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quarta-feira, 26 de abril de 2017

Cara por cara, não gostamos da sua (estatuadesal)

 

(Por Estátua de Sal, 26/04/2017)
jpc
Estive a ver o debate quinzenal na Assembleia da República e fiquei com um sentimento de alguma perplexidade. Explico. Nas interpelações ao Governo, na pessoa de António Costa, as questões mais críticas e melhor articuladas sobre as políticas do governo vieram do PCP e do BE, que apoiam o governo, e não do PSD nem do CDS. Quer dizer, a oposição da direita é um flop, um bluff, não consegue dizer nada de substantivo que vá além do episódio de circunstância. Quais as razões?
António Costa é um hábil político. No que toca às questões de fundo, que derivam da condução das políticas económicas de acordo com as regras europeias quanto ao déficit, Costa assumiu a agenda da direita, quer ser cumpridor, e mostrar que o consegue ser com mais eficácia e melhores resultados. Até ao momento tem conseguido atingir tal objectivo. Logo, como pode a direita, neste tema, criticar o governo? Fica sem discurso e limita-se a trazer ao debate pormenores de somenos que não atrasam nem adiantam coisa alguma. E mesmo aí tem pouca ou nenhuma legitimidade para criticar as opções do governo que permitiram ao país atingir o déficit mais baixo de sempre, na medida em que, se as alternativas da direita fossem melhores, então teriam dado resultado durante os quatro anos que governaram o que na verdade não aconteceu. Assim sendo, o que lhes resta para criticar, já que não podem defender - apesar de ser o que pensam -, que repor salários e pensões tem sido uma política errada, sob pena de serem penalizados eleitoralmente mais do que o que já foram? Só lhes resta dizer que o déficit de 2% não foi de 2% ou que é sol de pouca dura, ou que foi conseguido à custa da redução do investimento público, ou que os serviços públicos estão depauperados, ou que o diabo ainda não veio, porque teve uma avaria na viatura demoníaca, mas que já chamou a OK TELESEGUROS e a Marta já providenciou uma viatura de substituição e chegará dentro de momentos.
Em suma, a direita não é capaz de fazer oposição eficaz a António Costa porque teria que fazer oposição a si própria, no que às políticas europeias concerne. Também não pode criticar a política de rendimentos frontalmente porque tal seria um suicídio eleitoral. Resta-lhes dizer que executariam melhor as mesmas políticas. Mas com o péssimo currículo que apresentam e que deriva dos quatro anos da sua malfadada governação, caem no ridículo e são facilmente alvo de chacota,  hoje já até para sectores tradicionalmente seus apoiantes, como franjas significativas do empresariado.
É por isso que as críticas mais contundentes, e de fundo, partem do BE e do PCP. Elas vão ao cerne do problema do país que é a dívida, a necessidade de a financiar a custos mais baixos, e simultaneamente crescer economicamente sem basear esse crescimento em salários mais baixos, maior exploração dos trabalhadores, tornando Portugal numa espécie de Singapura da Europa, como era o sonho de Passos Coelho.
António Costa nunca defendeu nem defenderá esse modelo de crescimento - e a esquerda sabe-o -, mas é um gradualista e um táctico. Um pequeno país não pode isolado pretender alterar as regras europeias na actual correlação de forças a nível político na Europa. Seria uma luta de David contra Golias de mais que provável insucesso. Mas a esquerda também sabe isso mesmo, ainda que não possa, nem deva, abdicar do seu discurso próprio, nem que seja para manter viva a chama da sua militância.
É por isso que as críticas da esquerda ao governo, sendo as mais contundentes, não põem em causa a coesão parlamentar da Geringonça, para desespero da direita que tudo faz para enfatizar tais criticas, tentando desse modo criar brechas na muralha. Se o objectivo da esquerda é colocar no debate o problema da dívida e desafiar os ditames do Tratado Orçamental, retirar o apoio a este governo em nada contribuiria para esse desiderato. Apenas mudariam os rostos de quem iria cumprir essas mesmas regras mas dando ao mesmo tempo prevalência às políticas de ataque aos rendimentos do trabalho.
Ao menos com António Costa ainda a esquerda pode negociar e obter ganhos de causa, por limitados que possam ser.
O que Jerónimo e Catarina deveriam dizer a Passos, quando ele lhes aponta a contradição de criticarem um governo ao qual dão suporte seria só isto: políticas, políticas, caras à parte. E cara por cara não gostamos da sua.
 
