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quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Pirataria Informática


Foi com surpresa que no passado dia 12 de Agosto recebi uma mensagem da Google a informar-me que alguém com IP em Istambul (Turquia) se apossou da minha palavra-passe.

Por acaso estava a ler as mensagens recebidas e, quando vi a mensagem da Google, procedi, de imediato à alteração de todas as minhas palavras-passe o que me ocupou algumas horas.

Penso que esta tentativa de ataque informático terá a ver com os meus artigos de opinião divulgados neste blog sobre o chamado “Golpe de Estado”, na Turquia.

Reproduzo, aqui, a imagem do mail que recebi da Google.



Perante isto, recomendo aos meus leitores que, periòdicamente, alterem as palavras-passe e utilizem carateres e símbolos, para que não possam ser, facilmente, acedidas.


Ovar 17 de Agosto de 2016
Álvaro Teixeira

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Os Incêndios em Portugal e a “solidariedade” da União Europeia


Portugal tem sido fustigado por uma vaga de incêndios que têm abrangido o Norte e Centro do País alimentados por uma vaga de calor inesperada. Os danos patrimoniais são imensos, mas que foram menorizados pela disponibilidade e espírito de ajuda das diversas corporações de Bombeiros que, sem descanso, se deslocaram para todos os locais onde a sua intervenção era necessária. Foram e continuam a ser autênticos heróis em diversos teatros de guerra.

O medo de perder tudo instalou-se nas populações e muitas famílias perderam tudo o que tinham amealhado durante uma vida de trabalho.

Não vou entrar aqui em considerações sobre medidas que deveriam ter sido tomadas e não foram, mas não posso deixar passar em claro uma medida que o anterior governo mandou para debaixo do tapete e que era a de dotar a Força Aérea de meios para combater estas catástrofes.

Relativamente ao nosso anterior (des)governo, penso que estamos todos conversados, porque não foi só uma questão de ideologia, mais muito mais por incompetência de pessoas que nunca deveriam ter assumido responsabilidades de governar uma empresa e muito menos o governo de um país.



Quanto à solidariedade da União Europeia, estamos conversados. Esta União Europeia governada por ultraliberais e por uns falsos “sociais-democratas” convertidos ao capitalismo pela terceira via de Tony Blair e de Schröeder, tendo continuadores na França, na Holanda e outros a solidariedade é algo que pertence ao passado e o princípio, agora, é o de “cada um que se desenrasque”.


Vimos isto no caso dos migrantes, na crise financeira que assolou o mundo em 2008 e assim vai continuar a ser enquanto estes ultraliberais do PPE e dos seus aliados continuarem a dominarem a política europeia.

A prova desta “solidariedade” para com Portugal esteve bem evidente nesta nossa catástrofe de incêndios.

A ajuda que tivemos foi dos espanhóis, italianos, marroquinos, russos e a de um país pequenino, mas que sabe o que é a solidariedade, refiro-me aos dois milhões de Euros doados por Timor.

Vamos abrir os olhos e lutar por uma Europa tal como foi sonhada e fundada por Jean Monet, Schuman e outros e continuada por Miterrand, Willy Brandt, Jaques Delors.

Espero que o tempo que nos separa, seja, apenas um intervalo.


Ovar, 16 de Agosto de 2016
Álvaro Teixeira

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Estará a Espanha num beco sem saída?

De há uns anos a esta parte, fala-se muito em consensos para governar, mas fala-se muito pouco no respeito pela vontade popular expressa em eleições.

Vem isto a propósito da crise que a Espanha está a viver, depois de umas segundas eleições legislativas que, que, para alguns analistas políticos foram inconclusivas, mas que, para outros, foram bastante conclusivas.

A Espanha que conhecemos não é a mesma Espanha que conhecíamos há décadas.


Espanha. As regiões a encarnado reivindicam a independência.


Este país país sofreu uma guerra civil terrível, em que a ditadura foi imposta pelo general Franco, cujo regime vigorou até 1975.
O general Franco inspirou-se na “doutrina” do Adolf Hitler, de quem foi um grande apoiante e que mantinham contactos regulares, tal como como com Mussolini, em Itália.

A Espanha viveu subjugada a uma doutrina fascista durante décadas e os nacionalismos bascos e catalães tiveram que sofrer muito, para manterem a sua “alma mater”, até poderem, de novo, desabrochar.
Durante a ditadura franquista os nacionalismos foram, sempre, combatidos pela força e os seus líderes eram condenados à morte pelo processo do “garrote”.

Neste momento, este país ibérico está sem governo, após duas eleições legislativas e não é previsível a formação de um governo no curto prazo.

O País Basco diz que não pertence à Espanha e o mesmo acontece com a Catalunha.

Os partidos continuam a manter as suas posições, à espera que a corda rebente para um dos lados e os nacionalistas, enquanto o tempo corre, vão aprofundando as suas posições baseando-se numa Espanha que unida não tem futuro.


