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segunda-feira, 4 de setembro de 2017

O programa secreto do capitalismo totalitário


por estatuadesal
(Por George Mobiot, in OutrasPalavras, 25/07/2017)
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Como Charles Koch e outros bilionários financiaram, nas sombras, um projeto político que implica devastar o serviço público e o bem comum, para estabelecer a “liberdade total” dos 1% mais ricos.

É o capítulo que faltava, uma chave para entender a política dos últimos cinquenta anos. Ler o novo livro de Nancy MacLean, Democracy in Chains: the deep history of the radical right’s stealth plan for America [“Democracia Aprisionada: a história profunda do plano oculto da direita para a América] é enxergar o que antes permanecia invisível.
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O trabalho da professora de História começou por acidente. Em 2013, ela deparou-se com uma casa de madeira abandonada no campus da Universidade George Mason, em Virgínia (EUA). O lugar estava repleto com os arquivos desorganizados de um homem que havia morrido naquele ano, e cujo nome é provavelmente pouco familiar a você: James McGill Buchanan. Ela conta que a primeira coisa que despertou sua atenção foi uma pilha de cartas confidenciais relativas a milhões de dólares transferidos para a universidade pelo bilionário Charles Koch1.
Suas descobertas naquela casa de horrores revelam como Buchanan desenvolveu, em colaboração com magnatas e os institutos fundados por eles, um programa oculto para suprimir a democracia em favor dos muito ricos. Tal programa está agora redefinindo a política, e não apenas nos Estados Unidos.


A censura e outros totalitarismos da Geringonça inquisitória

04/09/2017 por João Mendes
Vivem-se dias de terror nesta pátria totalitária à beira-mar plantada. O advento da Geringonça trouxe consigo muitas maleitas, que fariam a Santa Inquisição corar de vergonha, e já ninguém está seguro. A censura é apenas uma das muitas faces do terror da impune revolução socialista. Ou estás com os estalinistas, ou serás perseguido e ferozmente punido.
Enquanto escrevo estas linhas, a imprensa livre no exílio reporta a prisão de inúmeros jornalistas e cronistas portugueses, havendo relatos que nos chegam desde a reactivada prisão de Caxias, onde grandes heróis da democracia contemporânea como José Manuel Fernandes, Camilo Lourenço, Rui Ramos, José António Saraiva ou David Dinis são sujeitos às mais bárbaras práticas de tortura.
Nada escapa às garras afiadas da revolução socialista. O grupo Impresa foi tomado de assalto por milícias armadas pelo PCP, que forçaram Francisco Pinto Balsemão a vender todas as revistas e a despedir Henrique Raposo, João Vieira Pereira e o Comendador Marques de Correia, posteriormente detidos para interrogatório e confinados à solitária.
O Correio da Manhã, o Sol e o i foram ocupados pelas forças armadas e imediatamente nacionalizados, de onde conseguiram escapar André Ventura e António Ribeiro Ferreira, que lideram a resistência desde Santa Comba Dão, sob fogo cerrado da artilharia venezuelana.
Blogues como o Blasfémias, o Observador e O Insurgente, entre muitos outros, exclusivamente de direita, foram encerrados pelo KGB lusitano, estando os seus autores encarcerados nos Aljubes, aguardando transferência para Peniche. Igual destino tiveram os bravos por trás de páginas nas redes sociais como Direita Política ou PSD Europa, que viram os seus bens confiscados pelas perigosas irmãs Mortágua, imediatamente entregues à Coreia do Norte para financiamento da bomba H.
Eu próprio tenho já os comunistas à porta de casa, munidos de foices e martelos, a ameaçar a minha esposa e o meu gato. Ainda este texto não estava publicado e já eles me observavam pela webcam, que isto é pior que o 1984 do Orwell. Ninguém escapa à fúria totalitária da revolução socialista. A democracia acabou. Resta-nos a violência indiscriminada, o racionamento de bens de primeira necessidade e a opressão absoluta. Toda a esperança se foi. Que Deus tenha compaixão de nós e nos abençoe com um fim sem dor.

Fonte: Aventar

Assunção Cristas, o sentido de Estado e a linguagem


por estatuadesal
(Carlos Esperança, in Facebook, 31/08/2017)
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A presidente do CDS, agremiação cujo desvio reacionário afastou o fundador, procura a permanência no cargo que Nuno Melo aguarda. Este é o genuíno herdeiro ideológico do tio, cónego Melo, o da estátua de 7,5 metros que decora Braga, cuja lealdade a Salazar, ao MDLP e ao ELP era à prova de bomba. Além disso, tem perfil miguelista e caceteiro.
Assunção Cristas, acossada dentro do partido que espera o seu fracasso em Lisboa, onde até o PSD de Passos Coelho conseguirá derrotá-la, esbraceja para se manter à tona num clube condenado a ser a muleta de qualquer PSD.
Curioso é o carinho que a comunicação social lhe dispensa, não faltando a condenação ao primeiro-ministro a quem a senhora deputada, chamou reiteradamente mentiroso, no Parlamento, por tê-la designado por “aquela senhora”, indelicadeza despercebida pela minha origem social e débil domínio do léxico urbano.
A excelsa senhora, que não considera a palavra “mentiroso” um insulto, também viu na referência à sua virtuosa dignidade um “tom de linguagem menos próprio”.
Impróprio é liquidar o grupo económico GES/BES, num Conselho de Ministros virtual, a pedido de uma amiga pouco recomendável, por email, e sem conhecimento do dossiê. Impróprio foi pensar que a carreira académica e umas galochas conferiam competência suficiente para sobraçar uma pasta onde a sua inépcia foi posta à prova.
O que urge perguntar aos portugueses, mesmo aos nostálgicos do Governo PSD/CDS, é se preferem Passos Coelho a António Costa, Cavaco a Marcelo, e Maria Luís a Mário Centeno.
Gostava de poder contar o número de eleitores assumidamente sadomasoquistas.