Ovar, 26 de abril de 2017
Álvaro Teixeira

quarta-feira, 5 de abril de 2017

COSTA e a CONFIANÇA (estatuadesal)

 

(Joaquim Vassalo Abreu, 01/04/2017)
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Dizem todos os renomados Economistas, mesmo os menos renomados e até quem não é Economista nem renomado, como eu, que a CONFIANÇA é a mais valiosa de todas as variáveis económicas.
Eles (a Esquerda) acreditam nele”. Ouvi eu ainda há pouco Pedro Santana Lopes confessar à Judite de Sousa, recordando aqueles quatro anos em que, como líder da oposição, conviveu na Câmara de Lisboa com o então Presidente António Costa, mostrando a sua incredulidade pelo modo como Costa todos, ele próprio, conseguia convencer. Isto a propósito da (para si inesperado) solução governativa engendrada por Costa.
Mas disse mais Santana Lopes, agora, com a idade, mais avisado e prudente e também mais sábio e condescendente, desta vez a propósito das relações do PR Marcelo com o Governo de Costa: “A princípio achava muito estranha aquela relação de Costa com Marcelo!”. Mas, logo de imediato, reconhece ser Costa o mais hábil Político que conheceu desde o 25 de Abril!
Claro que ele não disse, mas sabe, que esse relacionamento se baseia na tal CONFIANÇA. Das tais coisas que se adquire ou não se adquire e se consegue manter ou não. E quem a consegue obter a pior coisa que lhe pode acontecer é perdê-la! É assim em todas as vertentes da Vida. E essa CONFIANÇA consubstancia-se no pleno, cabal e exaustivo conhecimento do Presidente da República de tudo o que se passa no Governo, das suas ideias e decisões, que ele conhece sempre de antemão.
Por isso, com todo aquele voluntarismo que se lhe conhece, chega até a extrapolar as suas competências, falando antecipada e frivolamente de coisas, mas tudo isto porquê? Porque lhe está no sangue, lhe está na sua extensa cultura, na sua imensa curiosidade pelo saber, pelo desejo de ser interventivo e ajudar. Mesmo, às vezes, não ajudando. Mas tudo isso já passou ao estado de normalidade e a verdade é que, para além de tudo querer saber e de tudo querer ser informado, até faz questão de ir ao pormenor e reunir com Ministros. E tudo Costa lhe faculta! Segredo? Coisa simples: CONFIANÇA e Transparência!
De modo que não existem agora aqueles jogos de sombras, aqueles discursos herméticos e redondos, aqueles “avisos” : os assuntos são partilhados, as decisões ponderadas e transmitidas e nada é, no fundo, escondido. E o Presidente lá cumpre como ninguém até hoje conseguiu, nem sequer Soares, transmitir ao povo esse clima de calma, de estabilidade e de CONFIANÇA imprescindíveis para um crescimento económico que se quer sustentado.
E com estas premissas perfeitamente consolidadas na minha mente, estive também, ao final da tarde, a seguir a conferência de imprensa conjunta do Primeiro Ministro e do Ministro das Finanças, explicando todo o processo de venda do Novo Banco, sem quaisquer equívocos ou subterfúgios, uma hora depois da confissão de derrota de um outro Costa, o Carlos, que, de um modo quase mudo veio confessar a sua ultrapassagem a toda a velocidade pelo Governo, neste e noutros processos  da sua jurisdição (regulação, controle e salvaguarda do Sistema Financeiro), depois de ter gasto, só com este processo, dizem que cerca de 25 milhões Euros! Enfim…
E, com todo o sentimento de surrealismo e pasmo que alguma vez pensei possuir, vi todos aqueles comentadores do “outro regime”, numa unanimidade quase total, a vergarem-se à habilidade, à indómita vontade e à coragem daqueles dois que estiveram ali à sua frente, que  ousaram enfrentar o tal “golias” (eu ia a dizer touro, leão e até dragão, mas não seria conveniente!), a tal Entidade Reguladora Europeia, independente e soberana diga-se,  e domar o tal animal completamente tresmalhado e perdido, chamado “Sistema Financeiro”! E isto em pouco mais de um ano e resolvendo, melhor ou pior, todos aqueles eternos problemas, cínica e irresponsavelmente adiados pelo anterior governo.