O Rei de Espanha com Mariano Rajoy

Vamos aguardar o que nos trazem os próximos dias, mas não estou a ver que as atuais lideranças partidárias encontrem qualquer solução e muito menos com um Rei que ainda não deu provas de que conseguirá uma união numa tão grande desunião.


Ovar, 4 de Agosto de 2016
Álvaro Teixeira

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Esta Europa está a ficar, cada vez, mais difícil


Depois do irreversível BREXIT, continua a crise dos refugiados numa União Europeia que, cada vez, para mais uma Desunião Europeia.

Na Áustria, que parece estar a caminhar para um novo “Anschluss”, o candidato da extrema direita já leva uma margem confortável nas sondagens para as eleições presidenciais do próximo mês de Outubro.

Na Espanha ninguém se consegue entender para a formação de um governo. O Senhor Rajoy quer continuar a governar, mesmo contra a vontade da maioria dos espanhóis. Os outros partidos acham
Mariano Rajoy
que ele não é solução, mas o problema. A esquerda continua a não se entender nem a ter deputados suficientes para formar governo, porque não pode contar com o apoio dos Ciudadanos, de Albert Rivera. Enquanto isso, as movimentações na Catalunha, com vista à independência, crescem de dia para dia, porque a Espanha deixou de ser uma nação, para ser um conjunto de povos, a puxar cada um para o seu lado, porque a indefinição governamental é o gérmen para o reviver destes todos nacionalismos.

Na França assiste-se a algo que será, do meu ponto de vista, de todo impossível que é o de separar o “Islão bom” do “Islão mau”. É necessário que os “religiosos islâmicos” que passam os dias a pregar
Manuel Valls, primeiro ministro da França
nas suas mesquitas o ódio contra o Ocidente e a incitar os seus seguidores à revolta,  devam ser expulsos do país. Mas este não é um problema de hoje, é um problema de décadas e que tem raízes na França e na Inglaterra.

Há poucos dias, o “The Guardian” publicou um artigo que terá passado despercebido a muita gente, mas cujo assunto é de uma gravidade extrema. O jornal afirma que os países de Leste e dos Balcãs terão vendido armamento a países do Médio Oriente, no valor de mil e duzentos milhões de Euros e que, uma grande parte terá ido para às mãos do DAESH. Este armamento pertenceria ao extinto Pacto de Varsóvia, mas apesar de obsoleto, era e é extramente letal. Toda a Europa fechou os olhos a esta situação.

Racip Erdogan, "ditador" da Turquia

Nos confins da Europa, na Turquia, vive-se um momento estranho, mas terrível. As imagens que vi no MSN do cemitério que está a ser preparado para os os opositores do regime autoritário do Erdogan são demasiado impressionantes, para serem verdadeiras.  O muro de pedra que cerca o cemitério, construído no meio de uma mata imensa e com sepulturas já abertas prenunciam o que há de pior no espírito destes “Otomanos” que chacinaram o povo arménio.

Não quero ser pessimista, mas os factos não contribuem nada para o otimismo.


Ovar, 3 de Agosto de 2016
Álvaro Teixeira

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Monumento aos Combatentes ou aos Mortos de Ovar na Guerra Colonial


Eu não queria escrever sobre este assunto, mas dada a polémica que se instalou sobre o “Monumento” que a Câmara de Ovar “encomendou” e sobre o local onde ele irá ser instalado, sou obrigado, como ex-combatente, a tecer algumas considerações:




- Mandaria o bom senso que fosse constituída uma comissão constituída por ex-combatentes, para que, em conjunto com a Autarquia, se analisassem maquetes apresentadas por artistas convidados para o efeito;

- Mandaria o bom senso que fossem consultados os familiares dos mortos na Guerra Colonial, a fim de darem a sua opinião sobre a homenagem “Monumento”;

- Mandaria o bom senso que o local para a implantação do referido “Monumento” fosse o Largo dos Combatentes, onde já existe um em homenagem aos combatentes da Primeira Grande Guerra;

- Mandaria o bom senso que a identificação dos nossos mortos na Guerra Colonial figurassem numa das paredes do átrio da nossa Câmara, tal como os dos mortos da Primeira Grande Guerra.

- Mandaria o bom senso que antes da inauguração do “Monumento” fosse realizada uma palestra sobre o que deu origem à Guerra Colonial e sobre a forma como ela evoluiu em Angola, Guiné e Moçambique.

Como ex-combatente, em Moçambique, causa-me um profundo desgosto ler os comentários insultuosos escritos no Facebook por uma determinada pessoa que me parece ter a cobertura da UAC para os fazer.
Todos somos livres de opinar e cada um terá a sua razão, mas quando isso passa a insulto pessoal, a sua razão deixa de existir.
Lamento que a pessoa ou pessoas que gerem a página da UAC no Facebook não tivessem tomado, de imediato, medidas contra o autor desses comentários insultuosos e tivessem deixado que as coisas se extremassem.

Aos dirigentes da UAC, o meu lamento.

Ovar, 2 de Agosto de 2016
Álvaro Teixeira (GE)