MACRON, MON AMOUR


por estatuadesal
(Soares Novais, in a Viagem dos Argonautas, 03/09/2017)
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O Dr. Cavaco saiu de Albufeira às seis e meia da manhã para ir dar uma “aula” a Castelo de Vide. Foi o que disse ao Dr. Passos quando este lhe abriu a porta do carro que usa e nós pagamos. A “aula” do Dr. Cavaco não foi uma “aula”, dando de barato que ele tem dotes para leccionar. Foi, isso sim, um rosário de asneiras, mentiras e pesporrência.
Disse, o “prof” reformado da Aldeia da Coelha, segundo a RR:
1. “[Tenham] a força e a coragem para combaterem o regresso da censura.”
2. “Apesar das coisas estranhas que têm acontecido no nosso país, apesar de vozes credíveis afirmarem que a censura está de volta, estou convencido que os portugueses ainda valorizam a verdade, a honestidade, a competência, o trabalho sério, a dedicação a servirem as populações.”
3. “[As fake news] Não existem apenas na América do senhor Trump, mas também na generalidade dos países europeus e em Portugal.”
4. “[Na zona euro] A realidade acaba sempre por derrotar a ideologia”
5. “[A realidade] Tem uma tal força contra a retórica dos que, no governo, querem realizar a revolução socialista, que eles acabam por perder o pio ou fingem apenas que piam, mas são pios que não têm qualquer realidade e reflectem meras jogadas partidárias”.
6. “Se perguntassem aos partidos da coligação que defendem a saída de Portugal do euro para onde iria Portugal se saísse dessa galáxia, talvez respondessem para a galáxia onde se encontra agora a Venezuela.”
7. “[O Estado português] Não é só indisciplinado [economicamente], mas também demasiado gordo”.
8. “Na política não há certezas, ninguém deve esperar da política gratidão ou reconhecimento”
9. “Se o poder político conseguir controlar estas entidades [como o Conselho das Finanças Públicas] o retrocesso na transparência da nossa democracia será muito significativo.”
10. “[Emmanuel Macron] Contrasta com a verborreia frenética da maioria dos políticos europeus dos nossos dias, ainda que não digam nada de relevante.”
Sabe-se: o Dr. Cavaco tem muita dificuldade em expressar-se e graves problemas de dicção, apesar das aulas que recebeu da “mestra” Glória da Matos. Mas sobra-lhe rancor e perfídia. Tanta que esqueceu as condecorações e os elogios com que tem sido brindado pelo seu sucessor em Belém.
Para o Dr. Cavaco o mundo gira à volta do seu umbigo e das suas certezas. Ele é o “maior” e o “mais sério”. Apesar das suas relações de amizade com o impoluto Oliveira e Costa, do BPN; e das mais valias das acções preferenciais da Sociedade Lusa de Negócios que teve o seu ex-amigo Dias Loureiro como “cabeça de cartaz”. Só para citar dois exemplos.
Apesar de os alunos da dita “universidade” serem siameses do ex-doutor Relvas, a verdade é que não mereciam ter uma “aula” com um “prof” de tão baixo nível. Já lhes basta ter de ouvir o “sotôr” Rangel e a agência de empregos ser presidida pelo “sotôr” Coelho.
A “aula” só teve um mérito: a declaração de amor a Macron. O filho do senhor da “bomba” de Boliqueime gosta do petit. Talvez por ele gastar 288 euros por dia em serviços de maquilhagem. (A revelação foi feita pela revista “Le Point” e o Palácio do Eliseu confirmou.)
Percebo a declaração de amor de Cavaco: ele, que é um habitué em cosmética, sempre usou máscara anti-politico…

A ideologia de Cavaco

01/09/2017 por João Mendes



Houve um tempo em que ideologia falou mais alto que a realidade. Cavaco Silva, um daqueles saudosistas que, à semelhança do outro indivíduo que figura na imagem em cima, fez uso de um partido para o qual se estava nas tintas, apenas para se perpetuar no poder, defendia, no longínquo ano de 1992, que a Europa não era para toda a vida, fazendo jus à ideologia isolacionista na qual se sentia orgulhosamente integrado, e cujos sabujos condecorou como heróis de guerra. Agora, dá o ar da sua graça em Castelo de Vide, dando lições de europeísmo a quem teve pachorra para o ouvir.
O regresso do Cavaco-vivo, para fechar a silly season com chave de ouro, é sempre de saudar. Para que nunca nos esqueçamos do que a casa gasta. E assenta-lhe, que nem uma luva, ser cabeça-de-cartaz na universidade de brincar do PSD. Vá lá que agora não temos que o ouvir na TV, a apelar aos portugueses para confiar num banco falido, para uns dias depois se desmentir e fazer figura de parvo. Pena que ainda vamos pagar durante muitos anos a porcaria que este indivíduo e respectiva entourage andaram a fazer, com o alto patrocínio dos mais fraudulentos bancos deste país, que tanto contribuíram para a dívida que não pára de crescer, e que hoje gozam dos proveitos das suas aventuras no cavaquistão da Coelha. Por falar em cavaquistão da Coelha, será que Cavaco já pagou o que deve ao fisco? Ou continuará a viver a realidade ideológica de um caloteiro?