Bem, Ok, eu sei que, neste caso, com uns certos requintes de malvadez para com os tais Bancos do “Sistema” e que estavam ou parece estarem contra esta decisão. Não queriam ter o ónus que lhes foi transmitido, através do Fundo de Resolução, de cuidarem que os Activos em posse do chamado “Side Bank”, um Banco dentro do Banco, que terão que vender ou rentabilizar para não serem chamados a pedir mais dinheiro ao Estado que, num acto de boa vontade e benevolência, lhes esticou os prazos de pagamento dos tais 3,9 mil milhões para trinta anos. Mas os juros pagam, claro, pois o Estado também se endividou, ora! Venham agora dizer que não…É que isto não é só fazer asneiras e depois assobiar para o lado…
É uma solução equilibrada, disse António Costa, e que, a correr com normalidade, garante que os contribuintes não sejam chamados a pagar seja o que for mas que, ao mesmo tempo e como disse, compromete os Bancos do “Sistema”, que o anterior governo esqueceu e este ajudou a resgatar. Ser contra? É que não faltava mais nada!
Eu não vou aqui especificar os termos do negócio (não faltarão por aqui textos de Especialistas, uns mesmo e outros meramente curiosos, tanto hoje, como amanhã ou depois…), mas quero aqui frisar dois ou três pequenos pormenores que, por muito que o PCP e o BE recorram a posições de princípio (eu também as tenho), são do maior interesse e condicionam, para o bem e para o mal, os termos finais do negócio:
· Pertencemos à CE e estamos obrigados aos tratados que assinamos. União Bancária, por exemplo.
· Existe uma Entidade Reguladora Europeia, como disse, independente e soberana, que rege ao seu critério estes mecanismos e com quem é deveras difícil negociar, ainda por cima quando, contra os dogmas em vigência, esta solução pressupõe que o Estado fique com 25%!
· Que uma “nacionalização” pura e simples, para além de afrontar essas Entidades Europeias que, já tendo sido convencidas a não considerar ajuda do Estado a recapitalização da CGD (não ser considerada para o défice), nunca aceitariam que esta não o fosse e, indo ao défice, tal poder abrir uma autêntica “caixa de Pandora”, de consequências imprevisíveis.
· E, por último, fazendo alarde da credibilidade já adquirida perante os seus pares Europeus, credibilidade obtida não só pelos resultados do défice de 2016, mas também pelos recentes dados da economia, desde o crescimento, ao emprego, ao comportamento das exportações, etc., reconhecidas por todos, desde o BP, ao INE e até ao CFP da Teodora Cardoso, até à afirmação plena desta solução política e à sua completa desmistificação, este é um passo importante, a par da saída do PDE (procedimento por défice excessivo), do reforço dessa afirmação que, espero, também se venha a reflectir na avaliação das agências de rating e nas taxas de juros cobradas pelos mercados.
Podem acusar-me alguns de situacionismo, mas esta é a realidade e, no imediato, não podemos fugir dela. A mim o que me agrada é que tudo isto o que foi conseguido em pouco mais de um ano, foi obtido contra tudo e todos, com afirmação e nunca com subserviência. E não foi impunemente que na tal entrevista o Pedro Santana Lopes tenha apelado ao seu Partido: “Deixem-se de cavalgar os casos e casinhos, os SMS e as taxinhas e apresentem é propostas construtivas…pois assim…”.
De modo que este fim de tarde, olhando para aqueles dois Homens, que não se esconderam, deram o peito às balas e responderam, sem quaisquer subterfúgios, a todas as questões que lhes foram colocadas, pensei: ESTES TRANSMITEM-ME CONFIANÇA. NESTES EU CONFIO!
NOTA 1: Em 03/08/2014, aquando da decisão da “resolução do BES”, Passos estava na Manta Rota, a Cristas bronzeando-se numa praia qualquer e quem presidiu àquele Conselho de Ministros electrónico foi Paulo Portas.  Algum alguma vez deu a cara por aquela solução? Não! A responsabilidade era toda do Carlos Costa! Eles limitaram-se a fazer a lei à medida…Mais nada!
NOTA 2: Também parece que o “Abutre” vai ter, pelo menos durante uns anos, as asas atadas!
 
