural gravíssimo – mas é um desordenamento que promove os eucaliptos (77% do investimento na floresta em 2015 foi para eucaliptos), que são perigosamente combustíveis, sobretudo se plantados como o estão a ser. Portanto, mais vale travar a fundo e salvar a floresta deste negócio pirómano.
Mas o Dr. Fernandes não quer conversar. Quer bombardear. Por isso, ao teorizar sobre as razões para estarmos gratos aos eucaliptos, o Dr. Fernandes sente a necessidade de nos explicar, sobriamente, que não é um “miserável avençado das empresas de celulose”, do que não tenho dúvida. Mas, vai daí, acha-se obrigado a tratar os pontos de vista contrários como prova de “ignorância” (e repete “ignorantes”), “obsessão”, “arrogância”, “preconceito” e “confusão” de “cabeças conspirativas” (sic). Quem dele discorda, supremo atrevimento, são os “bota-faladura” (sic) (agradeço por isso que ele me inclua nesta lista como “sumo sacerdote”, o que pensariam os meus amigos se ele me esquecesse). Ler um texto de alguém que assina como jornalista e tão cheio de classificações insultuosas é confrangedor. O homem não se lembra de nada de quando foi director de um jornal de referência?
Mas ainda estava só a começar. Vem aí o melhor. São as “carinhas larocas” (sic) que o tiram do sério: “Quando a Catarina ou uma das manas Mortágua investe contra a chamada eucaliptolândia, os jornalistas que seguram os microfones quase acenam com as cabeças e depressa se esquecem de confrontar a sua doçura de hoje (quando morreram 64 pessoas num incêndio florestal) com a lendária agressividade dos tempos em que até as suas unhas encravadas eram culpa de Passos Coelho”.
O homem não gosta de ninguém, sobram os eucaliptos. Nem “da Catarina” nem das “manas Mortágua”, cuja “doçura” vitupera, pois contrasta com a sua “lendária agressividade” a respeito das “unhas encravadas”, nem dos jornalistas que, patetas, “acenam com a cabeça”. Se já chegou às “unhas encravadas”, não devemos mesmo ter pena do Dr. Fernandes?

Ovar - Ruas Esquecidas




O título deste vídeo é “Ovar – Ruas Esquecidas” e, como os leitores podem ver, em quase toda a sua extensão existem, quase em cima do alcatrão, eucaliptos, mimosas, austrálias, tudo vegetação de combustão rápida que, em caso de incêndio poderão fazer perigar as populações.
Tanto a Av. D. Maria II (Circular Sul) como a Estrada Intermunicipal são importantes vias de acesso à cidade de Ovar e estão muito maltratadas. Os pisos da Rua Coronel Leite como da Rua João Oliveira Ramos estão muito degradados e há vegetação encostada às casas de habitação.
Não consigo entender, como esta câmara que tanto prometeu (ver as promessas eleitorais de Salvador Malheiro na sua campanha de 2013, que têm sido publicadas neste Blogue), não aproveita a “onda” e não mete mãos à obra, obrigando os proprietários a cumprirem a legislação já existente, que consiste no abate desta vegetação que está a menos de 10 metros da berma das estradas e 50 metros das habitações.
Será que têm medo de perder votos? 
Eu penso que seria uma acção que garantia votos, mas que acarretaria inimigos.
Não entendo como a nossa Câmara não sente vergonha de apresentar estes acessos à cidade a todos os que nos visitam e são muitos.
Será preferível gastar centenas de milhares de euros no melhoramento!? do Parque Almeida Garrett, que se encontrava em muito bom estado, exceto no mobiliário e no Parque Infantil.
Esse dinheiro não seria melhor tê-lo utilizado na melhoria das nossas vias de comunicação?

Vou voltar ao tema, com novos vídeos e fotos do estado de abandono em que se encontra o concelho de Ovar.

Ovar, 29 de junho de 2017
Álvaro Teixeira  

sábado, 1 de julho de 2017

O Caso Marquês



por estatuadesal
(In Blog O Jumento, 01/07/2017)
sócrates1


(O prazo dado pela Procuradora para sair a acusação a Sócrates terminava ontem. Não houve acusação nenhuma, a Procuradora "aos costumes disse nada", e na comunicação social ninguém deu por nada, a não ser a RTP3. Estranho. Será que o processo e as "provas contundentes" arderam no fogo do Pedrogão?  Ou não houve acusação para não retirar da primazia da agenda mediática o caso do fogo e das armas roubadas, e o ataque cerrado ao Governo que está a ser feito pela direita?
Estátua de Sal, 01/07/2017)

Parece que a acusação do Caso Marquês aguarda a resposta a cartas rogatórias, sinal de que que dessas mesmas cartas depende a produção de prova. Enquanto as respostas não chegam inicia-se o caso EDP. Está-se mesmo a ver, mais dia, menos dia, o caso EDP vai bater à porta de Sócrates e o Caso Marquês tem direito a mais três anos de investigações.
A dúvida está em saber o que vai acontecer primeiro:
· a aposentação do procurador,
· a mudança de profissão do fiscal das finanças,
· a substituição da Procuradora-Geral,
· a instituição de um regime político de magistrados, ou
· o falecimento por velhice de José Sócrates.