Ovar, 5 de abril de 2017
Álvaro Teixeira

domingo, 26 de fevereiro de 2017

Dupla de artistas deixa PàF descalço

 

(J Nascimento Rodrigues, in Facebook, 24/02/2017)
 
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A crítica ruidosa de que a dupla Costa & Centeno são ainda mais austeristas do que os PàFs pois consolidaram ao ponto de fazerem descer o défice orçamental para 2,1% do PIB, ‘surpreendendo’ Bruxelas e FMI, não tem o efeito desejado no gajo da rua que não gosta de vermelho nem de rosa.
Pelo contrário, para aquele pessoal de ‘centro’ que sempre olhou a geringonça como o diabo que iria mergulhar o orçamento no despesismo «socratista» e o país à beira de um segundo pedido de resgate no meio de um cataclismo económico, a performance artística da dupla até que não deixa de ser o menor (melhor?) dos males.
Também estas gentes do ‘centro’ ficaram surpreendidas e entre um pássaro na mão (as concessões aqui e ali que poderão obter e a ‘paz social’ sem a CGTP todos os dias na rua e em alguns sectores sempre a chatear) e dois passarocos retóricos a voar, está bem de ver qual a opção «pragmática», e «útil».
Os que ficaram ainda mais surpreendidos foram os que, habituados à mama da teta dos contratos da Administração Pública, tenham ou não mérito no que vendem ou sejam ou não necessários os seus ‘serviços’, viram que o aperto da consolidação socialista lhes estragou a faturação. Esses, então, estão mesmo, mesmo, mesmo danados com essa coisa da dupla Costa & Centeno querer dar um ar de respeitadores das «regras europeias».
Centeno (e Costa como comandante em chefe) apanha(m) os louros – mesmo que atribuídos a contragosto pela ala mais radical do Eurogrupo e pelos técnicos do FMI, os últimos, sempre, a corrigir os parágrafos de previsões. Louros merecidos com uns quantos truques de gestão orçamental e uma prenda caída dos céus que foi só aproveitar (o turismo), finalizando com o cansaço dos empresários de verdade com a política de megafone dos «patrões» das confederações (que não passam de uma espécie de políticos mascarados fora do parlamento).
Os empresários de verdade tomaram a decisão sensatamente inevitável de, aos poucos, recomeçar a investir (ao que parece até em maquinaria) e continuar a explorar o mundo – antes que venha aí alguma grande tormenta mundial. É a janela de oportunidade, estúpido!
É claro que os truques de gestão orçamental têm o seu limite – o relatório do FMI apontou-o com clareza, e com precisão cirúrgica (discorde-se ou não dos pressupostos e objetivos). Costa & Centeno sabem-no bem. A coisa está nos manuais de escola. Os dois não são nenhuns patetas alegres.
A ideia de António (e que Mário reza todos os dias à noite antes de se deitar) é que, enquanto o pau vai e vem, e não há uma hecatombe na zona euro – esperança mesmo é que não haja - e um protecionismo caótico na cena mundial, pode ser que a economia aqui portuga melhore a performance (e suba mais, no futuro, do que os 1,4% deste ano) e crie a cama para mais uma corrida de consolidação (para um défice claramente abaixo de 2% do PIB) este ano e no próximo. Aí, seria o gozo supremo, e o esvaziar do PàFismo e o calar, definitivo, do Eurogrupo e do FMI.
E, claro, se a coisa até correr mesmo assim benzito - e sem surpresas drásticas nas eleições por essa Europa - até que mais uma série de reivindicações dos aliados poderão ser satisfeitas sem stresses.
Pelo meio, naturalmente, Costa & Centeno fizeram o que era mais do que óbvio que tinham que fazer em 2016 - o «despesismo» necessário que acabou por não contrair a consolidação. Repuseram o que foi roubado nominalmente a grandes parcelas da classe média e transmitiram-lhe a ideia de que a consolidação para agradar Bruxelas e Berlim (e o FMI) pode ser soft. A classe média, o grande ‘eleitor’ hoje tem a geringonça – toda ela - como seu padrinho. O pessoal aqui no corner agradece naturalmente (nem preciso de explicar porquê).
O pior, o pior, mesmo o diabo, é se Trump descamba já em 2017 (e não só em 2018) e se os eleitores por essa zona euro fora resolvem pregar uma partida de março a setembro. Aí, está o caldo entornado -- mas, mesmo, no caos, há sempre oportunidades.
 
 
Ovar, 26 de fevereiro de 2017
Álvaro Teixeira

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Guerra e Paz

(Por Estátua de Sal, 13/12/2016)
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                                                                                                                                                                                           Imagem in Blog 77 Colinas, 12/12/2016
 
Estão-se a acabar as reservas de caixa. Que chatice, tinham os cofres cheios para mais ou menos dois anos, mas a porra da Geringonça nunca mais cai e parece estar de pedra e cal. O diabo meteu férias e tem mais que fazer. Costa sorri. Marcelo vinga-se. A vingança serve-se fria, como se fosse um prato de vichyssoise.
As catacumbas pafiosas agitam-se. O Coelho está sem plano, até porque nunca teve nenhum. O Rangel levanta o dedo. O Montenegro leva ansiolíticos ao Passos para ele dormir melhor. A Maria Luís empina o nariz de vez em quando e o marido faz ginásio todos os dias para partir a cara a quem a ofender. O Santana faz-lhes um manguito e diz-lhes que se querem fiado joguem no Euromilhões e pode ser que saia. O Mendes ao domingo dá conselhos e bufa as intriguices em que é perito.  O Marco António diz para o Coelho meter férias, e ir passar o Natal à Manta Rota, porque no inverno o Algarve é muito mais barato e os cofres do partido estão a dar o berro: a massa das privatizações já se foi quase toda. O Rio faz que vai mas não vai. Pergunta ele: - Quantos são? Quantos são? Agarrem-me senão eu mato-o! Mas ninguém o agarra. Contudo o homem só dá tiros de pólvora seca.
Enquanto isso, o Coelho continua em roda livre, não toma os remédios para a hipomania e continua de baboseira em baboseira, à espera do dia do apocalipse.
O PSD parece um folhetim de teatro trágico. Como o poder parece uma miragem no deserto, ninguém se chega à frente. Parecem abelhas à volta do Coelho, dão umas ferroadazitas, mas ninguém tem membro que se veja para se impor.
Não é surpresa. O PSD há muito que deixou de ser um partido com sentido patriótico, não passando de uma agência de negócios e de distribuição de feudos e mordomias. É isso que os faz mexer. Como tais guloseimas não se perfilam no horizonte próximo percebe-se que ninguém se mexa a sério. Esperam melhores dias. Parecem os corredores de fórmula 1. A  corrida a sério é só amanhã. Hoje, as voltas à pista são só para treino e para ganhar posição na grelha de partida.
 
Ovar, 15 de dezembro de 2016
Álvaro Teixeira





segunda-feira, 25 de julho de 2016

Os “governantes” da União Europeia e o caminho estreito que lhes resta

Os “governantes” da União Europeia, que não foram eleitos para exercerem os cargos que desempenham, estão a comportar-se como um grupo de internados num manicómio e, de repente, colocados num recreio ao mesmo tempo.

Jean Claude Juncker

A União Europeia ainda não tomou consciência das consequências do Brexit, há malucos à solta a cometerem as maiores barbaridades e o DAESH continua a exercer a sua influência e a reivindicar atentados. Na Turquia está à vista de todos a forma como o Erdogan vai eliminando os seus adversários e nos Estados Unidos da América os escândalos da campanha da senhora Clinton só estão a dar mais força àquela figura sinistra, chamada Donald Trump. Os atentados do Daesh no Iraque não param e a guerra na Síria esta para durar.

Vladimir Putin

Perante tudo isto, o “czar” Putin vai esfregando as mãos de contente, porque já não se fala na guerra civil na Ucrânia nem da anexação da Crimeia e o seu poder vai-se estendendo às antigas repúblicas que integravam a antiga URSS.

Enquanto tudo isto se passa, os “governantes” não eleitos da União Europeia vão discutindo, entre si, quais as sanções a aplicar a um país (Portugal) que ultrapassou em duas décimas o défice previsto no Tratado Orçamental com as políticas que esses mesmos senhores “não eleitos” aplicaram ao País.