JUNTA DE FREGUESIA DE VÁLEGA REALIZOU DIVERSAS OBRAS COM VISTA AO MELHORAMENTO DA REDE VIÁRIA NA VILA DE VÁLEGA

Nos últimos seis meses, a Junta de Freguesia de Válega procedeu à conclusão das seguintes obras, com vista ao melhoramento da rede viária na Vila de Válega:

1 - Estabelecimento de parceria com um grupo de moradores e/ou proprietários da Rua António Guerra Rodrigues para assentamento de paralelos na mesma rua. A Junta de Freguesia de Válega suportou os custos decorrentes da utilização de uma máquina retroescavadora para alisamento do piso e assegurou o transporte dos paralelos e/ou outros materiais necessários para realização da obra de melhoria do piso. Alguns moradores e/ou proprietários custearam a mão-de-obra (contratação dos calceteiros). Os paralelos foram retirados da Rua das Estradas e da Rua Dr. Acácio Valente.

2 - Alargamento e requalificação de troo da Travessa da Carvalheira de Cima Esta intervenção incluiu a limpeza e terraplanagem da área a intervencionar, a colocação de lancis, o nivelamento do piso e aplicação de massa asfáltica a quente na área da rua intervencionada.

3 - Requalificação da Travessa da Carvalheira de Baixo.
Esta intervenção passou pela negociação com o proprietário do terreno contíguo, que cedeu espaço particular ao domínio público. Esta obra incluiu a limpeza e terraplanagem da área a intervencionar, a colocação de lancis, o nivelamento e compactação/cilindragem do piso com tout-venant e a aplicação de massa asfáltica a quente no arruamento.

4 - Colocação de tubo e pequeno arranjo da Rua dos Barreiros.

5 - Colocação de saibro e tapete fresado em caminho paralelo ao acesso A29 (até ao restaurante Frango de Paris) com nivelamento do piso e cilindragem do material. Foram necessários 11 camiões de tapete fresado.

6 - Asfaltamento de lacunas no piso nas seguintes ruas: Rua Vila Pereira Jusã (entrada poente); Rua da Fonte da Bica (extremo poente, em virtude de anteriores alargamentos); Rua de Pa (resultantes de dois pequenos alargamentos); Rua de Vilarinho (resultantes de vários alargamentos); Rua da Carvalheira.

JF Válega

7 - Alargamento da extremidade poente da Rua Família Lopes Rodrigues.
Esta intervenção iniciou-se com a negociação entre o proprietário de terreno contíguo que cedeu parcela do mesmo ao domínio público. Com vista ao alargamento ulterior da extremidade poente da Rua Família Lopes Rodrigues, procedeu-se, em 2016, à demolição de um muro velho de 60 metros. Posteriormente, foi construído um novo muro e o respetivo passeio. Procedeu-se ainda construção de sarjetas e colocação de tubagem para o encaminhamento de águas pluviais. Concluiu-se esta intervenção com a aplicação de massa asfáltica na lacuna existente no piso e que resultou do referido alargamento.

8 - Alargamento da interseção da Rua dos Mineiros com a Rua Monsenhor Miguel de Oliveira Esta intervenção iniciou-se em 2016 e passou pela negociação entre o proprietário do terreno contíguo, que cedeu espaço particular ao domínio público e pela construo de um novo muro de vedação. Conclui-se, agora, esta obra com a colocação de tapete asfáltico na área intervencionada.

9 - Asfaltagem de travessa existente em Porto Laboso.
Esta intervenção consistiu na colocação de tapete asfáltico, dado que o arruamento se encontrava em muito mau estado.

10 - Alargamento da extremidade nascente/sul da Rua de Vilarinho.
Esta intervenção passou pela negociação entre um proprietário do terreno contíguo e a Junta de Freguesia de Válega, que cedeu espaço particular ao domínio público, pela construção de um novo muro de vedação e de passeios, a colocação de um dreno para o encaminhamento de águas pluviais para o Rio de Vilarinho e a regularização do piso com tapete asfáltico.

11 - Construção de rede águas pluviais no troço central da Rua de Vilarinho.
Devido a um problema de mau escoamento de águas pluviais no troço central da Rua de Vilarinho, a Junta de Freguesia de Válega procedeu à implantação de uma rede de águas pluviais com 300 metros de comprimento.

12 - Alargamento da extremidade poente/sul da Rua de Vilarinho (obra ainda em curso) Esta intervenção passou pela negociação com os proprietários dos terrenos contíguos, que cederam espaço particular ao domínio público, e pela construção de novos muros de vedação e a construção de um passeio. Apenas falta construir dois passeios e asfaltar a entrada sul/poente/nascente do arruamento. A prossecução da obra está dependente da EDP e da Portugal Telecom que ainda não procederam à mudança, respetivamente, de dois postes telefónicos e quatro postes de fornecimento de energia elétrica, não obstante, a insistência da Junta de Freguesia de Válega e da Câmara Municipal de Ovar.

13 - Asfaltagem da Rua do Serrado.

Válega (Ovar), 30 de junho de 2017
O Executivo da Junta de Freguesia