No mínimo, deveriam ter vergonha por aquilo que estão a fazer e reconhecerem que erraram grosseiramente.

Os portugueses devem orgulhar-se de terem um Primeiro Ministro que não vira as costas às dificuldades e que encara, de frente, os problemas.

Dr. António Costa - PM de Portugal

Os senhores “não eleitos” não aceitam isso, porque o Dr. António Costa foi eleito pelo voto popular e essa “gentinha” não se sujeitou a qualquer veredicto popular.

Vamos ver se os “senhores” que mandam na União Europeia ainda irão a tempo de emendar a mão, mas o caminho começa a ser muito estreito.


Ovar, 25 de Julho de 2016
Álvaro Teixeira

quinta-feira, 14 de julho de 2016

O TRATADO ORÇAMENTAL e os seus malefícios na economia da União Europeia


O nosso primeiro ministro, dr. António Costa, afirmou hoje, numa sessão de esclarecimento, ou
prestação de contas, a umas centenas militantes socialistas que o Tratado Orçamental é o maior entrave ao crescimento económico da União Europeia.

Desde a crise financeira de 2008, a União Europeia nunca mais recuperou, salvo uma ou outra exceção, e a direita neoliberal pensou ter descoberto a pólvora com a aplicação do Tratado Orçamental, que, na realidade se chama Tratado sobre Estabilidade, Coordenação e Governação, aprovado, quando entrou em vigor, em 2013, por 16 países e que delegou num “Directório” a condução das finanças dos países da União que passaram a ser dominados pelo eixo franco-alemão e que está a condicionar a governação desses mesmos países.



Este chamado “Tratado Orçamental” nunca foi discutido e votado no Parlamento Europeu e os “zeladores” que obrigam ao seu cumprimento são pessoas não eleitas pelos cidadãos, bem como o referido Tratado foi objeto de qualquer discussão pública. A sua aprovação final contou com os votos contra do Reino Unido e da República Checa.

Há cerca de um mês, a Coordenadora do Bloco de Esquerda colocou o dedo na ferida, afirmando que,
se Portugal viesse a ser alvo de sanções por não ter cumprido a meta estabelecida para o défice orçamental (3%), deveria ser encarada a hipótese de ser convocado um referendo nacional, para que o povo português decidisse abandonar ou não esse Tratado. A sugestão da Catarina Martins causou polémica junto de todos os nossos agentes políticos.

Hoje ouvi o dr. António Costa afirmar que o famigerado Tratado está a contribuir para a falta de crescimento económico da União Europeia.

Vamos lutar para que esse Tratado seja posto de lado, porque, enquanto ele não for revogado, só teremos mais desemprego, mais pobres e os ricos cada vez mais ricos.

Venha lá o Referendo.

Ovar, 14 de Julho de 2016

Álvaro Teixeira

quinta-feira, 30 de junho de 2016

Portugal a crescer


Hoje queria divagar sobre a declaração "irresponsável" do Ministro da Finanças do Império Germánico e mentor ideológico da Chanceler Merkel e dos neoliberais que pululam por essa União Europeia, de seu nome Schäuble, que não é uma declaração tão impensada da maneira como nos querem fazer crer, foi objectivamente para servir os interesses dos especuladores que investiram na dívida pública portuguesa, vendo as suas taxa de juro serem aumentadas.Tudo isto é muito bem pensado e o objectivo é desacreditar a nossa solução governativa.

Voltarei em outro dia a este assunto.

Hoje escrevo sobre a notícia que ouvi na RTP3 sobre a taxa de desemprego que desceu dos 12% para 11,6% o mesmo nível de 2010, de acordo com os dados revelados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Depois das boas notícias sobre o défice e da boa execução orçamental, somos surpreendidos com mais uma boa notícia.

Estes dados são contrários à oposição de direita que entrou em estado de negação e que apregoavam, antes das eleições de Outubro passado o slogan "Ou nós ou o caos".

Tudo confirma que o nosso País está no caminho certo, com um bom governo chefiado por um grande político, Dr. António Costa.

Agora vou ocupar o meu lugar reservado no sofá, para assistir, tenho fé nisso, numa grande vitória da nossa Selecção.

Ovar, 30 de junho de 2016

Álvaro Teixeira